O Gerês é um local especial, sem dúvida. E apesar de ser popularmente conhecido por este nome, o Parque Nacional da Peneda Gerês engloba, na realidade, 4 serras: Peneda, Amarela, Soajo e Gerês. Por isso mesmo, é natural encontrar muitos locais paradisíacos nesta enorme área de paisagem protegida. E alguns dos locais mais bonitos do Gerês são também os mais secretos.
Muitos destes sítios são conhecidos apenas pelos habitantes locais ou por aqueles que, ao longo da sua vida, se dedicaram a explorar e a estudar o Gerês. Vale a pena recordar, por exemplo, que uma grande parte da área do Parque Nacional é de visita restrita e, por isso, quase desconhecida pela maioria da população.
Os locais que aparecem mais frequentemente nos guias turísticos são aqueles que se localizam em zonas abertas ao público ou de fácil acesso. Descubra alguns dos locais mais bonitos do Gerês e coloque-os na sua lista de destinos a visitar. O passeio vale bem a pena!
1. Sistelo
Conhecida pelo “Tibete Português”, o Sistelo é uma das mais recentes descobertas no Parque Nacional Peneda Gerês. A aldeia, famosa pelos seus socalcos verdejantes, pela sua relação com a água e pelo estilo de vida rural dos seus habitantes viu o número de turistas aumentar exponencialmente depois de implementados os passadiços do Sistelo.
Este percurso, devidamente sinalizado, é um dos grandes motivos para visitar esta região mas não é o único: a gastronomia, a natureza, as tradições e o modo de vida rural da aldeia do Sistelo cativam qualquer aventureiro.
2. Mata da Albergaria
Considerada um dos ex-libris do Parque Nacional Peneda-Gerês, a Mata da Albergaria foi caraterizada por ser uma das Reservas Biogenéticas do Continente Europeu, dispondo assim de uma grande quantidade espécies. Aqui é possível percorrer o trilho das Sete Pontes que é acompanhado, do inicio ao fim, por cascatas, lagoas e outros encantos naturais da região.
3. Gavieira
Nunca ouviu falar na Gavieira, certo? Talvez esse seja o principal motivo para uma visita… Afinal de contas, não é todos os dias que se pode desfrutar de uma aldeia típica do Gerês sem o turismo de massas por todo o lado. Mesmo ao lado da aldeia fica o Santuário da Nossa Senhora da Peneda (este já mais conhecido pela maioria das pessoas) e a sua fantástica cascata (a Cascata da Peneda que cai de uma altura de 30 metros).
Se visitar Gavieira, procure também conhecer as outras aldeias da freguesia: Rouças e Tibo. A partir de Tibo pode chegar até à Lagoa dos Druidas (o verdadeiro nome é Lagoa dos Antigos). É uma das mais belas e secretas do Gerês. Pode ainda subir os socalcos em direção às brandas e apreciar as serras das redondezas: Peneda, Soajo e Laboreiro.
4. Aldeia de Pontes
Desabitada há mais de 15 anos mas nunca esquecida… A Aldeia de Pontes é uma aldeia Inverneira de Castro Laboreiro. Significa isto que alguns dos moradores passavam aqui o Inverno porque esta aldeia teria melhores condições para alimentar o gado durante esta época Pontes está agora a ser totalmente recuperada para turismo rural. O projeto é recente mas já começa a atrair cada vez mais turistas que procuram paz, sossego e comunhão com a natureza envolvente.
A partir da Aldeia de Pontes saem 7 trilhos pedestres que pode utilizar para explorar a região. A grande maioria destes percursos pedestres são pequenos e de dificuldade fácil. Permitem descobrir uma região repleta de rios de água límpida, pontes medievais, pequenas cascatas e lagoas quase secretas. A não perder!
5. Cascata do Arado
Um pouco antes de chegar ao Rio Cávado, o Rio Arado entra em rebuliço: desenha uma sucessão de lagoas, intercaladas por pequenas quedas de água, até à maior e mais bonita de todas: a Cascata do Arado. Por ser de fácil acesso, é uma das mais concorridas cascatas do Gerês. Mas o que importa isso se o cenário é deslumbrante?
E para contemplar ainda melhor esta obra de arte da natureza, existe um pequeno trilho que conduz a um miradouro frontal à cascata. As águas são verdes e cristalinas e convidam a um banho refrescante.
