A região do Minho tem ainda muitos locais quase desconhecidos para a maioria dos turistas, talvez porque são sítios que não aparecem nos roteiros turísticos mais visitados. Apesar de menos conhecidos, visitá-los constitui uma oportunidade única para descobrir o mais genuíno que esta região possui.
Assim, existem sítios apenas conhecidos por moradores locais e por visitantes que gostam de partir em busca do desconhecido, e que acabam por descobrir estes autênticos tesouros, entre cascatas, aldeias de tradicionais, lagoas ou paisagens protegidas.
A juntar a tudo isto, está a hospitalidade de um povo único, que tão bem domina a arte de bem receber. Descubra alguns dos locais mais desconhecidos para visitar no Minho.
1. Cascata do Pincho
Encontra-se a cerca de 20 quilómetros de Viana do Castelo, na serra d’Arga, que é uma das áreas mais emblemáticas do Minho, quer pelas suas paisagens verdejantes e imensas, como pelos seus valores naturais e pelo seu património natural.
Nos pontos mais altos, é possível encontrar áreas de grande beleza e com uma grande diversidade florística. A cascata do Pincho encontra-se numa localização privilegiada nesta serra, e é a mais exuberante das quedas de água do rio Âncora, muito graças às suas águas cristalinas.
2. Corno do Bico
Muito mais que uma área classificada, este é um lugar mágico no Minho, que nos remete para um cenário de floresta encantada. A Paisagem Protegida do Corno do Bico foi criada em 1999.
Tem cerca de 2.200 hectares, que se encontram distribuídos por cinco freguesias: Bico, Castanheira, Cristelo, Parada e Vascões, no município de Paredes de Coura, parte do Maciço Ibérico.
3. Poças do Malho
Tratam-se de 4 poços bem fundos, com 4 quedas de água, situadas no rio Castro Laboreiro. Encontram-se mais ou menos entre a Mistura das Águas (ponto onde o rio Peneda se encontra com o Laboreiro) e Ribeiro de Baixo, e os poços servem de fronteira natural entre Portugal e Espanha.
Aliás, a melhor forma de conhecer as Poças do Malho é através do lado espanhol, numa rota que começa quando a estrada que liga Olelas à Mistura das Águas termina. O caminho segue sempre do lado direito do rio Castro Laboreiro, no lado espanhol do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
4. Estorãos
Localizada em Ponte de Lima, a pequena aldeia minhota de Estorãos é um segredo que merece ser descoberto no Minho. Por aqui passa uma ribeira com o mesmo nome, vinda do alto da serra de Arga. As suas águas límpidas e cristalinas serpenteiam por florestas e terrenos agrícolas até chegarem aqui.
É nesta ribeira que fica uma das paisagens mais icónicas desta aldeia: uma pequena ponte de pedra, românica, mesmo ao lado de um velho moinho com uma roda de madeira ainda intacta. Também neste local pode desfrutar de um banho nos dias mais quentes do Verão.
5. Aldeia de Pontes
Desabitada há mais de 15 anos mas nunca esquecida… A Aldeia de Pontes é uma aldeia Inverneira de Castro Laboreiro. Significa isto que alguns dos moradores passavam aqui o Inverno porque esta aldeia teria melhores condições para alimentar o gado durante esta época.
Pontes está agora a ser totalmente recuperada para turismo rural. O projeto é recente mas já começa a atrair cada vez mais turistas que procuram paz, sossego e comunhão com a natureza envolvente.
6. Branda da Aveleira
A Branda da Aveleira encontra-se às portas do Parque Nacional Peneda Gerês, e durante séculos foi usada como residência temporária. No século passado, este pequeno aglomerado de casas esteve quase a desaparecer, mas acabou por renascer das cinzas.
As suas casas foram cuidadosamente recuperadas, mantendo o seu traço original, de modo a que a essência da aldeia se mantivesse viva, embora com os confortos dos nossos dias. O conjunto de casas está destinado ao turismo rural.
7. Lagoas de Bertiandos
Estas lagoas são Paisagem Protegida, uma vez que congregam em si diversos habitats, que vão desde zonas húmidas, não húmidas, pastagens, bosques a zonas agrícolas. As lagoas de Bertiandos são servidas por canais naturais e atravessadas pelo rio Estorãos.
A junção dos terrenos alagadiços com espécies florestais como carvalhos, salgueiros e amieiros tornam a zona perfeita para alimentação e refúgio de várias espécies de flora e fauna, estando registadas cerca de 80 espécies raras na área. É também a única zona húmida classificada no Norte de Portugal.
8. Cascatas da Mata da Albergaria
São das cascatas mais secretas e menos visitadas do Gerês, apesar de se encontrarem muito perto de outras mais conhecidas, como a cascata da Portela do Homem.
Para chegar a este local, terá de fazer uma caminhada curta pela Mata da Albergaria, um bosque repleto de árvores centenárias, que abriga esta sucessão de pequenas cascatas, com lagoas de águas cristalinas e com um tom esverdeado, num cenário que parece saído de um conto de fadas.
9. Lagoa dos Druidas
É uma das lagoas mais secretas do Gerês. Fica bem perto da aldeia de Tibo, freguesia de Gavieiras. A melhor forma de chegar até ela é seguindo um dos trilhos mais bonitos do parque, o trilho da Mistura das Águas.
A Lagoa dos Druidas é um pequeno recanto no meio do paraíso onde se pode refrescar numa tarde quente de Verão. As águas são límpidas e cristalinas. E bem perto pode também visitar as fechas do Malho, outro paraíso quase secreto do Minho.
10. Gavieira
Nunca ouviu falar na Gavieira, certo? Talvez esse seja o principal motivo para uma visita… Afinal de contas, não é todos os dias que se pode desfrutar de uma aldeia típica do Gerês sem o turismo de massas por todo o lado.
Mesmo ao lado da aldeia fica o Santuário da Nossa Senhora da Peneda (este já mais conhecido pela maioria das pessoas) e a sua fantástica cascata (a Cascata da Peneda que cai de uma altura de 30 metros).