Existem em Portugal 241 castelos, o que, para um país com pouco mais de 92 mil km2 , é obra. A maioria dos castelos portugueses data da Idade Média, especialmente dos séculos da fundação do país. São memórias vivas daquilo que Portugal foi enquanto nação e do quão difícil foi conquistar e manter o território português.
Foram locais de bastante importância durante o tempo de expansão das fronteiras portuguesas até à consolidação das mesmas, até porque o seu principal objetivo era a defesa de uma determinada localidade ou região, embora alguns servissem também como residência.
É claro que, a partir do momento em que o território português ficou definido, estes locais foram perdendo a sua importância, com muitos deles a serem hoje ruínas. Mesmo assim, são locais cheios de interesse e ricos em história que merecem ser visitados, e é por isso que lhe deixamos esta lista:
1. Castelo de Alcanede
A origem deste castelo é incerta, mas existem indícios de que foi tomado aos mouros pelo conde D. Henrique, embora a sua existência oficial se tenha reconhecido apenas em 1162, ano em que D. Afonso Henriques doou o castelo a Gonçalo Mendes de Sousa.
A fortaleza foi fortemente afetada pelo sismo de 1531, tendo ficado em ruínas até meados do século XX, altura em que foi restaurada. Ainda em ruínas, teve um inesperado valor estratégico durante a III invasão francesa, servindo de ponto de vigia para os franceses que ocupavam a vila.
2. Castelo do Alvito
Comparado aos seus congéneres, é um castelo jovem, uma vez que foi mandado construir em finais do século XV pelo Barão do Alvito. Isto explica as suas influências mouriscas, góticas e manuelinas, com a estrutura a ser um misto de arquitetura militar com residência apalaçada.
Durante quase 5 séculos, foi habituado continuamente por 16 famílias de barões, sendo um caso único na história do nosso país. Em 1917, passou para o Estado português, e desde 1993 que é uma pousada histórica da rede das Pousadas de Portugal.
3. Castelo de Ansiães
As origens deste castelo estão fixadas no século III a.C., com o conjunto do castelo e da povoação que o rodeava, cujas ruínas muralhadas ainda estão visíveis, a ocupar mais de 9500 hectares. Em relativamente bom estado ainda sobrevive a igreja de São Salvador, anexa à capela de Santa Maria.
Diz-se que estas terras foram dadas por D. Fernando a João Rodrigues Portocarrero, homem simpatizante da causa castelhana, que foi mais tarde escorraçado pela população de Ansiães, a quem D. João I deu todo o património daquele senhor, como prova do seu reconhecimento.
4. Castelo de Marialva
Esta fortaleza remonta aos primórdios da fundação do nosso país, e até meados do século XVIII manteve-se num estado razoável, sendo restaurado de forma regular. Mas, em 1758, o Marquês de Távora, que na altura era o alcaide de Marialva, foi implicado numa suposta tentativa de regicídio de D. José I.
Depois de a família ter sido executada, o castelo foi despovoado e, com o tempo, sobreviveu a ruína a este local. Algumas pessoas associam este castelo à lenda da Dama dos Pés de Cabra, por o seu nome ser Marialva.
5. Castelo de Mértola
Mértola foi fundada pelos romanos, tendo a seguir sido ocupada por mouros, sendo desta época a origem do seu castelo. No entanto, a sua Torre de Menagem, que hoje o carateriza, apenas foi construída em finais do século XIII.
Todas estas influências diversificadas permanecem bem patentes no património arquitetónico da vila, assim como numa das figuras mais fascinantes da sua história, IBN Qasi, Taifa (rei) de Mértola e Silves, a quem foi erigida uma estátua que poderá apreciar junto à entrada deste maravilhoso castelo.
6. Castelo de Montemor-o-Novo
A sua muralha triangular, quando estava completa, tinha cerca de 2 km, o que faz dela a maior do nosso país. A fortaleza tinha também 4 torres, 19 torreões e 4 portas.
