A cidade de Coimbra possui, por si só, inúmeros locais para visitar que o podem fazer perder vários dias a desfrutar desta bela cidade no centro de Portugal. No entanto, há muito mais para descobrir nos arredores de Coimbra.
Seja para turistas que visitam a cidade ou seja para os próprios habitantes, perto de Coimbra, a menos de 1 ou 2 horas de carro, existem muitos locais dignos de uma visita, seja de apenas um dia ou até mais.
Os principais pontos de interesse e atracções turísticas dos arredores de Coimbra são muito variados e podem ir desde as fabulosas praias da Figueira da Foz até às aldeias de xisto da Serra da Lousã, passado ainda por monumentos como o castelo de Montemor-o-Velho ou fantásticos parques verdes como a Mata do Buçaco. Estes são os melhores locais para visitar nos arredores de Coimbra.
1. Aveiro
É junto à Ria, onde as águas do Vouga se misturam com as do mar, que se encontra a cidade de Aveiro, recortada por ruas aquáticas por onde deslizam os barcos moliceiros. A Barra Nova foi construída no século XIX, e a sua abertura para o oceano, em 1808, levou à formação de um canal que abriu a Ria para o mar e reconstitui a fonte de sobrevivência da região.
Assim, não pode deixar de conhecer a Ria de Aveiro, passando pelo labirinto de canais, pelas dunas brancas junto ao mar, e pelas extensões imensas de marinhas, com as suas pirâmides de sal. Bem perto de Aveiro, encontra as Dunas de São Jacinto, proposta perfeita para os amantes da natureza.
2. Castelo de Arouce
O Castelo da Lousã, conhecido também como Castelo de Arouce, é um dos mais peculiares castelos de Portugal, talvez o único feito totalmente em xisto, a rocha típica destas paragens.
Não se sabe ao certo quando terá sido edificado, mas sabe-se que foi uma das primeiras fortalezas encarregues de defender a linha de Coimbra dos mouros. No entanto, reza a lenda que terá sido um emir de nome Arunce que o terá construído, com a intenção de proteger uma das suas filhas.
3. Castelo de Montemor-o-Velho
O castelo que se ergue hoje é o resultado de sucessivas campanhas medievais. Com a conquista definitiva de Coimbra em 1064, o castelo foi reedificado por Afonso VI de Castela, tendo fundado na mesma época, dentro das muralhas, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, muitas vezes reedificada ao longo dos seguintes séculos.
O castelo de Montemor-o-Velho foi também palco de um dos episódios mais conhecidos da história do nosso país, tendo sido aqui que foi decidido o destino de Inês de Castro. Filha de um dos mais poderosos nobres castelhanos, Inês vivia maritalmente com o herdeiro do trono desde a morte de D. Constança, sua esposa, em 1345. É o castelo mais antigo de Portugal.
4. Cabril do Ceira
O Cabril do Ceira é, sem dúvida, um local ímpar que apresenta águas cristalinas que parecem nascer de um rochedo, um afloramento quartzítico simplesmente espetacular pela beleza natural que ostenta. É ainda um local muito pouco explorado e frequentado (assim como a sua praia fluvial), mas que certamente podemos referir como uma dos mais belos da Serra da Lousã e mesmo de Portugal.
Situa-se na freguesia de Serpins, e tem de facto a vantagem de ainda não estar muito explorado, sendo os próprios acessos facilitadores dessa circunstância, pois o facto de se manterem em terra batida favorece apenas os mais conhecedores a atingir esta preciosidade.
5. Costa Nova
As bonitas casas de madeira, pintadas com riscas de cores vivas, e que se estendem ao longo da Ria de Aveiro são uma imagem que parece saída de um postal. Hoje, os tradicionais palheiros da Costa Nova são usados como habitação ou como casa de férias, mas o seu propósito original era o de armazenamento de materiais de pesca.
Se visitar as praias da Vagueira e Mira, pode ainda assistir à tradicional arte xávega, uma forma de pesca artesanal em que as redes são puxadas do mar por tratores.
6. Casal de São Simão
Uma aldeia com apenas uma rua. Uma fonte que encanta com o borbulhar das suas águas. Um caminho que nos leva até às Fragas de São Simão, onde podemos dar um mergulho. Assim é a pequena, mas encantadora, aldeia de Casal de São Simão, em Figueiró dos Vinhos.
Esta é mais uma aldeia que, nos últimos anos, ganhou uma nova vida. Alguns dos seus antigos moradores deitaram mãos à obra e recuperaram as suas casas de xisto. Existe ainda um restaurante onde pode apreciar os pratos típicos da região e uma pequena loja.
7. Talasnal
É uma das mais bonitas e famosas aldeias de xisto da Serra da Lousã. Talasnal cativa pela disposição das suas casas e também pelos muitos projetos de recuperação em curso que, lentamente, começam a dar uma nova vida a uma aldeia outrora quase abandonada.
