A montanha mais alta de Portugal continental é considerada Parque Natural, e tem muitos atrativos ao longo de todo o ano. Na primavera, os campos e paisagens verdejantes da Serra da Estrela cativam todos os que por aqui passam; no verão, as praias fluviais proporcionam diversão e frescura: no outono, a paisagem pinta-se de amarelo e vermelho, com as condições perfeitas para percorre os diversos trilhos da zona; e, por fim, no inverno, vem a neve, grande atração da serra.
A verdade é que o Parque Natural da Serra da Estrela tem muito que ver e visitar, seja em que altura do ano for. Por isso, deixamos-lhe aqui 6 sugestões para uma escapadinha de fim de semana no meio da beleza natural da serra da Estrela.
1. Alvoco da Serra
Esta pequena e singela aldeia é um segredo bem guardado da Serra da Estrela. Encontra-se no fértil vale da ribeira de Alvoco, no concelho de Seia, a 680 metros de altitude, e as encostas que a rodeiam estão repletas de socalcos, construídos por mãos humanas de forma a domar a paisagem às suas necessidades.
Passeando pelas ruas e becos desta belíssima aldeia, perceberá a sua alcunha de “aldeia granito”: afinal, esta rocha domina por aqui, desde a montanha, às casas e ruas, passando até pelas fontes de água. Dois grandes destaques do património de Alvoco da Serra são a Casa do Barão e a capela medieval de São Pedro.
2. Penhas da Saúde
Está a 1500 metros de altitude, numa zona privilegiada entre a Torre e a Covilhã, e conta com uma panorâmica única sobre planalto e montanha. Por aqui conseguirá encontrar muitas opções de alojamento, que costumam esgotar nos meses mais frios, devido à neve.
Caso decida subir, em direção à Torre, recomendamos que pare pelo menos na Barragem do Lago Viriato e na Senhora da Boa Estrela (monumento esculpido na rocha, que tem 7 metros de altura, e que representa a padroeira dos pastores).
As Penhas da Saúde fazem parte da freguesia de Cortes do Meio, “capital das piscinas naturais”, e por isso terá também a oportunidade de conhecer as diversas lagoas que por aqui se encontram.
3. Linhares da Beira
Esta aldeia medieval, fundada no século XII, tem ainda hoje um património arquitetónico muito rico, com destaque para o castelo com vista para o Mondego. As ruas íngremes e sinuosas encontram-se ladeadas por casas de pedra, ainda muito bem conservadas, e que fazem as delícias dos visitantes.
Aqui, ainda se mantêm vivas as tradições, e por isso, os poucos estabelecimentos comerciais são passados de pai para filhos, e ainda se pode ver senhoras a levar as roupas sujas até às margens do rio, para as lavarem.
4. Cortes do Meio
Apesar de o turismo ter aumentado muito na serra da Estrela, nos últimos anos, ainda existem por aqui locais quase secretos para a maioria dos turistas, como é o caso das cascatas e piscinas naturais de Cortes do Meio.
Esta é uma pequena aldeia, perto de Tortosendo, no concelho da Covilhã, que é conhecida como a “capital das cascatas e piscinas naturais da serra da Estrela”. Isto porque aqui se encontram 14 piscinas naturais de grande beleza, todas localizadas no leito da ribeira de Cortes.
5. Folgosinho
Folgosinho, no concelho de Gouveia, não é apenas uma das mais bonitas aldeias da serra da Estrela, é também uma das mais carismáticas e pitorescas, encontrando-se repleta de património e lendas (que vão desde Viriato a Afonso Henriques). A localidade esteve isolada durante séculos, e isso mudou a aldeia e a sua população.
Apesar de Folgosinho hoje ter chegado à modernidade, ainda se podem ver, por vezes, rebanhos a ir para os pastos, ou mulheres a ir buscar água às fontes, prova de que Folgosinho soube evoluir, mantendo ao mesmo tempo o que tem de mais genuíno e especial.
6. Loriga
A estrada para Loriga é serpenteante e com curvas audaciosas pela encosta da serra, e a cada volta podemo-nos deparar com uma paisagem de cortar a respiração. Depois, encontramos Loriga, com os seus casarios brancos que impressionam os visitantes e que parecem fazer parte da natureza, que aqui parece reinar.
Os montes que circundam a aldeia são ricos em paisagens surpreendentes e deixam-nos abismados pelos seus cerros íngremes e cortados a pique, que são tão bem contrabalançados pelos vales e montes. Aqui, é também abundante a água cristalina, que desliza de forma suave e traz um toque de melancolia à paisagem e à aldeia.