Nos últimos anos, a Serra da Lousã ganhou cada vez mais destaque como destino turístico. E a verdade é que não faltam motivos para isso, a começar pelas suas belíssimas aldeias de xisto. São 12, no total, embora existam outras povoações mais pequenas e menos visitadas. Foram elas que deram a esta região um novo impulso e que trazem cada vez mais visitantes.
Integradas na rede oficial de aldeias de xisto, estas localidades têm vindo a ser recuperadas e, hoje em dia, possuem vários alojamentos de turismo rural à disposição de quem as visita. Mas também existem restaurantes, pequenos museus, praias fluviais, passadiços e cascatas quase secretas. Tudo isto faz da Serra da Lousã um destino de natureza de excelência.
A viagem até esta região vale bem a pena e descobrir os seus pequenos encantos torna o passeio ainda mais memorável. Seja de carro ou seja caminhando por qualquer dos vários trilhos pedestres oficiais, este é um destino que surpreende sempre. Conheça algumas das mais típicas aldeias de xisto para visitar na Serra da Lousã.
1. Candal
Numa colina voltada a Sul, na Serra da Lousã, encontra a aldeia de xisto do Candal, considerada como uma das aldeias serranas mais desenvolvidas e das mais visitadas, podendo por aqui encontrar visitantes de todo o país. Trata-se de um local onde se pode fazer uma autêntica viagem no tempo numa das mais bonitas aldeias de Portugal.
A pequena aldeia, refrescada pela Ribeira do Candal, mostra aos visitantes a tradição das casas em xisto, da fonte, do lavadouro público e a capela, testemunhos da realidade serrana e rural. A melhor forma de a conhecer é passear pelos seus becos e ruelas. Esteja atento a cada detalhe, a cada pormenor e vá conversando com quem aqui vive.
2. Casal de São Simão
Uma aldeia com apenas uma rua. Uma fonte que encanta com o borbulhar das suas águas. Um caminho que nos leva até às Fragas de São Simão, onde podemos dar um mergulho. Assim é a pequena, mas encantadora, aldeia de xisto de Casal de São Simão, em Figueiró dos Vinhos.
Não há que enganar: estamos na Serra da Lousã, o local do país onde se concentram algumas das mais bonitas, charmosas e famosas aldeias de xisto de Portugal. E Casal de São Simão, apesar de ser uma das mais pequenas, nada perde em beleza e encanto quando comparadas com as outras.
3. Talasnal
Esta é, sem dúvida, a aldeia de xisto da Serra da Lousã que mais tem contribuído para dar visibilidade a este território, às suas gentes, costumes e tradições. O Talasnal é um autêntico postal ilustrado, um hino à comunhão entre as construções humanas e a natureza circundante.
Com a recuperação da maioria das casas, a aldeia voltou a ganhar vida, seja como destino de fim de semana para os proprietários ou como destino de turismo rural. Lentamente, as ruas começaram a ganhar uma nova cor e esta aldeia é hoje um dos grandes símbolos de toda a região e do projeto das “Aldeias do Xisto”.
4. Gondramaz
Gondramaz é uma pequena aldeia de xisto, aninhada a meio de uma encosta da serra da Lousã. Faz parte do concelho de Miranda do Corvo, distando desta 9 km, e tem apenas sete habitantes permanentes, embora tenha sido renovada com cuidado e conte com bons acessos. Visitar Gondramaz é como fazer uma viagem no tempo.
As boas-vindas à aldeia são-nos dadas por um poema de Miguel Torga, que pode encontrar na área de receção da aldeia, inscrito numa placa metálica. A aldeia distingue-se pela tonalidade única do xisto, presente até no chão bem trabalhado, marca de artesãos hábeis que são marca da serra e que leva o nome de Gondramaz mais longe.
5. Cerdeira
Esta é uma daquelas aldeias abandonadas que se soube reinventar, sendo hoje um centro dedicado às artes, embora algumas casas tenham sido recuperadas para turismo rural. Logo à entrada da aldeia, somos presenteados com uma pequena ponte, que dá acesso à povoação.
As suas ruas, feitas de ardósia, serpenteiam por volta das casas, que estão construídas na encosta, deixando assim os terrenos livres para a agricultura. Aqui poderá encontrar muito sossego e tranquilidade, sendo Cerdeira um bom ponto de partida para explorar as restantes aldeias.