As aldeias do Norte de Portugal encontram-se entre as mais típicas e tradicionais do país. Aqui vivem ainda muitas tradições, que foram sendo passadas de geração em geração, como a tradição das aldeias comunitárias, onde o povo cuida dos terrenos, de certos edifícios e do gado em conjunto. Infelizmente, estas aldeias comunitárias estão a desaparecer, graças à evolução da sociedade e à fuga de população.
Mesmo assim, são sítios que merecem uma visita, pela sua rica história e pela sua beleza. São pequenos tesouros, quase perdidos no tempo, que existem para nos recordar como era a vida dos nossos antepassados. Mas nunca sem esquecer que aqui ainda vive gente e que essas pessoas merecem todo o apoio que quem vive longe dos grandes centros urbanos necessita.
Afinal de contas, são eles os guardiões das tradições mais portuguesas, aquelas que quase já desapareceram mas que continuam a ser mantidas vivas aqui, nas aldeias mais típicas do Norte de Portugal. Conheça algumas das mais bonitas.
1. Rio de Onor
Esta belíssima aldeia encontra-se no Parque Natural de Montesinho e é uma das poucas onde ainda hoje se praticam hábitos comunitários, antigamente muito frequentes nas populações do Norte de Portugal.
A população de Rio de Onor ainda explora as terras em conjunto, os rebanhos são cuidados por todos e as decisões que afetam a comunidade são tomadas por acordo de todos os habitantes. Aqui existe até um dialeto próprio, fruto do isolamento e do contato próximo com os vizinhos espanhóis.
2. Montesinho
Esta pequena aldeia encontra-se inserida no Parque Natural com o mesmo nome, sendo uma localidade tipicamente transmontana. Algumas das suas casas foram recuperadas para turismo e, hoje, é possível fazer da aldeia um centro de base para explorar a região.
Passeando pelas suas ruas calcetadas e bem cuidadas, poderá descobrir a sua pequena igreja e o seu museu, instalado numa típica casa transmontana. Para melhor apreciar Montesinho, deve estar atento a cada pequeno detalhe, conversar com os seus habitantes e aprender mais sobre as suas tradições.
3. Quintandona
Esta é uma pequena aldeia típica preservada, com casas de lousa e xisto, que tem sido recuperada nos últimos anos e que tem atraído cada vez mais habitantes, até porque se encontra próxima do Porto, no Norte de Portugal.
O dia-a-dia da população de Quintandona ainda é muito marcada pelas rotinas ligadas à agricultura, apesar de se encontrar próxima de grandes centros urbanos. Não deixe de passear pelas ruas da aldeia, apreciando cada pormenor e detalhe.
4. Pitões das Júnias
Pitões das Júnias encontra-se na parte transmontana do Parque Nacional da Peneda-Gerês e é uma das aldeias mais típicas e tradicionais da região, além de ser uma das mais famosas e visitadas.
É muito conhecida pelo seu fumeiro e pela sua gastronomia e, por isso, vale a pena almoçar em qualquer um dos seus restaurantes. Depois, não deixe de caminhar pelas ruas estreitas desta aldeia, descobrindo os seus recantos e pequenos detalhes.
5. Branda da Aveleira
Situada às portas do Parque Nacional da Peneda-Gerês, a Branda da Aveleira foi usada durante séculos como residência temporária para os pastores, durante o verão.
Este pequeno aglomerado de casas esteve quase a desaparecer no século passado, mas renasceu das cinzas e pode agora servir de ponto de partida para uns dias de descanso no Parque Nacional, até porque muitas das suas casas foram recuperadas para o turismo.
6. Gimonde
Esta pequena e pitoresca aldeia encontra-se integrada no Parque Natural de Montesinho, tendo uma paisagem dominada pela sua famosa ponte medieval. Mas existe muito mais para ver em Gimonde, portanto não deixe de passear pelas suas ruas e apreciar cada detalhe.
O local é também famoso pela sua gastronomia, existindo diversos restaurantes na aldeia onde poderá apreciar os pratos típicos da região, como o famoso fumeiro e as deliciosas compotas.
7. Sistelo
Esta aldeia passou décadas no anonimato, mas ganhou uma nova vida graças ao seu slogan do “Tibete português”, que realça a sua paisagem de socalcos, criados na montanha por mãos humanas.
Mas há muito mais para ver em Sistelo, pelo que se recomenda uma visita feita com calma, até porque poucos lugares são tão bons exemplos da comunhão entre humanos e a paisagem envolvente.