Um pouco por todo o país, encontra diversos locais que estão ligados às mais variadas lendas e histórias, que ainda hoje nos transmitem uma aura de mistério e de suspense. São construções que, com o tempo, acabaram por ganhar fama de estarem assombradas. Não sabemos se é verdade ou se são apenas mitos urbanos, mas o certo é que existem mesmo vários locais assustadores em Portugal.
Nos últimos anos, acabaram por se transformar quase num ponto de interesse turístico. São cada vez mais as pessoas que gostam de visitar este tipo de locais com fama de assombrados, seja pelas lendas ligadas a eles ou seja pelos arrepios na espinha que provocam.
Nesta, pode encontrar palácios, casas, hotéis e até sanatórios, muitos deles abandonados. Deixamos-lhe aqui alguns dos locais (supostamente) assombrados de Portugal. Para visitar apenas se tiver coragem!
1. Palácio do Beau Séjour (Lisboa)
Este palácio foi mandado construir em 1849 pela Viscondessa da Regaleira, tendo mais tarde passado para as mãos do Barão da Glória. Conta-se que por aqui vagueiam os espíritos dos antigos proprietários, apesar de funcionar no palácio o Gabinete de Estudos Olissiponenses. Os relatos das tropelias destes fantasmas são variados, indo de chávenas a tilintar a livros e arquivos que aparecem e desaparecem, passando por barulhos estranhos.
2. Palácio de Valenças (Sintra)
Sintra é um local muito ligado ao sobrenatural, contando com algumas casas assombradas e almas que ainda deambulam pelo nosso mundo. Um destes locais é o Palácio de Valenças, onde se diz que uma criada, de seu nome Palmira, se suicidou, devido ao amor que sentia pelo Conde (e que não era correspondido). Ao que parece, Palmira ainda vagueia pela casa, a chorar pelo amor que nunca teve.
3. Lagarinhos (Gouveia)
Em Lagarinhos, encontra-se a chamada “casa do medo”, estrutura inacabada que, supostamente, nenhum proprietário conseguiu terminar. O dono original, um agricultor, pediu aos seus filhos, no seu leito de morte, que acabassem as obras e não vendessem a casa. Mas estes fizeram o contrário dos desejos do pai, ficando a casa inacabada para sempre já que, segundo a história, quem a compra acaba por morrer antes de concluir a obra.
4. Casa do Relógio de Sol (Foz do Douro)
Também chamada de Casa Manuelina, está datada de 1907 e foi construída como casa de férias do capitão de artilharia Artur Jorge Guimarães e sua família. Após a morte do capitão, a viúva deixou a casa aos seus dois filhos, mas o espaço acabou por ser ilegalmente ocupado por um sapateiro, durante os anos 70, que danificou e negligenciou a propriedade.
O assunto arrastou-se no tribunal durante muitos anos, acabando por não se resolver. Diz-se que por aqui ainda andam alguns espíritos, que procuram ter na morte a justiça que não tiveram em vida.
5. Sanatório de Mont’Alto (Serra de Valongo)
Também conhecido como Sanatório de Valongo, foi erguido como local e cura para pacientes de tuberculose, funcionando de 1958 a 1975. Apesar da lotação ser de 50 camas, chegaram a estar aqui internadas 350 pessoas, existindo também histórias de maus-tratos e negligência associadas ao local.
O sanatório acabou por ser abandonado, pilhado e vandalizado, e, durante o dia, é poiso para entusiastas de paintball. Mas à noite, são os fantasmas dos antigos doentes que aqui imperam, estando o local também associado a rituais satânicos. Infelizmente, este espaço também está ligado ao tráfico de droga.
6. Mosteiro de Santa Maria de Seiça (Figueira da Foz)
Foi mandado construir em 1175, por ordens de D. Afonso Henriques, sendo que o seu filho D. Sancho I o entregou à ordem de São Bernardo. Quando a peste negra chegou a Portugal, diz-se que, em dois dias, faleceram 150 religiosos, que ainda hoje estarão pelo convento, fazendo sentir a sua presença através de mudanças de temperatura e de barulhos.
7. Casa Amarela (Ovar)
Esta casa encontra-se ligada a várias histórias sinistras e estranhas. A primeira diz que aqui vivia um pai e uma filha. Ao descobrir que a filha namorava às escondidas, atirou-a e ao namorado para um poço, enforcando-se de seguida. A segunda história diz-nos que a casa foi habitada por um empresário que perdeu tudo o que tinha, e que acabou por se matar.
Segundo contam, quem compra a casa nunca mora lá muito tempo, graças a todos os fenómenos paranormais. Também dizem que a casa esteve para ser demolida, mas que, quando as máquinas se aproximaram, se desligaram misteriosamente.
