No Algarve, ainda é possível encontrar aldeias típicas e sem a influência do turismo de massas que tanto se faz sentir na região. São locais que não figuram nos roteiros turísticos e que conseguem manter as tradições do passado, primando pelo seu aspeto genuíno, pelas casas brancas e pelas chaminés rendilhadas. Visitar as aldeias mais secretas do Algarve é um autêntico regresso às origens.
E chega até a ser um pouco difícil acreditar que estamos no mesmo Algarve das praias repletas de turistas, das cidades com blocos de apartamentos construídos à pressa ou do consumo imediato e massificado. Aqui, nestas pequenas aldeias, ainda é possível sentir o verdadeiro espírito desta região e, depois de as visitar, ficamos sempre com a sensação de ter descoberto um país que julgávamos não existir.
É por elas (e por muitas outras razões) que esta região também tem muito para visitar em qualquer época do ano e não apenas durante os meses quentes do Verão. Descubra algumas das aldeias mais secretas e desconhecidas do Algarve, que são também as mais típicas e tradicionais.
1. Alte
Alte é uma daquelas aldeias que não perdeu a sua identidade, e que mantém intactos os seus traços, muito graças ao cuidadoso investimento da autarquia para que a localidade fosse alvo de processos de manutenção e preservação.
A aldeia de Alte, a Fonte Grande e toda a zona envolvente são locais de grande beleza e que merecem uma visita demorada, para que possa absorver bem todos os detalhes dos diferentes sítios. A melhor forma de descobrir toda a sua beleza é caminhando sem pressa pelas suas ruas e prestar atenção a cada pequeno detalhe.
2. Querença
É uma das aldeias mais típicas e bonitas do Algarve, tendo sabido preservar muito bem as influências da arquitetura árabe. Mas, para além da arquitetura, são comuns várias artes, como a cestaria, a produção de mel e licores e o fabrico de bonecas de tecido.
Nas imediações de Querença, recomendamos-lhe o percurso LLE PR16, um trilho circular de 5 km que lhe vai permitir descobrir as maravilhas naturais da região (onde se inclui a belíssima Fonte Benémola), dando-lhe a conhecer um Algarve mais selvagem.
3. Cacela Velha
Cacela Velha encontra-se no topo de uma falésia, virada para o estuário, com as casas caiadas de branco a fazer um belíssimo contraste com toda a paisagem. No fundo da falésia, pode encontrar praias de uma excelente qualidade e pouco frequentadas, de águas calmas e pouco profundas, até porque se localizam dentro da área da ria.
Poderá também encontrar os restos de um forte do século XVIII. Não deixe de passear pelas ruas da aldeia e de apreciar os elementos mais típicos. No final do seu passeio, aproveite para de deliciar com alguns dos fantásticos pratos típicos de peixe e marisco da região.
4. Estói
Situa-se no concelho de Faro e tem menos de 4 mil habitantes, mas tem uma riqueza histórica e arquitectónica difíceis de igualar. Na localidade, sobressai o seu palácio, que foi hoje transformado em pousada, e as ruínas romanas de Milreu, umas das mais importantes de Portugal.
Apesar de se encontrar próximo de grandes centros urbanos, Estói soube manter a sua autenticidade algarvia, preservando as suas casas típicas caiadas de branco e com janelas decoradas. E nada como um relaxante passeio pelos seus becos e ruelas para o comprovar.
5. Pedralva
Situada em Vila do Bispo, esta aldeia chegou a ter mais de 100 habitantes, que foram partindo aos poucos, até restarem apenas 9, que viviam em casas degradadas. Mas a belíssima e pitoresca Pedralva renasceu das cinzas.
Após um longo processo, todas as casas foram compradas e recuperadas para turismo rural. Assim, é possível alugar uma das suas várias casas e passar aqui alguns dias em comunhão com a natureza, e explorando o interior algarvio, ainda muito desconhecido da maior parte dos turistas.