O sul de Portugal é conhecido sobretudo pelas suas praias mas há muito mais para descobrir e muitos belos locais para visitar no Algarve. A costa possui belíssimas falésias e praias de água límpida, mas no seu interior, o Algarve esconde pequenas vilas ou cidades que encantam que as visita.
Existem aldeias e vilas no Algarve que ainda conseguem resistir à pressão do turismo de massas e continuam a manter vivas tradições e hábitos seculares. E algumas cidades históricas, como Silves, conseguem ainda mostrar o charme do Algarve de outros tempos.
Mesmo que visite esta região com a intenção de se bronzear nas suas belíssimas praias, não perca a oportunidade de visitar outros locais e conhecer melhor as redondezas. Descubra alguns dos melhores locais para visitar o Algarve (sem ser praias).
1. Aljezur
O casario ao longo da encosta, as ruas íngremes, as casas pintadas de branco com listas azuis, as flores nas janelas e nas portas. E lá em cima, um castelo, testemunha do passado atribulado desta pequena vila da Costa Vicentina.
Aljezur é uma doce mistura entre Natureza e praias de elevada qualidade. As praias são, aliás, o maior motivo de atração da região. Mas há muito mais para descobrir em Aljezur: para além do castelo, destacam-se as suas igrejas e vários museus.
2. Alvor
O Alvor é uma das mais pitorescas vilas piscatórias do Algarve, sendo conhecida pelas suas praias, pelas ruas estreitas, pela ria e, claro, pelos restaurantes de peixe e marisco, onde pode provar iguarias como o berbigão com azeite e alho, a caldeirada do mar ou a açorda de lingueirão. Tudo isto longe do rebuliço dos turistas que enchem a região, especialmente durante o verão.
3. Ferragudo
Ferragudo é uma pequena vila piscatória com 500 anos de idade pertencente ao concelho de Lagoa. Estende-se ao longo de uma encosta repleta de casas típicas e parece quase impossível como esta localidade conseguiu resistir intacta à pressão urbanística do Algarve.
Existe um muro de pedra que divide a terra do mar, que parece tentar entrar pelo rio Arade até quase às portas das casas, Os típicos barcos de madeira, fundeados quase ao acaso, completam a paisagem de uma vila que merece ser descoberta com calma.
4. Pedralva
Esta é, talvez, a aldeia mais especial desta lista. Localizada em Vila do Bispo, chegou a ter mais de 100 habitantes. Aos poucos, todos foram partindo e resistiram apenas 9, que viviam em casas degradadas ou com poucas condições. Mas Pedralva renasceu!
Após um longo processo, todas as casas da aldeia foram compradas e recuperadas para turismo rural. O município viu na ideia uma oportunidade única de promover o Algarve mais típico e instalou rede elétrica e saneamento. Hoje, Pedralva pode ser a sua aldeia: pode alugar uma das suas várias casas e passar aqui uns dias, em comunhão com a Natureza.
5. Santa Luzia
Esta pequena localidade do sotavento algarvio, perto de Tavira, é conhecida como a capital do polvo, onde pode provar esta delícia num dos vários restaurantes que por aqui encontra. Depois, para fazer a digestão, passeia por este pequeno cantinho banhado pela Ria Formosa, cheia de cor por causa das embarcações. Do lado de lá da Ria, encontram-se praias de areia branca a perder de vista.
6. Querença
A aldeia de Querença é, sem dúvida, uma das mais típicas e bonitas do Algarve. As suas casas brancas com as chaminés rendilhadas denunciam de imediato as influências da arquitetura árabe. Localiza-se no interior do concelho de Loulé, em plena serra algarvia.
Querença tem sabido preservar as suas características, tradicionais de um espaço rural. Para além da arquitetura, são ainda comuns várias artes como a cestaria, produção de mel e de licores e o fabrico de bonecos de tecidos.
7. Cascata do Pego do Inferno
É na freguesia de Santo Estêvão, a cerca de 7 km de Tavira, que se pode encontrar o belíssimo Pego do Inferno, uma das mais bonitas paisagens algarvias. O Pego do Inferno é uma das quedas de água da ribeira da Asseca, um dos mais importantes cursos de água da região de Tavira.
A cascata termina numa lagoa redonda, rodeada de uma refrescante área arborizada. Para aceder ao Pego do Inferno, após o estacionamento, terá de percorrer cerca de 100 metros até chegar a uma escadaria de madeira. Aí começa o percurso propriamente dito da descida até ao Pego, de cerca de 300 a 400 metros.
8. Alte
Alte é uma encantadora aldeia algarvia pertencente ao concelho de Loulé. Um pouco longe do mar e de todo o caos urbanístico do litoral, conserva ainda as açoteias (chaminés tradicionais) e as ruas pavimentadas em calçada portuguesa.
