Lisboa, a capital de Portugal, possui imensos jardins, monumentos, miradouros e bairros históricos e, por isso, existem muitos locais que pode visitar de forma totalmente gratuita, sem, no entanto, perder a variedade de opções. Muitos destes locais são perfeitos para uma visita em família, já que são ao ar livre, e permitem-lhe conhecer um outro lado de Lisboa.
Nas últimas décadas, Lisboa sofreu várias transformações e hoje revela-se uma cidade moderna, cosmopolita e aberta a turistas, estando na moda um pouco por toda a Europa. Depois de ganhar vários prémios a nível internacional, a cidade de Lisboa conquistou os mais céticos e hoje é um grande destino turístico europeu.
A cidade está diferente: mais aberta às pessoas, mais interessante e com muitos pontos de interesse para descobrir. Mas… e se quiser fazer um circuito turístico pelo Porto sem gastar um cêntimo? Descubra 15 fantásticos locais grátis para visitar em Lisboa.
1. Jardins da Torre de Belém
O jardim foi construído no local da Fábrica de Gás de Belém, que funcionou até meados do século XX. Para aproveitar a zona, foram plantadas palmeiras, símbolo das novas terras visitadas pelos portugueses, durante a Exposição do Mundo Português (1940), ficando a Torre de Belém valorizada por este espaço ajardinado com total visibilidade para o monumento.
No jardim encontramos também um monumento em homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que realizaram a 1ª travessia do Atlântico em hidroplano, e um monumento de homenagem aos Combatentes Mortos no Ultramar. O jardim encontra-se também próximo da Doca do Bom Sucesso.
2. Alfama
É considerado um dos bairros mais genuínos de Lisboa, com a sua arquitetura a apresentar características peculiares de prédios antigos e cheios de cor que trazem alegria e personalidade ao local. Assim, passear por Alfama é um convite para descobrir as suas ruelas encantadoras.
Este é um dos bairros mais antigos de Lisboa, tendo sido fundado pelos árabes, que lhe chamaram Al-hama, que significa “fonte de águas quentes, águas boas”. Andando pelas ruelas do bairro, vai sentir que descobriu uma pequena aldeia bem no centro da capital e presenciar as conversas entre vizinhos, com o som suave do fado a ecoar pelas escadarias.
3. Miradouro de São Pedro de Alcântara
É verdade que Lisboa tem muitos miradouros dignos de nota, mas este destaca-se pelo seu charme romântico. A partir deste terraço ajardinado, com diversos bustos de figuras históricas, tem uma vista única sobre o castelo, a Baixa e o Tejo. Conta ainda com uma fonte e com esplanadas de quiosques, onde pode parar para apreciar a envolvente.
Bem ao lado, pode ver o Elevador da Glória nas suas subidas e descidas constantes na colina, num vaivém melodiosos e suave, e, em frente, situa-se o Solar do Vinho do Porto, onde pode provar todos os tipos daquele que é um dos vinhos mais famosos de Portugal.
4. Baixa Pombalina
A 1 de novembro de 1755, um violento terramoto sacudiu Lisboa, seguido de um Tsunami e diversos incêndios que destruíram o centro da nossa capital. Perderam-se obras de arte, tesouros reais e joias da arquitetura nacional, como o Paço Real, a Casa da Índia e a Casa da Ópera, cuja construção tinha terminado esse ano.
Das ruínas, nasceu esta zona redesenhada a uma escala moderna e funcional, que ficou muito ligada à vontade do ministro de D. José I, o Marquês de Pombal, que mandou aqui implementar um projeto de construção desenhado por Carlos Mardel e Eugénio dos Santos. Afinal, era necessário reconstruir rapidamente para poder realojar as pessoas e retomar a vida mercantil, algo absolutamente fundamental tendo em conta a tragédia.
