Existem diversos erros gramaticais que são dados com relativa frequência, até porque a língua portuguesa pode ser muito traiçoeira. A verdade é que ninguém está livre de dar alguns erros, seja em conversa, seja na escrita. É claro que os corretores automáticos nos vieram ajudar nesta questão, mas, mesmo assim, é natural que erros aconteçam. De modo a que se possa precaver, deixamos-lhe estes 10 erros gramaticais comuns:
1. Confundir “há” e “à”
Esta confusão pode ser observada com frequência em e-mails ou em textos escritos nas redes sociais. Se queremos indicar um assunto que já passou ou passa, deve-se utilizar sempre o “há”, que é a terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver.
Em caso de dúvidas quanto à sua utilização, substitua o “há” na frase pelo seu sinónimo “existir”. Se a frase fizer sentido dessa forma, é porque o uso de “há” está correto.
2. Confundir “hás de” com “hádes”
Quem nunca ouviu alguém dizer “hádes ver isto”? Afinal, este parece ser dos erros gramaticais mais comuns, mas a forma correta de se dizer que uma pessoa irá fazer ou experimentar algo é “hás de”, que corresponde à segunda pessoa do singular do presente do indicativo do verbo haver, com a preposição de. Neste caso, o verbo haver é um auxiliar, e deve ser conjugado em todas as pessoas.
3. Uso incorreto de “aonde”
Se já alguma vez disse “não sei aonde fica o restaurante”, saiba que cometeu um erro. A frase dita de forma correta seria “não sei onde fica aquele café”. Apesar de aonde e onde serem ambos advérbios de lugar, a preposição “a”, em “aonde”, indica-nos que a palavra apenas deve ser usada em relação a verbos e orações que exprimem movimento, como “aonde vais?”.
4. Diz-se “duzentos gramas” ou “duzentas gramas”?
Este é outro erro muito comum, e a verdade é que, quando vamos à charcutaria e pedimos “duzentas gramas de fiambre”, estamos a cometer uma incorreção. Temos tendência a pensar que, porque a palavra “gramas” acaba em “a”, é do género feminino, mas a verdade é que a forma correta seria mesmo “duzentos gramas”.
Portanto, fixe isto: quando nos referimos à planta, pertencente à família das gramíneas, usamos “a grama, as gramas”; se nos queremos referis à unidade de massa, usamos “o grama, as gramas”.
5. Confundir “interviu” e “interveio”
Existe alguma confusão relativamente ao verbo intervir: se disser “ele interviu naquela situação”, está incorreto – a forma correta seria “ele interveio naquela situação”. Lembre-se que, no infinitivo, “intervir” pode ser dividido em duas partes: “inter”, que fica sempre igual, e a segunda parte, que se conjuga da mesma forma que o verbo “vir”.
6. Confundir “fato” e “facto”
Esta é uma daquelas confusões que se tornou mais comum depois do novo Acordo Ortográfico, porque se pensa que a palavra “facto” perdeu o seu “c”. Mas a verdade é que, quando o “c” é pronunciado, deve ser mantido na grafia da palavra. Portanto, quando pronunciar o “c”, sabe que deve escrever “facto”.
7. “Ver” ou “vir”?
Já alguma vez ficou na dúvida se devia escrever “eles vêm a dobrar” ou “eles veem a dobrar”? Pois é, existe alguma confusão em relação a estas duas palavras, mas a utilização correta é a da segunda frase.
Para saber quando deve usar “vêm” ou “veem”, lembre-se que ambas se pronunciam de forma diferente, e que “veem” tem dois “e”, que o podem ajudar a lembrar-se dos dois olhos que usamos para ver, e assim associar a palavra ao verbo “ver”.
8. Usar “fizestes” em vez de “fizeste”
Existe uma forte tendência em confundir a segunda pessoa do plural com a segunda pessoa do singular, e por isso, podemos ouvir muitas pessoas a perguntar “já fizestes a revisão do teu carro?”, em vez de usarem a forma correta, “já fizeste a revisão do teu carro?”.
9. Trocar o uso de “obrigada” e “obrigado”
É incorreto uma pessoa do sexo feminino dizer “obrigado”, assim como é errado uma pessoa do sexo masculino dizer “obrigada”, seja em que circunstância for. Isto porque a regra da concordância nominal nos indica que este adjetivo deve concordar com o sexo do emissor, de forma a estar correto.
10. Usar “perca” em vez de “perda”
Existem muitos falantes de português que usam “perca” como nome, algo que é errado. Assim, não poderá dizer coisas como “a partida desta pessoa foi uma enorme perca”, mas sim “a partida desta pessoa foi uma enorme perda”. Isto porque “perca” apenas existe como forma do verbo perder, no presente do conjuntivo.
Olá, boa tarde !
Existe alguma diferença na utilização da palavra “porque” em Portugal ?
Aqui no Brasil, utilizamos várias formas, uma para cada situação : por que, porque, por quê .
Grato pela atenção