A Serra da Estrela é um local perfeito para se estar em contato com a natureza, até porque existem neste parque natural inúmeras paisagens de grande beleza. Uma das melhores formas de explorar esta região é aventurando-se pelos seus trilhos e percursos pedestres oficiais, existindo diversas opções em todo o Parque Natural da Serra da Estrela que lhe vão permitir passar por alguns dos seus locais mais emblemáticos.
Irá percorrer aldeias típicas e tradicionais, cascatas, lagoas quase secretas e caminhos que apenas os pastores conhecem. E chegará também até alguns dos locais mais secretos da Serra da Estrela. Percorrer estes trilhos é uma experiência única e permite-lhe conhecer a fundo esta que é uma das regiões mais bonitas de Portugal.
Para que comece a planear a sua visita, deixamos-lhe alguns trilhos e percursos a não perder. Não se esqueça de respeitar a sinalização e de usar calçado confortável para os fazer!
1. Rota do Poço do Inferno
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Este é um percurso circular que tem cerca de 2,5 km e uma dificuldade considerada média. A rota começa no parque de estacionamento do Poço do Inferno e, ao longo do trilho, irá desfrutar da belíssima paisagem do vale do Rio Zêzere e do vale da Ribeira de Leandres.
O ponto alto do percurso é a cascata do Poço do Inferno, uma queda de água com cerca de 10 metros, autêntico ex-libris da Serra da Estrela.
2. Rota do Glaciar
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Este trilho linear tem cerca de 17,2 km e tem dificuldade média. Poderá começar em qualquer uma das extremidades: junto à igreja de São Pedro, em Manteigas, ou na Torre. O percurso faz-se ao longo do vale glaciar do Zêzere, até ao Covão d’Ametade.
Poderá também apreciar maravilhas naturais ao longo do caminho, tais como o Covão do Ferro, a Pedra do Equilíbrio, a Barroca dos Teixos, o Espinhaço do Cão, o Cântaro Magro e o Cântaro Gordo.
3. Rota do Maciço Central
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É um dos trilhos mais bonitos da Serra da Estrela, mas é também um dos mais exigentes. Este trilho circular começa no Covão d’Ametade e leva-nos num percurso pelas entranhas do majestoso Maciço Central da Serra da Estrela.
Poderá contemplar locais como o Covão d’Ametade, o Covão Cimeiro, os Cântaros, a lagoa dos Cântaros, a lagoa da Paixão e as Salgadeiras. Não é um trilho muito extenso, mas os seus declives acentuados tornam-no um percurso bastante exigente a nível físico.
4. Rota da Levada
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Este percurso circular com 16 km começa na aldeia de Cabeça, e acompanha a levada comunitária até chegar à vila de Loriga. Ao longo do caminho, poderá descobrir locais como o vale da ribeira de Loriga, os moinhos de água, os socalcos agrícolas de Loriga, o Poço da Broca de Serapitel e as Marmitas de Gigante.
O percurso entre Cabeça e Loriga encontra-se bem sinalizado, mas o regresso a Cabeça não se encontra tão bem marcado, pelo que poderá voltar de táxi.
5. Rota das Faias
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Este trilho circular com dificuldade média segue ao longo de uma floresta de faias, que foi plantada em inícios do século XX. O trilho começa na Cruz das Jugadas, a cerca de 7 km de Manteigas, e tem 5,4 km no total.
Ao longo do caminho, poderá contemplar as belíssimas paisagens sobre o vale glaciar do Zêzere, a Torre, os Cântaros magro e gordo e as Penhas Douradas. Todas as estações são boas para percorrer este trilho, mas o local reveste-se um encanto especial no outono.
6. Rota do Carvão
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É um percurso circular com cerca de 20 km , que é considerado difícil. Começa em Manteigas e segue por uma subida até ao Observatório das Penhas Douradas, passando por locais como a Casa da Fraga, o Miradouro do Fragão do Corvo, o Seixo Branco, Vale das Éguas e a Nave da Mestra.
É um percurso que se mistura com a própria história de Manteigas, especialmente no que diz respeito à pastorícia, ao centeio, à floresta e à produção de carvão para vender.
7. Rota do Covão dos Conchos
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Este percurso linear, com cerca de 10 km e de dificuldade fácil, vai-lhe permitir descobrir a grandiosidade do Covão dos Conchos, que se encontra a mais de 1500 metros de altitude e que é uma espécie de túnel, que transporta as águas recolhidas da Ribeira das Naves até à Lagoa Comprida.
Ao longo do caminho, que tem início na Lagoa Comprida, vai encontrar algumas das paisagens mais bonitas da Serra da Estrela.
8. Rota do Vale do Rossim à Nave da Mestra
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Este percurso circular, de dificuldade média e com 14 quilómetros, parte da Praia Fluvial do Vale do Rossim e passa ao lado das margens da albufeira do Vale do Rossim, seguindo por Vale das Éguas.
Atravessa ainda a famosa Talisca da Mestra, até chegar à Nave da Mestra, um dos locais mais bonitos do maciço central do Parque Natural da Serra da Estrela. O trilho que liga Vale do Rossim à Nave da Mestra encontra-se acima dos 1500 metros de altitude e não está sinalizado.
9. Rota da Garganta de Loriga
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Este percurso linear, com 9 km e considerado difícil, faz a ligação entre o planalto superior da Serra da Estrela e a vila de Loriga, seguindo por percursos apenas utilizados pelos pastores.
Ao longo do caminho, poderá descobrir o vale glaciar de Loriga, os covões do Boleiro, do Meio, da Nave e da Areia, a barragem de Covão do Meio e a Eira da Pedra. Apesar de curto, o trilho é bastante exigente fisicamente, e no inverno pode estar coberto de neve.
10. Rota da Caniça
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Este percurso circular, de dificuldade média e com 7 km, começa junto à Igreja Matriz da aldeia da Lapa dos Dinheiros, seguindo em direção à ribeira da Caniça e à sua ponte.
Ao longo do percurso, vai poder conhecer o Souto da Lapa (bosque de carvalhos centenário), diversas cascatas, a formação rochosa dos Cornos do Diabo, e o Buraco do Sumo, uma zona onde a ribeira corre subterraneamente por baixo de blocos de granito.