5. Mouraria
Foi para aqui que vieram viver os Mouros depois da conquista de Lisboa, em 1147, até serem expulsos no século XV. Poucos vestígios restam dessa época, neste que é, curiosamente, o bairro mais multicultural da cidade. Aqui convivem 56 nacionalidades, sendo a maioria do Bangladesh, China, Índia, Paquistão e Moçambique. Aliás, não é por acaso que aqui encontramos algumas das melhores lojas de produtos alimentares orientais.
Mesmo assim, a Mouraria não deixa de ser um bairro típico de Lisboa, onde vivia a Severa, primeira grande fadista do séc. XIX, bem como outros nomes grandes do fado. A zona sempre foi historicamente fechada em si mesma, um verdadeiro bairro típico na colina do castelo. Por causa disso, foi um bairro esquecido até há poucos anos, altura em que se iniciou o movimento de recuperação e requalificação desta zona, sendo agora a Mouraria um dos bairros que mais está na moda.
6. Praça do Comércio
É também conhecida como Terreiro do Paço e é uma das praças mais majestosas não só de Portugal, mas também do mundo. Encontra-se em frente ao Tejo e parece querer rivalizar com a beleza do rio, graças à sua dimensão e cor hipnotizante. O nome Terreiro do Paço vem de outros tempos, quando, na sua ala ocidental, albergava desde o séc. XVI o Palácio dos Reis de Portugal e a sua magnífica biblioteca de mais de 70 mil volumes, tudo irremediavelmente destruído após o terramoto de 1755.
A Praça tornou-se um elemento fundamental dos planos do Marquês de Pombal, que procurou privilegiar a classe comercial, financeira e burguesa que contribuiu para a reconstrução de Lisboa, e daí lhe vem o atual nome de Praça do Comércio.
7. Sé de Lisboa
Datada de 1147, é um dos ex-libris da cidade e um símbolo da Reconquista Cristã do território. Foi construída quando D. Afonso Henriques conquistou a cidade aos mouros, no local onde existia uma mesquita muçulmana. É fruto do estilo românico, em voga na época, mas nos séculos seguintes foi alvo de importantes transformações ao estilo gótico, com destaque para o deambulatório mandado construir por D. Afonso IV para o seu panteão familiar.
No interior, não podemos deixar de destacar a capela de Bartolomeu Joanes, a capela privada de um importante burguês, e o claustro com planta irregular, obra inovadora do gótico mandada construir por D. Dinis.
8. Bairro Alto
Encontra-se bem no centro da cidade de Lisboa, e é um dos bairros mais típicos da capital, com as suas ruas estreitas e íngremes, ladeadas por edifícios antigos, muitos deles recuperados. É também uma das zonas mais procuradas da noite lisboeta, por diversas gerações que aqui encontram bares, tasquinhas e as típicas casas de fado.
Esta combinação de moradores antigos com uma população mais jovem reflete-se hoje na oferta do comércio, que engloba desde pequenas mercearias a ateliers de estilistas, passando por casas de tatuagens e piercings, oferecendo assim aos moradores e visitantes uma forma de vida muito própria.
9. Parque Eduardo VII
O seu nome homenageia o rei inglês Eduardo VII, que teria viajado para Lisboa em 1903, num gesto de aproximação da aliança entre os dois países. O parque foi construído numa das colinas mais altas da cidade e é dos parques mais extensos da capital. Conta com uma grande diversidade de ambientes e um miradouro de onde poderá ver belíssimas paisagens.
Poderá contemplar toda a extensão do parque e do Marquês de Pombal e da Avenida da Liberdade, sem perder de vista o Tejo e a Serra da Arrábida. A variedade de paisagens é tanta que poderá, inclusive, vislumbrar o Castelo de São Jorge.
10. Chiado
Este é hoje um dos locais mais prestigiados de Lisboa, situado entre o Bairro Alto e a Baixa de Lisboa, podendo-se encontrar aqui diversas lojas de ateliers, galerias de arte, museus, restaurantes, cafés típicos e modernos, teatros, livrarias e as mais variadas manifestações artísticas e culturais.