Infelizmente, toda a estrutura foi muito danificada pelo terramoto de 1755 e pela utilização das suas pedras noutras construções, sendo que, da muralha, apenas restam alguns troços, 3 torres e 3 portas. Dentro do recinto, podemos encontrar a igreja de São Tiago, as ruínas do Paço dos Alcaides, a igreja de São João Batista e a igreja de Santa Maria do Bispo.
7. Castelo de Montemor-o-Velho
As origens deste castelo remontam ao período anterior à fundação de Portugal, já que existem referências de que foi conquistado em 848 por Ramiro I das Astúrias. Foi neste castelo que, em 1355, D. Afonso IV e os seus conselheiros se reuniram para decidir o destino de Inês de Castro, o que culminou no seu assassinato.
Este é um dos maiores castelos portugueses, encontrando-se ainda em bom estado. No seu interior, poderá descobrir a igreja de Nossa Senhora da Alcáçova, assim como uma curiosa porta, chamada Porta da Peste.
8. Castelo de Mourão
Não existem certezas relativamente à data de construção deste castelo, mas esta deverá ter ocorrido entre os séculos XIII e XIV. No século XVIII, foi fortificado com baluartes, que hoje passam completamente despercebidos, uma vez que se encontram muito dissimulados na paisagem.
Hoje, o maior trunfo deste castelo é o facto de se encontrar mesmo à beira do Alqueva, estando numa posição privilegiada para oferecer a quem o visita uma paisagem incrível sobre aquele que é o maior lago artificial da Europa.
9. Castelo de Penedono
Este que é um dos mais originais castelos portugueses foi construído em granito e xisto, e tem uma planta hexagonal irregular com ameias piramidais. Com origens no século X, pertenceu a D. Chamôa Rodrigues, sobrinha da fundadora do castelo de Guimarães.
O local é também conhecido por castelo do Magriço, alcunha dada a Álvaro Fernandes Coutinho, um dos “12 de Inglaterra” enaltecido por Camões no canto VI dos Lusíadas. A este castelo está também associada uma lenda que envolve uma moura bela e rica, a lenda das Duas Pedras.
10. Castelo de Penha Garcia
A origem deste castelo é algo imprecisa, embora existam indícios de que foi construído durante o reinado de D. Sancho I, tendo mais tarde sido doado aos Templários. Este é um dos 15 castelos de fronteira em Portugal, cujas muralhas defenderam durante séculos as nossas fronteiras dos ataques dos exércitos inimigos.
A paisagem que podemos observar a partir do topo do Castelo de Penha Garcia pode ser considerada uma das mais bonitas do nosso país, o que, em conjugação com o castelo em si, vale bem a pena a visita.
11. Castelo do Rei Wamba
O seu nome oficial é Castelo de Ródão, tendo a fortaleza ganhado o seu nome popular por ali ter vivido Wamba, último grande rei dos Visigodos, no século VII. Aassociada ao castelo e à personagem deste rei existe uma lenda, que nos fala de um triângulo amoroso entre Wamba, a sua mulher e um rei muçulmano.
Hoje em dia, o local é apenas uma torre, mas que nos oferece uma vista incrível sobre o rio Tejo e as famosas Portas de Ródão. Portanto, este é um local que tem mesmo de visitar, caso esteja na região.
12. Castelo de Trancoso
Foi propriedade de D. Chamôa Rodrigues, tal como o castelo de Penedono, e um castelo que tem vestígios claros do século X, uma vez que a porta de entrada da atual Torre de Menagem tem não só um arco de ferradura tipicamente moçárabe, como também uma forma e técnica de construção diferente das torres dos castelos românicos.
Este é um castelo condal, tendo surgido na fase do “segundo encastelamento” do território, iniciada em meados do século X para defender o território dos mouros e de outros invasores.
Devem ser Lindos mesmo,irei visita los logo em breve junto de mimha Família Bassualdo.
Informação muito importante para conhecermos um pouco mais da nossa história.