Ter plantas em casa é uma ótima forma de trazer mais vida, beleza e aconchego para o seu lar. Além de decorarem os ambientes, as plantas também melhoram a qualidade do ar, reduzem o stress e proporcionam bem-estar. Mas, para que elas cresçam saudáveis e bonitas, é preciso saber como cuidar delas adequadamente.
Cuidar de plantas não é tão difícil quanto parece, mas requer alguns cuidados básicos que vão desde a escolha da vasilha, da terra e da rega, até as melhores espécies para cada ambiente. Neste artigo, vamos dar-lhe 7 dicas essenciais para cuidar das plantas que tem em casa. Vamos lá?
1. Escolha o vaso adequado
O vaso é um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento das plantas, pois é nela que elas vão receber os nutrientes, a água e o oxigénio que precisam. Por isso, é fundamental escolher um vaso adequado para cada tipo de planta.
O primeiro aspecto a considerar é o tamanho do vaso. Ela deve ser proporcional ao tamanho da planta e ao seu crescimento esperado. Um vaso muito pequeno pode limitar o desenvolvimento das raízes e causar deficiências nutricionais. Um vaso muito grande pode acumular água em excesso e favorecer o apodrecimento das raízes.
O segundo aspecto a considerar é o material. Pode ser de plástico, cerâmica, metal, madeira ou outros materiais. Cada um tem as suas vantagens e desvantagens. Por exemplo, os vasos de plástico são leves, baratos e retêm mais a humidade, mas podem aquecer demais quando estão expostos ao sol e prejudicar as raízes. Os vasos de cerâmica são pesadas, duráveis e permitem uma boa drenagem, mas podem partir facilmente e ressecar mais a terra.
O terceiro aspecto a considerar é a drenagem do vaso. Deve ter furos no fundo para permitir que o excesso de água escorra e não encharque a terra. Além disso, é recomendável colocar uma camada de pedrinhas ou argila expandida no fundo para facilitar a drenagem e evitar o contacto direto das raízes com a água.
2. Escolha a terra adequada
A terra é outro elemento essencial para o crescimento das plantas, pois é nela que elas vão absorver os nutrientes que precisam. Por isso, é importante escolher uma terra adequada para cada tipo de planta.
A terra ideal deve ser leve, solta, fofa e rica em matéria orgânica. Deve permitir uma boa aeração e retenção de humidade, sem ficar compactada ou encharcada. Pode comprar uma terra pronta em lojas especializadas ou preparar a sua própria mistura em casa.
Uma mistura básica que serve para a maioria das plantas é composta por 1 parte de terra vegetal (ou substrato), 1 parte de areia grossa (ou perlita) e 1 parte de húmus de minhoca (ou composto orgânico). Pode ajustar as proporções conforme as necessidades de cada planta. Por exemplo, as plantas suculentas e cactos preferem uma terra mais arenosa e drenável, enquanto as plantas tropicais preferem uma terra mais orgânica e húmida.
3. Regue na medida certa
A rega é um dos cuidados mais importantes para manter as plantas saudáveis e bonitas. Mas também é um dos mais difíceis de acertar. Isso porque cada planta tem uma necessidade diferente de água, que varia conforme o tipo, o tamanho, o clima, a estação do ano e o ambiente.
De modo geral, as plantas devem ser regadas quando a superfície da terra estiver seca ao toque. Pode usar um dedo ou um palito para verificar a humidade da terra. Não regue as plantas por cima das folhas, pois isso pode causar doenças fúngicas. Regue sempre na base da planta, de preferência com um regador de bico fino, que permite controlar melhor a quantidade e a direção da água.
A quantidade de água deve ser suficiente para molhar toda a terra, mas não para encharcá-la. O excesso de água deve escorrer pelos furos da vasilha e ser descartado. Não deixe o vaso com água acumulada no prato, pois isso pode apodrecer as raízes e matar a planta.
A frequência da rega depende de vários fatores, mas pode seguir algumas regras básicas:
- Regue mais no verão e menos no inverno, pois as plantas transpiram mais no calor e menos no frio.
- Regue mais as plantas que estão em vasos pequenos e menos as que estão em vasilhas grandes, pois os vasos pequenos secam mais rápido e os vasos grandes retêm mais água.
- Regue mais as plantas que estão em ambientes secos e menos as que estão em ambientes húmidos, pois os ambientes secos evaporam mais água e os ambientes húmidos conservam mais água.
- Regue mais as plantas que gostam de humidade e menos as que gostam de secura, pois as plantas que gostam de humidade precisam de mais água para se hidratar e as plantas que gostam de secura precisam de menos água para evitar o apodrecimento.
4. Adube na época certa
O adubo é um complemento que fornece nutrientes extras para as plantas, ajudando-as a crescer mais fortes e saudáveis. Mas não deve ser usado em excesso, pois pode causar desequilíbrios nutricionais e queimar as raízes.