E se acha que, por estar longe do mar, não pode dar uns banhos, prepare-se para descobrir as Fontes de Alte. Esta zona arborizada fica mesmo ao lado de uma ribeira de águas cristalinas onde se pode refrescar. Também pode fazer churrascos e piqueniques.
9. Cascata de Alte
Também conhecida como a Queda do Vigário, esta queda de água da ribeira de Alte nasce na Quinta do Freixo e junta-se com a Ribeira de Algibre, perto de Paderne, formando assim a ribeira de Quarteira. A cascata despenha-se a pique de 24 metros de altura, terminando num grande lago que se assemelha a um alguidar.
Há quem diga que esta é uma queda de água artificial, que foi construída no século XVII por Duarte de Melo Ribadeneyra, por forma a conduzir as águas do ribeiro para o Tanque Grande e assim regar o pomar do Morgado. Recentemente, o espaço sofreu algumas remodelações, tornando-o mais propício ao lazer. Para chegar à cascata, após o estacionamento junto ao cemitério, terá de descer cerca de 300 metros.
10. Estói
Localizada no concelho de Faro, Estoi é uma pequena mas encantadora vila algarvia. Passa quase despercebida à maioria dos turistas porque não se encontra junto ao mar, mas há muito para descobrir nesta localidade.
É fácil deixar-se encantar pelo charme das suas ruas, com casas coloridas e flores em cada esquina. Pequena mas simpática e genuína, assim é Estoi. A melhor forma de explorar a vila é caminhando pelos seus becos e ruelas. Esteja atento a cada pequeno detalhe!
11. Palácio de Estói
O Palácio de Estói é único na região de Faro, sendo um pastiche rococó muito original. O palácio foi ideia de um nobre local, que morreu pouco depois do início da construção, em meados dos anos de 1840. José Francisco da Silva, outra personalidade local, adquiriu o palácio e acabou por o completar em 1909. Graças ao dinheiro e esforços que despendeu na sua construção, acabou por ser feito Visconde de Estói.
O trabalho foi dirigido pelo arquiteto Domingos da Silva Meira, que tinha um evidente interesse pela escultura. Hoje, o interior do palácio, maioritariamente em pastel e estuque, está a ser restaurado, com planos de se tornar uma pousada.
12. Cacela Velha
No topo de uma falésia e virada para o estuário, Cacela Velha recorda o Algarve do século passado. As casas ainda estão caiadas de branco e a vida decorre como se esta região ainda não tivesse sido invadida por turistas à procura de praia e sol.
Lá no fundo da falésia, as praias são de uma qualidade excelente e pouco frequentadas. Por se localizarem ainda dentro da área da ria, são um pouco mais quentes, com águas calma e pouco profundas, ideais para famílias com crianças. Os restos de um forte do século XVIII completam a paisagem quase mágica.
13. Burgau
Em plena Costa Vicentina, no concelho de Vila do Bispo, fica a pequena mas encantadora Burgau. A localidade já foi mais pacata do que é hoje. Começou a atrair cada vez mais turistas desde que foi apelidada de “Santorini portuguesa”.
Trata-se de uma alcunha algo injusta, diga-se a verdade. As casas são brancas e azuis, existem vistas para o mar a partir de uma encosta onde se encontra o casario… mas Burgau possui identidade própria e não precisa de comparações desse género.
14. Bordeira
A aldeia de Bordeira, em Aljezur, nasceu no século XV por ordem do Bispo de Silves, que aqui mandou construir uma igreja. Com a igreja vieram as pessoas, atraídas pela terra fértil da região e pelo mar da deslumbrante Costa Vicentina.
É mais famosa pela sua praia, a praia da Bordeira, considerada uma das mais bonitas de Portugal e ainda não tão concorrida como as restantes praias do Algarve Mas basta uma caminhada pelos becos e ruelas da aldeia para perceber que Bordeira é muito mais do que uma praia.
15. Silves
Surge sobre um estupendo vale, protegida pelo castelo, que guarda as casas tradicionais. Silves faz parte do roteiro turístico de qualquer visitante, tendo experienciado um crescimento económico e urbanístico que provam que, mesmo em plena serra algarvia, se consegue encontrar um local rico em oferta, tanto a nível de monumentos, como de cultura e de lazer.
16. Tavira
A bonita cidade algarvia de Tavira desenvolve-se ao longo do Rio Gilão, que dá alma e cor à localidade. São vários os vestígios árabes na sua arquitetura, seja nos telhados das suas casas, nas portas, nas janelas e nas ruas. A ponte, que se crê ser de origem romana, é um dos seus principais atrativos mas é no jardim do coreto que a população se reúne quando quer dar uma passeio pela cidade.