Localizada na região norte do país, Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas de Portugal, tendo o seu centro histórico sido classificado como Património Cultural da Humanidade, pela UNESCO. Esta é uma das muitas cidades portuguesas que mantém a sua essência tradicional e um estilo medieval. Também é conhecida como a cidade berço da nação, associada à formação e identidade do país.
Designada como “cidade berço”, Guimarães conta com mais de um milénio desde a sua formação, cujo seu nome, na atura, era Vimaranes. É vista como a cidade que provocou o surgimento de Portugal e o levou a ser um país independente, uma vez que esta foi palco dos principais acontecimentos políticos e militares, como é o caso da Batalha de São Mamede que iria disputar a independência da nação.
Por isto mesmo, numa das torres da antiga muralha da cidade está escrito “Aqui nasceu Portugal”. Para além disto, a caraterização de “berço da nação” deve-se ao nascimento de Afonso Henriques que viria a ser o primeiro rei de Portugal. Visitar Guimarães, é conhecer a identidade de Portugal e abraçar a sua história. Apesar de não ser uma cidade grande, é uma cidade com muito para oferecer a quem por ali passa.
1. Castelo de Guimarães
Foi perto deste local que ocorreu, em 1128, a batalha de São Mamede, de onde saiu vitorioso o primeiro rei português. O castelo original foi feito em terra e madeira, mas hoje conta com sete torres bem sólidas, ostentando nas suas muralhas, orgulhosamente, os dizeres “aqui nasceu Portugal”.
Para além de visitar o castelo, não pode deixar de visitar o Palácio dos Duques de Bragança e o Centro Histórico, que é Património da Humanidade. Passeie também pelo Monte Latito, um dos jardins mais bonitos do Norte de Portugal.
2. Paço dos Duques de Bragança
Este edifício, inspirado nas moradias senhoriais francesas, foi local de habitação da Casa de Bragança, antes de esta ter tomado morada definitiva no Alentejo, altura em que este paço começou a definhar.
Tornou-se mais tarde um quartel militar e, atualmente, é um museu de arte contemporânea, de paragem obrigatória para quem visita Guimarães. Possui visitas guiadas com marcação prévia.
3. Centro Histórico
É, talvez, um dos centros históricos mais bonitos e mais bem conservados de Portugal. E para isso muito contribuiu a classificação como Património Mundial da UNESCO. A cidade de Guimarães possui um emaranhado de becos e ruelas medievais que pouco mudou ao longo dos séculos e que nos transporta para outros tempos.
Para o descobrir, nada melhor do que caminhar sem pressas e estar atento a cada pequeno detalhe. Comece por qualquer uma das praças mais icónicas da cidade (Toural, Oliveira ou Santiago) e, a partir daí, vá caminhando de rua em rua e apreciando toda a beleza do local.
4. Citânia de Briteiros
A Citânia de Briteiros é um dos mais bem preservados locais da civilização celta em Portugal, antes de estes terem sido vencidos pelos romanos. Terá sido construída há cerca de 2300 anos e era uma das cidades mais importantes naquele tempo em todo o Norte de Portugal.
Possui um total de 150 habitações, emparelhadas num padrão geométrico e com um sistema de água canalizada que revela uma sociedade bastante mais avançada do que aquilo que se poderia pensar.
5. Zona dos Couros
É uma zona quase secreta de Guimarães e, no entanto, uma das mais cativantes. A indústria de curtumes foi muito importante na cidade e desde a Idade Média que aqui eram trabalhadas as peles, de forma manual e em tanques que ainda hoje existem.
Esta área esconde alguns pequenos segredos, como o rio de Couros, que a atravessa e cujas águas eram utilizadas na indústria, o Largo do Trovador, o conjunto de casas medievais da “Ilha do Sabão” e um edifício do século XVIII onde hoje funciona a Pousada de Juventude de Guimarães.
6. Praça de Santiago
Trata-se de uma praça bastante antiga com o seu traço medieval. Em conjunto com o Largo de Oliveira, a Praça de Santiago é considerado o coração da cidade, pois é aqui o epicentro da cidade onde se vive e comemora todo o género de eventos que acontecem em Guimarães. Esta praça está ligada à presença dos milhares de peregrinos com destino aos Caminhos de Santiago.
7. Largo da Oliveira
Esse largo deve o seu nome a uma oliveira secular, plantada no local. A praça está rodeada de casas tipicamente nortenhas, sendo o ponto de partida ideal para percorrer as ruas da cidade a pé.
