Quais serão as cidades mais feias de Portugal? Não é tarefa fácil elaborar tal lista, até porque sabemos que beleza é algo de subjetivo, mas decidimos pôr mãos à obra e usar critérios como a falta de planeamento urbano, a degradação dos edifícios, a poluição visual (como grafittis) e o excesso de edifícios descontextualizados (prédios recentes ao lado de edifícios antigos, por exemplo).
Obviamente, a lista não pretende ofender os moradores das cidades em causa nem pretende afastar visitantes das mesmas. Pretende apenas alertar para a falta de planeamento urbano e da construção desenfreada que, muitas vezes, diminui a qualidade de vida das pessoas que vivem nestas cidades.
Sem grandes surpresas, estas localidades fazem parte das grandes áreas urbanas de Lisboa e do Porto e são, basicamente, cidades dormitório, o que explicar em parte a falta de parques verdes, por exemplo. Descubra algumas das cidades mais feias de Portugal.
1. Amadora
É uma cidade sede de concelho, que se situa na grande área metropolitana de Lisboa, sendo mesmo a quarta cidade mais populosa de Portugal. A ocupação humana neste território remonta ao período do Paleolítico e do Neolítico, ocupações que encontraram nesta terra fértil e na abundância de água boas condições de subsistência.
Assim, não é de estranhar que toda a área do município seja rica em vestígios arqueológicos de outras épocas como a “Villa” romana da Quinta da Bolacha, a Falagueira ou o Aqueduto Romano (séculos II e III).
2. Loures
É sede de um vasto concelho na região de Lisboa, tradicionalmente conhecido como a zona saloia, e que há anos abastece a capital com vegetais e produtos frescos. A região foi moldada pela fertilidade das terras, a abundância das águas e a pureza dos ares do campo, crescendo sempre na envolvência da grande Lisboa, e tendo sido eleita por nobres e monarcas como um local de lazer e fuga a doenças e pestes.
A região tem também vestígios arqueológicos de tempos remotos, como a Estação Paleolítica do Casal do Monte, em Santo António dos Cavaleiros, ou a Anta de Casaínhos, em Fanhões.
3. Agualva-Cacém
Apesar da designação oficial desta cidade ser Agualva-Cacém, ainda há quem a chame globalmente por Cacém, nome que deriva do árabe Kasim. Em termos práticos, quando alguém diz “moro no Cacém” pode estar-se a referir a qualquer uma das quatro freguesias que compõem a cidade de Agualva-Cacém: Agualva, Cacém, Mira-Sintra e São Marcos.
Até recentemente, o nome da cidade era o de uma freguesia de 16 km2 . A 12 de julho de 2001 a vila foi elevada a cidade, e a antiga freguesia foi desdobrada em Agualva, Cacém, Mira-Sintra e São Marcos no dia 3 do mesmo mês.
4. Barreiro
É uma cidade sede de município localizada na Península de Setúbal, e que se encontra junto ao magnífico Estuário do Tejo, na margem oposta a Lisboa. A origem do Barreiro remonta à Ordem de Santiago da Espada que, após a Reconquista Cristã da região, repovoou o local. No século XV a localidade ganhou uma nova vida com a chegada de diversos pescadores do Algarve, que aqui se fixaram.
A cidade sofreu grandes desenvolvimentos do século XVIII ao XIX, tendo-se aqui instalado o Terminal de Caminhos de Ferro da zona sul, que se prolongava até Setúbal e Vendas Novas, o que veio a desenvolver o comércio, a habitação e as diversas indústrias, o que tornou o Barreiro dos mais importantes polos industriais do país.
5. Póvoa de Santa Iria
O desenvolvimento industrial associado ao forte crescimento populacional contribuiu para a sua elevação a vila a 24 de setembro de 1985, tendo sido mais tarde elevada a cidade em 24 de junho de 1999.
Os seus oragos são Santa Iria e Nossa Senhora de Fátima, com as grandes festas da cidade a decorrerem no primeiro fim de semana de Setembro, em honra de Nossa Senhora da Piedade. É rica em património religioso, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a Igreja de Nossa Senhora da Paz ou o Santuário do Senhor Morto.
