O Porto é a segunda maior cidade de Portugal e uma das mais antigas da Europa, fundada no século IV pelos romanos. É também uma das cidades mais visitadas do país, recebendo milhões de turistas todos os anos, que se encantam com o seu património arquitetónico, gastronómico e cultural. O seu centro histórico foi classificado como Património Mundial da UNESCO em 1996.
Mas o Porto não é só história. É também uma cidade moderna, cosmopolita e criativa, que alberga importantes instituições culturais, como a Casa da Música, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, o Museu Nacional Soares dos Reis, o Teatro Nacional São João, entre outros. É também uma cidade vibrante, que oferece uma animada vida noturna, com bares, discotecas, concertos e festivais. E é ainda uma cidade acolhedora, que recebe os seus visitantes com simpatia e hospitalidade.
Mas o melhor de tudo é que o Porto é uma cidade acessível, que permite aos seus visitantes desfrutar de muitas das suas atrações sem pagar nada. Sim, é verdade: há muitos locais gratuitos para visitar no Porto, que vão desde monumentos históricos a espaços verdes, passando por museus e galerias de arte. Quer saber quais são? Descubra 7 locais gratuitos para visitar no Porto.
1. Estação de São Bento
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A Estação de São Bento é uma das mais bonitas do mundo e uma verdadeira obra de arte. Foi inaugurada em 1916, no lugar do antigo Convento de São Bento de Avé-Maria, que foi demolido para dar lugar à estação ferroviária. A sua fachada é de estilo neoclássico, com elementos renascentistas e barrocos.
O seu interior é decorado com mais de 20 mil azulejos, da autoria do pintor Jorge Colaço, que retratam cenas da história de Portugal e da região do Porto. A estação é também um importante centro de transporte, que liga o Porto a outras cidades do país e da Europa. A visita à Estação de São Bento é gratuita e pode ser feita a qualquer hora do dia.
2. Sé Catedral
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A Sé Catedral do Porto é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade e um dos mais antigos. Foi construída no século XII, sobre as ruínas de uma basílica paleocristã do século VI. Ao longo dos séculos, foi sofrendo várias alterações e ampliações, que lhe conferiram um estilo arquitetónico misto, que combina elementos românicos, góticos, barrocos e neoclássicos. A sua fachada principal é dominada por duas torres quadradas e um belo rosáceo.
No seu interior, destacam-se o claustro gótico do século XIV, decorado com azulejos do século XVIII; a capela-mor barroca do século XVII; o altar-mor neoclássico do século XVIII; e o tesouro da Sé, onde se guarda uma rica coleção de peças de arte sacra. A visita à Sé Catedral é gratuita, mas há um bilhete simbólico de 3 euros para visitar o claustro e o tesouro.
3. Igreja de Santa Clara
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A Igreja de Santa Clara é uma das mais belas e impressionantes igrejas do Porto e do país, que se destaca pela sua decoração barroca exuberante e dourada. A igreja foi construída no século XIV, no estilo gótico, mas foi enriquecida no século XVII e XVIII com talha dourada, azulejos, pinturas e esculturas. A igreja tem uma nave única, com seis capelas laterais, uma capela-mor e um transepto.
No seu interior, destacam-se o retábulo-mor, com cerca de 400 kg de ouro; o altar de São Francisco; o altar da Árvore de Jessé; o teto em caixotões; e os túmulos góticos dos nobres da cidade. A igreja tem também um museu, onde se pode ver o antigo convento franciscano, a sacristia, o coro alto e a catacumba. A visita à Igreja de Santa Clara é gratuita, mas há um bilhete simbólico de 3 euros para visitar o museu.
4. Mercado do Bolhão
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O Mercado do Bolhão é um dos mercados mais emblemáticos da cidade do Porto e um dos mais famosos de Portugal, classificado como Imóvel de Interesse Patrimonial em 2006 e como Monumento de Interesse Público em 2013. O mercado foi inaugurado em 1914, no lugar do antigo Campo do Olival, onde se realizava uma feira desde o século XVIII. O mercado tem um estilo neoclássico, com quatro fachadas ornamentadas e um pátio central com dois andares.
Trata-se de um lugar de tradição e autenticidade, onde se vendem produtos frescos e regionais, como frutas, legumes, flores, carnes, peixes e queijos. É também um lugar de convívio e animação, onde se pode ouvir os pregões dos vendedores, apreciar a gastronomia local e assistir a eventos culturais.
5. Capela das Almas
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A Capela das Almas, ou Capela de Santa Catarina, é uma capela situada na freguesia de Santo Ildefonso, na movimentada Rua de Santa Catarina. A capela tem a sua origem numa antiga capela de madeira erguida em honra de Santa Catarina no século XVIII. A capela atual foi construída entre 1795 e 1801, com um projeto do arquiteto José Gomes Monteiro.
O que torna esta capela única é o seu revestimento exterior de azulejos azuis e brancos, que datam de 1929 e são da autoria do pintor Eduardo Leite. Os azulejos representam cenas da vida dos santos padroeiros da capela: São Francisco de Assis e Santa Catarina.
6. Centro Português de Fotografia
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O Centro Português de Fotografia é um serviço público de acesso gratuito, com sede no Porto, no Edifício da antiga Cadeia da Relação. Foi criado em 1997 pelo então Ministério da Cultura e é atualmente tutelado pela Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. As competências que lhe estão atribuídas visam a promoção e valorização do património fotográfico, que inclui o tratamento arquivístico de espécies e a gestão da Coleção Nacional de Fotografia.
O CPF mantém ainda um programa anual de exposições temporárias e permanentes de artistas nacionais e internacionais. Possui também uma biblioteca especializada em arte e história da arte. O edifício que alberga o CPF é também um atrativo por si só, pois trata-se de uma antiga prisão do século XVIII, onde estiveram presos figuras ilustres como Camilo Castelo Branco e Antero de Quental.
7. Muralha Fernandina
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A Muralha Fernandina é o nome pelo qual ficou conhecida a cintura medieval de muralhas do Porto, da qual somente pequenas partes sobreviveram até aos nossos dias. A muralha foi construída entre 1368 e 1437, por ordem do rei D. Fernando, para substituir a antiga cerca alto-medieval, que se mostrava demasiado pequena face ao desenvolvimento da cidade.
Perdeu a sua importância militar a partir do século XVIII e começou a ser progressivamente demolida para dar lugar a novos arruamentos, praças e edifícios. Os troços sobreviventes das Muralhas Fernandinas foram classificados como Monumentos Nacionais em 1926.