Assim, o Chiado é um bairro histórico, que é desde sempre frequentado por intelectuais modernistas e que tem estado ligado a uma Lisboa cosmopolita, de forte componente liberal, modernista, intelectual e também romântica.
11. Largo do Carmo
Hoje, é um local tranquilo e calmo, mas passou por alguns dos momentos mais agitados da nossa história. Por exemplo, os edifícios pombalinos, o chafariz do séc. XVIII e as ruínas do Convento do Carmo são vestígio evidente do terramoto de 1755 e posterior reconstrução.
Uma das partes do convento encontra-se ocupada pelo quartel da GNR, e foi aqui que teve lugar um dos episódios mais significativos da Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974. Foi aqui que Marcello Caetano se refugiou e, na praça, estava uma companhia das Forças Armadas que conduziram o movimento e milhares de cidadãos, que incentivavam os acontecimentos. Eventualmente, acabaram por tomar o quartel com sucesso, dirigidos pelo capitão Salgueiro Maia.
12. Miradouro de Santa Catarina
É também conhecido como o Adamastor e situa-se no alto de Santa Catarina, numa rua paralela acima do elevador da Bica. A designação de Adamastor vem da estátua, gigante e disforme, de rosto carregado, barba esquálida e olhos encovados que Luís Vaz de Camões descreveu n’Os Lusíadas.
O miradouro foi construído em 1883, e sofreu alterações em 2013, tendo hoje um ambiente renovado, com diversos bancos em mármore que convidam à contemplação do Tejo.
13. Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian
Circundam a fundação com o mesmo nome e dispõe de sala de espetáculos e áreas de exposições, um Centro de Arte Moderna, um Museu com biblioteca e um restaurante/bar. Os jardins foram construídos nos anos 50 em homenagem a Calouste Gulbenkian e são um amplo espaço de lazer e de cultura, com destaque para os jardins suspensos e a flora diversificada.
A conceção do parque, dos jardins interiores e dos terraços ajardinados foi confiada a Gonçalo Ribeiro Telles e António Viana Barreto, arquitetos paisagistas que trabalharam em estreita colaboração com os arquitetos do edifício da Fundação, Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia.
14. Igreja de São Vicente de Fora
Foi aqui que D. Afonso Henriques mandou fundar um Mosteiro em 1147, entregando-o aos cónegos de Santo Agostinho. Foi dedicado a São Vicente, a quem fez um voto se ganhasse a conquista de Lisboa aos mouros. No entanto, o monumento que hoje vemos começou a ser construído em 1582, sendo por isso emblemático do período em que reinou D. Filipe I.
Destacamos a decoração barroca do interior do mosteiro e o revestimento azulejar, que é especialmente relevante no claustro, onde se representam as fábulas de La Fontaine. Destaque também para a talha dourada, com especial atenção para o baldaquino sobre o altar-mor, com autoria do famoso escultor do séc. XVIII, Machado de Castro. Aqui se situa o Panteão dos Braganças, onde repousam, entre outros, o último rei de Portugal e o seu pai, D. Carlos I.
15. Parque das Nações
Fica na zona oriental da cidade e tornou-se famoso após a realização da Expo 98, tendo a zona sido obra de diversas obras de requalificação para acolher o evento. Este local tem uma localização privilegiada, desenvolvendo-se ao longo do rio Tejo, numa faixa com 5 km, sendo que um terço dessa área está ocupado por espaços verdes.
Para além da vista do Tejo, poderá também vislumbrar diversos locais emblemáticos, como a ponte Vasco da Gama, o Teleférico, o Pavilhão do Conhecimento, o Casino de Lisboa e o Oceanário, bem como vários edifícios de arquitetura emblemática e contemporânea e instalações de arte urbana que nos deixam maravilhados.