8. Edifício Panorâmico de Monsanto (Lisboa)
Foi mandado construir em 1968 pela Câmara Municipal de Lisboa, com o propósito de acolher uma unidade turística. Mas os projetos foram sempre mudando ao longo do tempo, e as obras nunca se chegaram a concluir. O edifício está hoje abandonado e diz-se que a má sorte que ali está nunca permitirá que se construa aqui alguma coisa.
9. Palacete de Marques Gomes (Vila Nova de Gaia)
Neste palacete à beira do Douro, existem diversos relatos de vozes e sons estranhos, o que a torna um dos locais assombrados mais famosos do nosso país. Um dos fenómenos mais convincentes e vivos da existência de fantasmas foi aqui captado, ouvindo-se uma voz, fria, brusca e metálica, a dizer “saiam daqui, vão já embora!”.
10. Castelinho de S. Jorge (Estoril)
Dizem que aqui viveu uma menina cega, filha dos proprietários, que terá acidentalmente caído ao mar enquanto passeava pela propriedade. Crê-se que o fantasma da menina ainda por lá continua, pelas muralhas, com a sua boneca de trapos, para afugentar potenciais compradores.
11. Pátio do Carrasco (Lisboa)
Está situado em plena zona histórica da nossa capital e deve o seu nome ao último carrasco de Portugal, Luís Alves, “o Negro”. Diz-se que os gritos e lamentos deste homem, falecido em 1873, ainda por aqui se ouvem. Conta-se também que existe por aqui um túnel subterrâneo, que o carrasco usava para ir para a prisão, onde se ouvem os gritos das suas vítimas.
12. Teatro Lethes (Faro)
Ao que parece, este teatro está assombrado pelo espírito de uma bailarina, que não aguentou a pressão dos ensaios e que, por isso, se enforcou em pleno palco. A sua presença faz-se sentir maioritariamente através de passos e madeira a ranger no silêncio.
13. Casa do Diabo (Felgueiras)
A casa, agora em ruínas, foi em tempos habitada por dois agricultores, que por lá viverem situações inexplicáveis, especialmente num quarto da casa. Os bordados da mulher, que os deixava bem dobrados e passados a ferro, eram encontrados no dia a seguir remexidos e cobertos de urina, ouvindo-se também móveis a arrastarem-se sozinhos e vendo-se objetos a voar, o que levou o casal a abandonar a casa. Existem também relatos da GNR sobre ruídos inexplicáveis e de um homem misterioso na varanda da casa.
14. Pousada da Serra da Estrela (Covilhã)
A pousada foi em tempos um sanatório, que foi abandonado nos anos 80. Diz-se que por aqui se encontram ainda os fantasmas daqueles que morreram no sanatório, apesar de não haver queixas dos hóspedes quanto a presenças sobrenaturais.
15. Hotel Palácio de Seteais (Sintra)
Todas as histórias de assombrações deste hotel estão relacionadas com o quarto número 18, onde se diz que viveu e morreu um hóspede, que ainda continua por lá. Os mais corajosos fizeram já gravações da sua estadia no quarto, e apesar de não se ver nada na imagem, ouve-se um homem a falar.
16. Hotel Belavista (Portimão)
Apesar de o edifício do hotel ter sido recuperado, os fantasmas por lá continuaram. Diz a história que a antiga proprietária do hotel faleceu no quarto 108, e que ainda hoje se ouvem os seus gemidos e lamúrias, bem como pancadas nas paredes e um vulto que percorre os corredores.
17. Convento de Mafra
A grande obra megalómana de D. João V está ligada a diversas histórias peculiares. Segundo uma lenda urbana, nos seus calabouços vivem umas estranhas ratazanas mutantes, que ao que parece são muito violentas. As ratazanas estão, no entanto, em boa companhia, já que os fantasmas de antigos trabalhadores que faleceram no local por lá permanecem.
18. Quinta da Juncosa (Penafiel)
A quinta foi palco de um hediondo crime, sendo assombrada agora pelas almas de quem lá sofreu. O Barão das Lages, dono da propriedade, pensava que a sua mulher o tinha traído, e por isso, assassinou-a. Quando deu conta do que fez, matou os seus filhos e suicidou-se de seguida.
19. Quinta da Pauliceia (Águeda)
A casa, que parece quase um cenário de um filme de terror, pertenceu a uma família que se mudou para o Brasil, mas que regressou em 1900 a Portugal. Um a um, os membros da família foram sucumbindo à gripe espanhola, exceto um, Neca Carneiro, sendo que os detalhes da sua morte não são conhecidos. Ao que parece, ainda hoje se ouvem gritos provenientes desta propriedade abandonada, bem como cavalos a relinchar e sons de piano.
20. Quinta das Lágrimas (Coimbra)
Esta quinta foi palco da história de amor entre D. Pedro I e D. Inês de Castro, sendo também o local onde se deu o assassínio desta dama. Dizem que, junto ao Portal Gótico, no lago, se podem ver pedras vermelhas, manchadas com o sangue daquela que foi Rainha depois de morta.