Costumamos pensar na região do Alentejo como sendo seca e ondulada, mas a verdade é que existem aqui belíssimas cascatas a descobrir, pequenos segredos guardados pelos habitantes locais, que são tão ou mais deslumbrantes que as cascatas que encontramos noutros locais de Portugal. Podem não ser muito imponentes, mas impressionam quem as visita, certamente.
A maioria destas cascatas encontram-se na Serra de São Mamede, mas existem também noutros locais, sendo que algumas delas, apesar de pequenas, caem de falésias diretamente para o mar da Costa Vicentina. Seja no litoral ou no interior do Alentejo, existem muitas quedas de água que vale a pena visitar e que surpreendem até os mais conhecedores da região.
Para que descubra um lado diferente do Alentejo, deixamos-lhe algumas cascatas que tem mesmo de conhecer na região. Escolha a sua preferida e faça-se à estrada. Se as visitar num dia quente de Verão, não se esqueça de levar o fato de banho para dar uns mergulhos.
1. Cascata do Pego do Inferno
É também chamada de Cascata dos Mosteiros, por ser este o nome da aldeia mais próxima do local. Esta cascata encontra-se pouco antes de chegar à aldeia de Mosteiros e, para a visitar, deverá procurar pela rua de São Bento, onde existe um parque de estacionamento improvisado em terra batida.
Deixe aqui o carro e siga ladeira abaixo, durante 5 minutos, e chegará a este maravilhoso local. Se o tempo estiver quente, aproveite para dar uns mergulhos, sempre com as devidas precauções.
2. Cascata da Ribeira de Arronches
Apesar de ser um local de grande beleza, chegar a esta cascata pode-se revelar algo difícil. O caminho para lá chegar tem apenas 900 metros, mas exige alguma destreza e boa condição física.
Primeiro, deverá procurar pelo turismo rural “Azenha de São Mamede”, seguindo depois para norte pela M1043 durante 1200 metros. Estacione o carro onde conseguir e, a partir daí, são apenas alguns metros até a cascata. Vá com cuidado, até porque o caminho segue ao longo de uma ravina.
3. Cascata da Cabroeira
É uma das mais imponentes quedas de água, tanto da Serra de São Mamede, como de todo o Alentejo, mas chegar até este local não é nada fácil. A cascata encontra-se já quase na fronteira com Espanha e, para lá chegar, deverá seguir pela M1044 na direção de Cabroeira de Baixo.
2 km antes de chegar à aldeia, estacione o seu carro na berma da estrada. A partir daqui, terá de percorrer 1000 metros a pé, até um penhasco de onde poderá observar esta maravilhosa cascata.
4. Cascata de São Julião
É também conhecida por Cascata do Monte Sete, já que se encontra perto de um pequeno povoado com este nome. Esta cascata, alimentada pelas águas do rio Xévora, encontra-se num vale repleto de árvores.
Aqui formam-se também pequenas lagoas, na sua base, onde é possível refrescar-se durante o verão. Para conhecer este local, dirija-se à Aldeia de Monte Sete, e siga a pé por uma estrada de terra batida, ao lado do café “a cascata”, durante cerca de 1000 metros.
5. Cascata das Cobras
Esta cascata encontra-se numa das mais bonitas praias do Alentejo, a praia da Amália, que é também uma das praias mais secretas da região. A cascata cai ravina abaixo, e segue depois em direção ao mar.
O seu nome peculiar não engana, até porque existem mesmo muitas cobras nas suas águas. Mas não tem que se preocupar, porque as espécies de cobra que aqui vai encontrar são totalmente inofensivas.
6. Cascata das Furnas
Esta cascata situa-se também numa praia, neste caso na belíssima praia das Furnas, em Vila Nova de Milfontes. Apesar de ser um local de grande beleza, o seu acesso é bastante difícil e, portanto, não é recomendável a crianças ou pessoas com problemas de mobilidade.
Apesar disso, a visão desta queda de água a cair para a areia e a seguir depois para o oceano vale bem todo o esforço despendido para aqui chegar. Trata-se de uma das mais bonitas cascatas do Alentejo.
7. Rocha de Água d’Alto
Encontra-se na aldeia de Foros de Pereira, em Vila Nova de Milfontes, e é uma imponente formação rochosa, que tem 30 metros de altura e que se transforma numa cascata depois das fortes chuvadas de inverno.
Portanto, se a quiser ver em todo o seu esplendor, deve visitá-la nesta época do ano. No verão, altura em que a água não corre, poderá fazer escalada neste magnífico local e apreciar a vista do topo.