Se quiser dar um passeio perto de Lisboa mas sem tropeçar em turistas em cada esquina, saiba que existem locais ainda quase secretos ainda por descobrir. Praias paradisíacas, aldeias típicas, bosques encantados, casas senhoriais, quintas seculares e cascatas quase desconhecidas são apenas alguns dos exemplos.
Dependendo daquilo que procura, pode rumar a norte e encontrar as aldeias saloias e algumas cascatas em locais de difícil acesso, por exemplo. Ou pode rumar a sul e descobrir as praias de águas cristalinas da Serra da Arrábida, entre outras.
Depois de escolher o seu local preferido, basta partir à descoberta, com os seus amigos, familiares ou até sozinho. Conheça alguns dos locais mais secretos para visitar perto de Lisboa.
1. Cascata de Fervença
Chegar à cascata de Fervença é muito simples, já que o acesso é fácil. Se vem da zona de Sintra, deverá sair em direção à Base Aérea e virar à esquerda, passando por cima da ponte e entrando novamente na estrada com direção a Sintra. No lado direito, verão o restaurante Baião e, logo a seguir, um caminho de terra batida. Deixe o carro nesse pequeno largo e siga o caminho a pé.
Percorra a estrada em alcatrão até ao seu final e irá depois encontrar do lado direito uma palete, que serve de portão. Passe o portão e siga um caminho em terra batida, do lado esquerdo, sendo que a cascata é logo a seguir. Tenha em atenção que toda a zona ao redor da cascata tem um piso bastante escorregadio, pelo que deverá caminhar com cuidado.
2. Aldeia Galega da Merceana
Esta típica aldeia da zona Oeste é um recanto esquecido, até dos próprios vizinhos. Para chegar até aqui é preciso viajar pelos campos bucólicos e ondulados da zona saloia. Uma região onde abundam os vinhedos e pomares, as ermidas e as capelas. E claro, as aldeias nos pequenos outeiros. É o caso da Aldeia Galega da Merceana.
A sua arquitetura é típica das aldeias saloias: casas brancas e ruelas pequenas, desordenadas e sinuosas. Mas a aldeia denota pormenores que indicam que terá tido um passado um pouco mais importante e glorioso.
3. Cascata de Anços
Para chegar à belíssima cascata de Anços, vindo da zona de Sintra, terá de percorrer a A9, saindo em Montelavar. Mais à frente, apanha uma rotunda, devendo seguir em frente até chegar a uns semáforos. Aí deverá virar à esquerda, em direção à Anços. Após uma curva apertada, vão começar a descer, passando por cima de uma pequena ponte, onde poderão ver já a placa de Anços.
O caminho começa a subir e encontrarão uma placa informativa das cascatas. Estacione o carro num dos pequenos largos e faça o resto do percurso a pé. Após o término do alcatrão, começa a estrada em terra batida, que se encontra sinalizada. No final do caminho, vai encontrar as ruínas de um moinho com a respetiva mó. Basta descer as pedras e chegará a esta cascata.
4. Escaroupim
Em pleno coração do Ribatejo, Escaroupim é uma típica aldeia piscatória. A sua origem remonta aos anos 30 do século passado, época em que os pescadores da Praia da Vieira, na Marinha Grande, se deslocavam frequentemente até este local para pescar no rio Tejo durante o Inverno.
Algumas destas pessoas acabaram por se fixar aqui definitivamente e construíram pequenas casas assentes em estacas de madeira de forma a escapar às cheias frequentes do Tejo. O resultado é uma pitoresca aldeia repleta de pequenos segredos para descobrir e onde a história dos pescadores que aqui viveram está presente em cada detalhe.
5. Cascata do Rio Mourão
Esta cascata fica um pouco mais abaixo da cascata de Anços e o caminho para encontrar é o mesmo desta. No entanto, quando passar as ruínas do moinho e descer as pedras, deverá atravessar o rio e seguir o caminho da direita. Chegará assim ao topo da cascata do rio Mourão. Pode sempre tentar descê-la, mas tenha em atenção que o piso para o fazer é muito escorregadio.
Se prefere visualizar a cascata a partir de outro ponto, basta que, no sítio onde deixa o carro, siga o caminho de terra batida para a cascata de Anços. No entanto, em vez de virar à esquerda, segue o caminho em frente, e assim poderá ver a cascata do rio Mourão do seu lado esquerdo.
6. Penedo
Uma aldeia típica nos arredores de Lisboa? Sim, é possível. A aldeia de Penedo, na freguesia de Colares, é talvez um dos melhores exemplos. Localizada no alto de uma encosta, a aldeia existe desde o século XIII.
Para chegar aqui é preciso subir por ruas estreitas e sinuosas. Apesar de a grande maioria das casas ter sido construída já em estilo moderno, ainda existem muitas de traça antiga. A localização, as ruas e ruelas íngremes e sinuosas e as casas pintadas de branco dão-lhe uma pitoresca imagem de aldeia típica.
7. Quinta Real de Caxias
Construída no século XVIII, a Quinta Real de Caxias é hoje uma das maiores atrações de Oeiras. Os seus jardins, desenhados segundo o estilo francês, convidam a um passeio por entre os vários caminhos onde pontuam estátuas e pequenos lagos.
Mas o grande destaque é mesmo a cascata que, quando ativa, verte as suas águas sobre o lago, onde se destacam as estátuas da autoria de Machado de Castro. O espaço foi reabilitado recentemente e está mais interessante do que nunca.
8. Salinas da Fonte da Bica
São as maiores salinas de interior da Península Ibérica. A sua exploração iniciou-se há centenas de anos e, em seu redor, nasceu uma povoação para dar abrigo aos trabalhadores e às suas famílias e também para armazenar o sal.
Por aqui passaram romanos, árabes e templários. Caminhar por esta pequena aldeia é, por isso mesmo, uma autêntica viagem ao passado. As casas foram construídas em madeira e são as melhores conservadas em Portugal.
9. Lagoa azul
A cerca de 45 minutos de carro de Lisboa, pela A5, encontra-se a lagoa azul, em plena serra de Sintra. Encontra-se num local de fácil acesso, tanto pedestre como rodoviário, e tem espaço de estacionamento.
No local, pode-se observar tartarugas, aptos, carpas e percas, entre outras espécies fascinantes. Aproveite para estender a sua toalha e fazer um piquenique, e depois percorra os circuitos BTT existentes na zona, com subidas e descidas desafiantes.
10. Quinta da Ribafria
A Quinta da Ribafria é um pequeno tesouro, quase secreto, de Sintra. O solar de Ribafria foi construído em 1541, por Gaspar Gonçalves, e trata-se de um belíssimo edifício da arquitetura civil manuelina. O destaque vai para a sua magnífica torre, edificada 100 anos depois do solar.
Segundo se consta, seria utilizada pelo seu proprietário para vislumbrar a Penha Verde, local que também lhe pertencia. Depois de estar abandonada durante várias décadas, a Quinta da Ribafria abriu de novo as suas portas em 2015, desta vez para todos aqueles que a queiram visitar.