No próprio largo, existem motivos de interesse para ver. Assim, do lado nascente, encontra um curioso templete gótico, que foi arguido no reinado de Afonso IV, como forma de comemorar a Batalha do Salado, onde portugueses e castelhanos venceram as forças do reino mouro de Granada, em 1340. Atrás, encontra a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, que foi o primeiro monumento gótico erguido no Minho, a mando de D. João I, como cumprimento de um voto pela vitória na Batalha de Aljubarrota, em 1385.
8. Santuário da Penha
No monte da Penha, em Guimarães, encontra-se este Santuário, cuja construção se iniciou em agosto de 1930 e que foi inaugurado em setembro de 1947. Foi quase todo construído em granito da região, o que lhe permite integrar-se perfeitamente na paisagem.
As suas linhas são maioritariamente retas, integradas no estilo Art Déco da década de 30. A montanha onde se encontra o templo tem aproximadamente 617 metros de altura e está a 7 km do centro histórico da cidade, sendo o local ideal para apreciar a envolvente.
9. Pousada do Mosteiro de Guimarães
Em tempos centro do Condado Portucalense e provável local de nascimento do nosso primeiro rei, em Guimarães encontra um ambiente alegre e confiante, que nos conquista desde o primeiro momento.
Esta pousada, com um caráter único e histórico, é a base perfeita para descobrir mais sobre a história desta região, num ambiente rico em história, mas sem nunca descurar os confortos modernos a que estamos habituados.
10. Igreja de São Miguel do Castelo
É uma igreja pequena, modesta e que, à primeira vista, poderia não motivar qualquer interesse especial. Mas terá sido aqui que foi batizado D. Afonso Henriques, o primeiro rei português. E só por isso já merece uma visita. Localiza-se no Monte Latito, entre o Paço dos Duques de Bragança e o Castelo de Guimarães.
11. Igreja dos Santos Passos
É uma das mais conhecidas igrejas de Guimarães. Começou por ser uma pequena capela construída em 1594 mas foi ampliada no século XVII e hoje é um dos melhores exemplos de barrroco e rococó da cidade berço. À sua frente localiza-se uma bonita alameda ajardinada que conduz até ao centro histórico de Guimarães.
12. Museu e Convento de Santo António dos Capuchos
É, talvez, um dos mais discretos e secretos museus de Guimarães mas também um dos mais surpreendentes. O edifício começou por ser um hospital da Misericórdia local em 1842 mas hoje alberga um conjunto de exposições, temporárias e permanentes, que refletem o património desta instituição de caridade.
13. Largo do Toural
É considerado o coração da cidade, mas nem sempre teve este aspeto. O Largo do Toural tem sido alvo de várias intervenções ao longo dos anos, sendo que as referências mais antigas remontam ao século XVII, numa altura em que era local de venda de bois junto à principal porta da vila, do lado de fora das muralhas.
Ao longo do tempo, já foi jardim público, já contou com uma imponente estátua de D. Afonso Henriques, que foi mais tarde substituída por uma fonte e, na reabilitação feita em 2011, viu regressar ao seu extremo sul o chafariz renascentista com três taças, que ele tinha sido colocado em 1583, mas que tinha sido, entretanto, transferido para o Largo Martins Sarmento no século XIX.
14. Monte Latito
A primeira referência a este local tem mais de 1000 anos. E não é de estranhar: o Monte Latito é o parque que rodeia o castelo de Guimarães, o Paço dos Duques de Bragança e a capela de São Miguel. O espaço convida a um passeio por entre as árvores enquanto aprecia o conjunto de monumentos históricos que nele se inserem.
15. Jardim do Palácio Vila Flor
Se estiver pela cidade-berço, não deixe de visitar os jardins do Palácio e Centro Cultural Vila Flor, dispostos em patamares e com uma vista única sobre a cidade de Guimarães, já que estão um pouco afastados do centro.
Eram parte integrante da casa apalaçada do século XVII, e representam ainda hoje os jardins apalaçados daqueles tempos. Aqui encontra também uma importante coleção de camélias, que atrai muitos visitantes.
16. Museu Alberto Sampaio
Foi criado em 1928 de forma a albergar todo o espólio pertencente à extinta Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e de outras igrejas de Guimarães. A sua coleção é predominantemente constituída por artefatos religiosos mas também inclui pintura, talha ou escultura, por exemplo. A sua coleção de ourivesaria encontra-se entre as melhores de Portugal.