As cascatas sempre inspiraram deslumbramento e encanto em todos nós. São muitas as cascatas de Portugal, de norte a sul e, especialmente, nas ilhas. São locais onde pode contemplar a natureza no seu estado mais selvagem, meditar e aperceber-se da imensa força daquilo que nos rodeia que, muitas vezes, nos faz sentir pequenos.
Em alguns destes locais, pode mesmo tomar um banho refrescante e merendar em espaços preparados para isso nas redondezas das cascatas. Noutras, recomenda-se algum cuidado, especialmente nas cascatas do Gerês (além de algumas serem perigosas, convém não esquecer que está dentro de uma Parque Natural e que uma cascata não é uma praia).
As maiores cascatas de Portugal localizam-se nos Açores (que, juntamente com o Gerês, é o local de maior concentração de quedas de água). Viaje conosco e descubra algumas das cascatas mais secretas e desconhecidas de Portugal.
1. Cascata do Pincho
Encontra-se a pouco mais de vinte quilómetros de Viana do Castelo, mais precisamente na Serra d’Arga que constitui uma das áreas mais emblemáticas do Alto Minho, não só pela imensidão de paisagens verdejantes como também pelos seus valores naturais e património cultural. Nos pontos mais altos, é possível deparar-se com algumas áreas naturais com uma rara beleza e uma enorme diversidade florística.
Para além da sua localização privilegiada, a Cascata do Pincho é a mais exuberante entre todas as quedas de água do rio Âncora, devido às suas águas cristalinas e uma das mais bonitas do Norte de Portugal.
2. Cascatas do Rio Poio
A aldeia de Alvadia é atravessada pelas águas do rio Poio, que foram usadas muitos anos para o funcionamento de moinhos e azenhas, alguns ainda visíveis em locais pouco acessíveis deste curso de água.
É neste local que se situa a cascata Cai d’Alto, na freguesia de Cerva, em Ribeira de Pena, Vila Real. Esta cascata tem cerca de 60 metros de altura e nasce junto da povoação de Lamas. O curso de água conflui numa lagoa, sendo que o local é muito usado na prática de desportos como a canoagem e canyoning.
3. Cascata da Ribeira Quente, Açores
Em plena ilha de São Miguel, nos Açores, a cascata da Ribeira Quente localiza-se perto da Povoação (mais concretamente, a meio do túnel de acesso à vila de Ribeira Quente).
Trata-se de uma das mais peculiares cascatas de Portugal: as suas águas são de origem termal, de nascentes no interior da ilha. Por isso mesmo, são ricas em minerais e elementos químicos. Apesar do seu sabor estranho, é possível beber a água da cascata.
4. Cascata do Salto da Farinha, Açores
Localizada perto do Parque da Ribeira dos Caldeirões, nos Açores, esta deslumbrante cascata de 40 metros deve o seu nome à moagem de cereais que se fazia antigamente neste local. O local é idílico (ou não estivéssemos nos Açores).
Na base da cascata existe um parque de merendas com tudo o necessário para fazer um piquenique. Bem perto, situa-se o miradouro da Pedra dos Estorninhos, com uma ampla vista que se estende até ao mar.
5. Cascata do Rabo de Burro, Madeira
A caminhada com cerca de 1,2 km, começa no final da estrada municipal da Cova do Bardo, no conhecido caminho do Poço das Pulgas. Assim que chega ao primeiro nível do trilho, o caminho diverge para a direita, em direção descendente, e acaba por subir na margem esquerda, seguindo através de uma vegetação densa. Aqui chegados, encontra esta bela cascata, num local de grande beleza natural.
6. Cascatas da Ribeira do Ferreiro, Açores
Também conhecido como Poço da Alagoinha ou Lagoa das Patas, encontra-se na freguesia da Fajã Grande e é considerado um local de passagem obrigatória nesta ilha. O destaque vai para a falésia, de onde saem as águas das diversas cascatas ali presentes, para além da intensa vegetação.
O Poço da Alagoinha integra a zona da Reserva Florestal do Morro Alto, destinada à proteção ambiental e à preservação permanente. O que mais chama a atenção é a formação do Poço da Ribeira do Ferreiro, a partir do encontro de todas as cascatas, num local que não pode ficar fora do seu roteiro de viagem.
7. Cascata de Alte
Também conhecida como a Queda do Vigário, esta queda de água da ribeira de Alte nasce na Quinta do Freixo e junta-se com a Ribeira de Algibre, perto de Paderne, formando assim a ribeira de Quarteira. A cascata despenha-se a pique de 24 metros de altura, terminando num grande lago que se assemelha a um alguidar.
Há quem diga que esta é uma queda de água artificial, que foi construída no século XVII por Duarte de Melo Ribadeneyra, por forma a conduzir as águas do ribeiro para o Tanque Grande e assim regar o pomar do Morgado. Recentemente, o espaço sofreu algumas remodelações, tornando-o mais propício ao lazer. Para chegar à cascata, após o estacionamento junto ao cemitério, terá de descer cerca de 300 metros.
8. Cascatas das Poças do Malho
As Poças do Malho são 4 poços bem fundos com 4 belas quedas de água no Rio Castro Laboreiro, mais ou menos entre a Mistura das Águas (ponto em que o Rio Peneda se encontra com o Laboreiro) e Ribeiro de Baixo. Servem de fronteira entre Portugal e Espanha.
A melhor forma de chegar até este local é pelo lado espanhol, numa rota que tem início quando quando a estrada que liga Olelas à Mistura das Águas termina. Decorre sempre do lado direito do Rio Laboreiro, no lado espanhol do Parque Nacional Peneda Gerês.