6. Odivelas
O mais antigo documento conhecido da história desta cidade é uma inscrição, encontrada na igreja do Mosteiro de Odivelas, que se encontra atualmente em exposição no Museu do Carmo, em Lisboa, e que relata que “João Ramires, Primeiro Prelado desta igreja, morreu a 13 de fevereiro de 1183”.
Em 1147, Lisboa foi conquistada pelos cruzados, com a consequente vinda para sul dos clérigos, com o objetivo de manter a posse das terras nas mãos dos cristãos. Um desses cruzados seria então João Ramires, a quem coube a paróquia de Odivelas. Hoje, Odivelas é um dos concelhos mais pequenos de Portugal, tanto em área como em número de freguesias.
7. Sacavém
Encontra-se na encruzilhada de caminhos que, vindos do Norte e Este, se dirigiam a Lisboa, e por isso encontra-se presente em inúmeros momentos da nossa história. É uma povoação muito antiga, tendo existido no tempo dos romanos uma ponte em Sacavém que subsistiu pelo menos até ao século XVI.
Já do tempo da ocupação árabe, ficou o topónimo. Imediatamente após a tomada de Lisboa pelos cristãos, em 1147, diz-se que aqui ocorreu um combate, a batalha de Sacavém, que é hoje considerado lendário.
8. Valongo
Este concelho foi criado em 1836, após o desmembramento do concelho da Maia e da transferência da Câmara Municipal, que estava em Alfena, naquela que é hoje a zona antiga da cidade de Alfena. Foi uma localidade muito importante para os romanos, que aqui estabeleceram diversas minas de extração de ouro.
Assim, chegaram aqui muitos escravos trabalhadores, que mais tarde foram libertos e se misturaram com o povo local. A zona das minas chamava-se Vallis Longus e constitui hoje o Parque Natural de Valongo.
9. Costa da Caparica
Foi elevada a cidade a 9 de dezembro de 2004 e é muito conhecida pelas suas praias, embora estas nos últimos anos tenham vindo a desaparecer, especialmente junto à Foz do Rio Tejo, fenómeno que se tem também já espalhado às praias mais a sul.
Foram tomadas várias medidas de proteção e reposição destas praias ao longo dos anos, como a criação de pontões e de um paredão feito ao longo de várias praias do norte da Costa, bem como a reposição das areias nas praias junto à Foz do Rio Tejo.
10. Matosinhos
Matosinhos esteve ligada ao Mosteiro de Bouças ao longo da sua história, mosteiro esse bastante antigo, com construção anterior a 944. Já em 900 existia uma pequena povoação com o nome de Matesinus, que em 1258 se chamaria Matusiny e pertencia à freguesia de Sendim.
Recebeu foral de D. Manuel I a 30 de setembro de 1514, passando a pertencer ao concelho de Bouças em 1833, tendo como sede a vila de Bouças, que até 1836 se chamava Senhora da Hora. Até ao liberalismo, constituía o Julgado de Bouças.
Não é que não hajam mais cidades feias, mas para mim a pior é o Barreiro.
Matosinhos e Valongo? Devem estar loucos só pode. Principalmente Matosinhos que é bem bonita
Matosinhos, na lista de cidades mais feias? Então não conhecem a zona histórica. Todo o resto é para dizer “pfff, que falta de gosto, trocaram o que estava aqui por este mamarracho”, mas a zona histórica é bem bonita. E a igreja é das mais bonitas que conheço.
Já Valongo, concordo. Então Ermesinde é horrível (também tem uma zona mais antiga bonita, mas é só uma ou duas ruas), já para não falar do ambiente
Só quem não conhece Loures pode dizer que é feio.
Confundem Loures com Santo António dos Cavaleiros, que é horrivel.
Lóures tem uma igreja linda, uma biblioteca muito bonita e com muita qualidade, espaços verdes, jardins, um parque da cidade espectacular.
Como concelho, o Sul do concelho é muito feio, mas o Norte do concelho são aldeias espectaculares muito sossegadas e verdes.
Loures não tem nada a ver com Odivelas ou a Amadora.
A maior parte nos subúrbios de Lisboa
Que lata Matosinhos é a cidade mais linda que conheço