Uma fonte, um tanque e as videiras que decoram as casas e que proporcionam sombra a quem visita são alguns dos detalhes mais cativantes desta aldeia. Mas o melhor de tudo é mesmo vivenciar a experiência de passar uns dias de paz, em comunhão com a natureza circundante.
8. Buçaco
No extremo da Serra do Buçaco, a 547 metros de altitude, encontramos a Mata do Buçaco, contida por um muro alto com onze portas de entrada. Use uma delas como ponto de partida para o seu passeio pela natureza quase mágica da região.
Apesar de ficar aquém das grandes florestas europeias, em termos de extensão, a variedade de vegetação ultrapassa-as em grande medida. Dentro destes muros existem cerca de 400 espécies nativas da faixa atlântica portuguesa e 300 vindas de outros climas.
9. Gondramaz
Toda a aldeia se estrutura a partir de uma rua principal, seguindo até ao limite em que o declive permite construções. A partir da rua principal, nascem uma série de ruelas sinuosas, que pode e deve percorrer a pé. Aprecie bem as casas, que foram arranjadas seguindo normas camarárias, por forma a manter a traça original.
As boas-vindas à aldeia são-nos dadas por um poema de Miguel Torga, que pode encontrar na área de receção da aldeia, inscrito numa placa metálica. A aldeia distingue-se pela tonalidade única do xisto, presente até no chão bem trabalhado, marca de artesãos hábeis que são marca da serra e que leva o nome de Gondramaz mais longe.
10. Ferraria de São João
A aldeia de Ferraria de São João associa a sua ruralidade ao turismo, muito ativo por estas bandas. Tem diversas características distintivas, como os currais tradicionais, um sobreiral, um Caminho do Xisto, um Centro de BTT e um FunTrail para as crianças, para além dos diversos caminhos que daqui partem. O material que mais sobressai na aldeia é o quartzito, apesar de algumas fachadas estarem rebocadas e pintadas de branco.
11. Chiqueiro
Em plena Serra da Lousã, na pequena e pitoresca aldeia de xisto de Chiqueiro, vivem apenas 2 pessoas… e o seu enorme rebanho de cabras. É a mais pequena aldeia de xisto de toda a serra e também uma das mais secretas. E, apesar do seu pequeno tamanho, consegue cativar com facilidade quem a visita.
O Chiqueiro tem apenas 2 pequenas ruas ladeadas pelo casario em xisto. A delimitá-la, 2 pequenos ribeiros e uma frondosa vegetação que lhe dão um ar acolhedor e pitoresco. O xisto utilizado na construção das suas casas é escuro e contrasta com a capela, o único edifício branco de toda a aldeia.
12. Cerdeira
Cerdeira é uma daquelas aldeias abandonadas que se soube reinventar. Fruto da dedicação de alguns entusiastas, esta belíssima aldeia de xisto da Serra da Lousã é hoje um centro dedicado às artes. Algumas das suas casas foram também recuperadas para turismo rural.
Passear pela Cerdeira é uma experiência mágica: logo à entrada somos presenteados com uma pequena ponte que dá acesso à povoação. As suas ruas de ardósia serpenteiam as casas, construídas na encosta de forma a deixar os terrenos planos livres para a agricultura.
13. Passadiços do Cerro da Candosa
Foi no concelho de Góis, no Centro de Portugal e mais especificamente em Vila Nova do Ceira, que nasceram os Passadiços do Cerro da Candosa, que nos permitem conhecer a imponente Garganta do Cabril do Ceira (também chamada de Portas do Ceira).
Apesar de não ser grande (tem 1,2km de ida e volta), o percurso tem uma grande beleza. À sua espera irá encontrar escadarias encavalitadas no desfiladeiro, num total de 450 degraus, e diversos miradouros, com vistas privilegiadas sobre o vale do Ceira e a majestosa Garganta do Cabril.
14. Passadiços das Fragas de São Simão
Apesar de pequeno (apenas 2 quilómetros de extensão) este é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores passadiços perto de Coimbra. Estreou apenas em 2020 mas já ganhou imensos adeptos. o Passadiço das Fragas de São Simão liga a pitoresca Aldeia de Xisto de Casal de São Simão ao Miradouro das Fragas de São Simão.
A vista do miradouro é imponente. Mas a principal atração do passadiço talvez seja a deslumbrante praia fluvial de das Fragas de São Simão. Pode encontrá-la a meio do percurso, no meio de um deslumbrante e exuberante bosque.
15. Passadiços do Gresso
Apesar de terem apenas 1,5 quilómetros, a sua beleza não deixa ninguém indiferente a quem segue o passadiço. Começando em Sanfins, na freguesia de Rocas de Vouga, este passadiço circular acompanha o percurso do rio Gresso, com nascente na serra do Arestal.
O percurso, com quatro pontes e algumas escadas em madeira, torna-se ainda mais especial com as diversas cascatas e quedas de água. A maioria do percurso encontra-se à sombra das árvores da montanha e é refrescado pela água que cai serra abaixo.