Não há dúvidas de que o Gerês é um local especial, cada vez mais procurado por visitantes que procuram o sossego da montanha. E isso não falta por estes lados, até porque, apesar de ser conhecido como Parque Natural da Peneda-Gerês, engloba 4 serras: a Peneda, a Amarela, o Soajo e o Gerês.
Aqui pode encontrar cascatas, lagoas (algumas quase secretas), aldeias típicas e bosques encantados. E é possível explorar o parque a pé, através de qualquer um dos muitos percursos pedestres oficiais do Gerês.
Portanto, não é de admirar que por aqui encontremos muitos locais sossegados e que parecem saídos de um filme ou de um conto de fadas, especialmente aqueles locais menos conhecidos pelos turistas. Assim, deixamos-lhe 10 locais que não pode perder na sua próxima visita ao Gerês.
1. Branda da Aveleira

A Branda da Aveleira encontra-se às portas do Parque Nacional, e durante séculos foi usada como residência temporária. No século passado, este pequeno aglomerado de casas esteve quase a desaparecer, mas acabou por renascer das cinzas.
As suas casas foram cuidadosamente recuperadas, mantendo o seu traço original, de modo a que a essência da aldeia se mantivesse viva, embora com os confortos dos nossos dias. O conjunto de casas está destinado ao turismo rural.
2. Vale de Poldros

Val de Poldros é uma aldeia peculiar que apenas é usada durante o verão, pelos pastores que procuram bons pastos para o seu gado. Nas restantes estações, os pastores descem às inverneiras, locais mais abrigados do frio.
Na aldeia, encontram-se diversas casas rudimentares em granito, as chamadas cardenhas, onde se guardavam as alfaiais agrícolas, servindo também de abrigo para os pastores e o gado. O local ganhou bastante visibilidade nos últimos anos, apesar de ter apenas um habitante permanente.
3. Poço Azul

Já foi uma das cascatas mais secretas do Gerês, embora ainda seja difícil encontrar muita gente por aqui. Se quiser ter a lagoa só para si, vá ao local durante a semana e saia cedo, porque o caminho ainda é longo.
O Poço Azul é considerada uma das cascatas mais remotas do Gerês, o que lhe permitirá aventurar-se bem pelo interior do parque, onde só se pode ir a pé. Mas a caminhada e a cascata em si valem bem a pena o esforço.
4. Poço do Teixo

Não se sabe bem porque é que esta pequena maravilha é quase desconhecida para a maioria dos visitantes do Gerês, até porque se encontra mesmo ao lado da famosa Cascata do Arado.
Se quiser conhecer a cascata do Poço do Teixo, siga em direção contrária à cascata do Arado, em direção ao Miradouro das Rocas. O Poço do Teixo fica um pouco antes do miradouro. A caminhada não é muito longa, e verá que se vai maravilhar com esta cascata incrível.
5. Ponte da Cava da Velha

Também conhecida por Ponte Nova de Castro Laboreiro, é uma das pontes medievais mais bem conservadas de todo o Parque Nacional. Foi construída por volta do século I (ou seja, tem origens romanas), mas foi reconstruída na Idade Média.
Assim, foi durante esta reconstrução que a ponte ganhou o seu aspeto atual, que tantos visitantes tem atraído, maravilhados não só pela construção, mas também pela paisagem que a rodeia.
6. Fechas do Malho

São 4 poços bem fundos, com 4 belas quedas de água no rio Castro Laboreiro, mais ou menos entre a Mistura das Águas e o Ribeiro de Baixo. Estes poços servem de fronteira entre Portugal e Espanha, sendo mais fácil aceder ao local pelo lado espanhol.
A rota que lhe permite visitar as Fechas do Malho começa quando a estrada que liga Olelas à Mistura das Águas termina, e segue sempre do lado direito do rio Laboreiro.
7. Santuário da Peneda

Segundo uma data inscrita na coluna que existe no cimo das escadarias de acesso, foi construído em finais do século XVIII. Acredita-se que aqui existia uma pequena ermida, que lembrava a aparição da Senhora da Peneda e que foi crescendo com o tempo, construindo-se depois o santuário.
Para além de poder visitar o Santuário da Peneda, que é de grande beleza, pode também maravilhar-se com a sua imponente cascara, especialmente depois de dias chuvosos.
8. Cascatas da Mata da Albergaria

São das cascatas mais secretas e menos visitadas do Gerês, apesar de se encontrarem muito perto de outras mais conhecidas, como a cascata da Portela do Homem.
Para chegar a este local, terá de fazer uma caminhada curta pela Mata da Albergaria, um bosque repleto de árvores centenárias, que abriga esta sucessão de pequenas cascatas, com lagoas de águas cristalinas e com um tom esverdeado, num cenário que parece saído de um conto de fadas.
9. Mosteiro de Pitões das Júnias

Este mosteiro, completamente isolado do mundo exterior, foi o lar de diversos monges, que aqui viviam em recolhimento. Não se sabe ao certo quando é que o mosteiro foi construído, mas sabemos que é anterior à fundação do Reino de Portugal.
O que se sabe ao certo, através dos documentos oficiais que sobreviveram ao tempo, é que o mosteiro de Pitões das Júnias já existia no ano de 1247 e que os seus monges eram responsáveis pelos terrenos que o circundavam.
10. Poço Verde de Fafião

Este poço em particular situa-se no rio Fafião, na aldeia com o mesmo nome. O local ganhou fama nestes últimos anos, atraindo cada vez mais visitantes, que procuram o poço pela sua beleza única e pelas suas águas convidativas e com um bonito tom e pela magnífica paisagem que o rodeia. No entanto, ainda é possível que tenha o privilégio de o ter apenas para si, se escolher o dia certo e tiver um pouco de sorte.