6. Ponte da Mizarela
A Ponte da Mizarela, também conhecida como a Ponte do Diabo, está situada sobre o Rio Rabagão e liga as freguesias de Ruivães e de Ferral. Esta guarda uma lenda que defenda que esta ponte foi construída pelo diabo, servindo assim de objeto de culto e superstições entre o povo local.
7. Nossa Senhora da Peneda
Construído nos finais do século XVIII, a julgar pela data inscrita na coluna existente ao cimo da escadaria de acesso, acredita-se que neste local tenha existido uma pequena ermida construída para lembrar a aparição da Senhora da Peneda, cujo culto foi crescendo e motivou a construção do santuário.
Um dos grandes motivos para visitar o Santuário da Peneda, além da devoção religiosa, é poder observar a sua imponente cascata. Se a quiser observar na sua plenitude, convém visitar este local alguns dias depois de cair bastante chuva.
8. Cascata das Lagoas da Mata da Albergaria
Estas são, certamente, uma das cascatas mais secretas e menos visitadas do Gerês. E, curiosamente, até se localizam bem perto de outras mais conhecidas: a cascata da Portela do Homem. Para chegar aqui terá que fazer uma pequena caminhada pela Mata da Albergaria, um bosque quase mágico e repleto de árvores centenárias. Se o caminho é belo, o final é paradisíaco: uma sucessão de pequenas cascatas com lagoas de águas cristalinas e de tom esverdeado. De que está à espera?
9. Poço Azul
Já foi uma das cascatas mais secretas do Gerês. E embora continue a ser difícil encontrar muita gente no Poço Azul, a verdade é que o local é tão pequeno que, com apenas uma dezena de pessoas, já parece lotado. Por isso mesmo, se quiser experimentar o privilégio de ter uma lagoa só para si, mais vale pensar em ir à Cascata do Poço Azul durante a semana (e partir bem cedo porque o caminho é longo). É uma das cascatas mais remotas do Gerês, o que garante que irá aventurar-se mesmo pelo interior do parque, onde só é possível ir a pé. Mas acredite: a caminhada vale bem a pena!
10. Fecha de Barjas
De entre todas as cascatas do Gerês, estas são as mais famosas. Mas o nome não lhe soa a muito, certo? É o que a Fecha de Barjas é mais conhecida por Cascata de Tahiti. São uma sucessão de quedas de água do Rio Arado que terminam numa lagoa onde pode refrescar-se num dia quente de Verão. Também pode no Inverno, mas não aconselhamos.
As águas são puras e cristalinas (ou não fosse esta uma lagoa do Gerês) e, comparativamente com as restantes cascatas do Parque, são um pouco mais quentes. Descer até às cascatas requer algum cuidado mas o esforço compensa largamente. E já agora… não se esqueça de tirar a tradicional foto para as redes sociais.
11. Soajo
É uma das surpresas mais agradáveis do Gerês. Esta aldeia típica tem sido recuperada a um bom ritmo nos últimos anos. São cada vez mais as pessoas que recuperam as casas que possuem nesta aldeia e as transformam em segunda habitação ou turismo rural.
A aldeia do Soajo é conhecida também pelos seus espigueiros, tal como o Lindoso. Mas não se fique apenas por aí: aventure-se pelo seu interior e descubra uma aldeia de ruas e ruelas estreitas e sinuosas, ladeadas por casas antigas de granito. O passeio é sublime.
Destacam-se também a sua pequena praça central, o Largo do Eiró, com o seu peculiar pelourinho. E nas redondezas pode encontrar o quase secreto Poço Negro, local onde pode desfrutar de um banho refrescante nos dias quentes de Verão.
12. Pitões das Júnias
Localizada na parte transmontana do Parque Nacional da Peneda Gerês, Pitões das Júnias é uma das aldeias típicas e tradicionais desta região. É também uma das mais famosas e visitadas. E não é por acaso!
É famosa pelo seu fumeiro e pela sua gastronomia e por isso vale bem a pena almoçar em qualquer um dos restaurantes que aqui existem. Depois do almoço, caminhe pelas ruas estreitas da aldeia e descubra os seus recantos e pequenos detalhes.
Se estiver com forças para mais, pode visitar as ruínas do Mosteiro de Pitões das Júnias. O local é mágico e é fácil perder algumas horas a imaginar como seria a vida dos monges que aqui viveram durante séculos. Aventure-se também pelos passadiços até chegar ao miradouro com vistas para a cascata de Pitões das Júnias. A vista vale bem a pena o esforço!