O adubo ideal deve ser orgânico, natural e de libertação lenta. Pode usar húmus de minhoca, torta de mamona, farinha de ossos, sedimento do café ou casca de ovo triturada. Evite usar adubos químicos, sintéticos ou solúveis em água, pois eles podem ser tóxicos para as plantas e para o meio ambiente.
A quantidade de adubo deve ser pequena, cerca de uma colher de sopa por vaso. Pode misturar o adubo na terra ou espalhá-lo na superfície. Não coloque o adubo em contacto direto com as raízes ou com o caule da planta, pois isso pode causar queimaduras.
A frequência do adubo depende do tipo de planta, mas pode seguir algumas regras básicas:
- Adube somente na primavera e no verão, pois são as estações do ano em que as plantas estão mais ativas e precisam de mais nutrientes.
- Adube somente uma vez por mês ou a cada dois meses, pois é o tempo necessário para que o adubo seja absorvido pela planta.
- Adube somente as plantas que estão em vasos, pois são as que têm menos acesso aos nutrientes do solo. As plantas que estão no jardim não precisam de adubo, pois já recebem os nutrientes da terra.
5. Pode na hora certa
A poda é uma técnica que consiste em cortar partes das plantas, como folhas, flores ou ramos. Serve para remover partes doentes, secas ou danificadas, estimular o crescimento e a floração, controlar o tamanho e a forma e melhorar a aparência das plantas.
Deve ser feita com cuidado e com ferramentas adequadas, como tesouras ou podadores bem afiados e limpos. Deve cortar sempre na diagonal e rente ao caule ou ao ramo principal. Não corte mais do que um terço da planta de cada vez, pois isso pode enfraquecê-la.
A época da poda depende do tipo de planta, mas pode seguir algumas regras básicas:
- Pode sempre que necessário as partes doentes, secas ou danificadas das plantas, pois elas podem prejudicar a saúde e a beleza das mesmas.
- Pode no final do inverno ou no começo da primavera as plantas que florescem no verão ou no outono, pois assim vai estimular a formação de novos botões e ramos.
- Pode no final do verão ou no começo do outono as plantas que florescem na primavera ou no início do verão, pois assim vai remover as flores murchas e preparar a planta para o próximo ciclo.
- Pode no final do outono ou no começo do inverno as plantas que não florescem ou que têm folhagem permanente, pois assim vai controlar o tamanho e a forma e evitar o crescimento desordenado.
6. Escolha as espécies adequadas
Cada planta tem as suas características e preferências, que devem ser respeitadas para que elas se adaptem bem ao ambiente em que estão. Por isso, é importante escolher as espécies adequadas para cada local da sua casa.
Deve levar em conta fatores como a luminosidade, a temperatura, a humidade e a ventilação do local onde vai colocar a planta. Deve observar se o local recebe sol direto, sol indireto ou sombra, se é quente ou frio, se é seco ou húmido, se é aberto ou fechado.
Deve escolher plantas que sejam compatíveis com essas condições, pois elas vão se desenvolver melhor e exigir menos cuidados. Por exemplo, as plantas suculentas e cactos gostam de sol direto, calor e secura, por isso são ideais para varandas ou janelas.
As plantas tropicais gostam de sol indireto, calor e humidade, por isso são ideais para casas de banho ou cozinhas. As plantas de sombra gostam de pouca luz, frio e humidade, por isso são ideais para salas ou quartos.
7. Ame as suas plantas
A última dica, mas não menos importante, é amar as suas plantas. As plantas são seres vivos que sentem e reagem aos estímulos do ambiente e das pessoas. Elas podem perceber se as trata com carinho ou com descaso.
Amar as suas plantas significa dedicar tempo e atenção a elas, observando as suas mudanças, as suas necessidades e as suas reações. Significa também conversar com elas, elogiá-las, agradecer-lhes e até tocá-las com delicadeza. Estudos científicos mostram que as plantas respondem positivamente à voz humana e ao toque físico, crescendo mais saudáveis e bonitas.
Amar as suas plantas também significa respeitar os seus limites, aceitar os seus defeitos e entender que elas podem morrer. Nem sempre as plantas vão corresponder às suas expectativas ou sobreviver às suas tentativas de cuidado. Às vezes, elas vão ficar doentes, amarelas, murchas ou secas. Isso faz parte do ciclo natural da vida e não significa que seja um péssimo jardineiro.
O importante é aprender com os erros, buscar mais informações e tentar novamente. Com o tempo, vai adquirir mais experiência e confiança para cuidar das suas plantas. E o mais importante: vai criar um vínculo afetivo com elas, que vai trazer muitos benefícios para a sua saúde física e mental.