É mais que sabido que a exposição à radioatividade não é de todo recomendável, até porque, quando o corpo humano recebe a radiação, as suas células são danificadas e, dependendo do nível dessa radiação, as células podem morrer, com a pessoa a apresentar quadros de hemorragia, anemia e queimaduras na pele, logo nas primeiras horas.
É por isso mesmo que, nesta lista, lhe apresentamos alguns dos locais mais radioativos do planeta, locais que ninguém tem coragem de visitar. Conheça-os melhor e descubra as suas histórias.
9. Hanford, EUA
Trata-se de uma instalação nuclear desativada, situada nas margens do rio Columbia, no Estado de Washington, e operada pelo Governo Federal dos Estados Unidos. O local foi expandido durante a Guerra Fria, abrigando nove reatores nucleares e cinco grandes complexos de processamento de plutónio.
Apesar dos grandes progressos desenvolvidos por cientistas neste local, os métodos de segurança e descarte de lixo revelaram-se inadequados, e documentos confirmam que as operações de Hanford libertaram quantidades significativas de materiais radioativos, tanto no ar como no rio.
8. Costa da Somália
A Somália é um país que tem estado mergulhado na guerra, e cujos governantes não são respeitados. Graças a essa situação, existem alegações de que as águas e o solo na Somália têm sido utilizadas para o naufrágio ou enterramento de resíduos nucleares e metais tóxicos, nos quais se incluem 600 barris de lixo tóxico e nuclear, assim como lixo hospitalar radioativo.
Aliás, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente acredita que os barris enferrujados, que apareceram na costa da Somália durante o tsunami de 2004, teriam sido despejados naquela zona em 1990.
7. Mayak, na Rússia
Foi o local de um dos piores acidentes nucleares da história, que aconteceu em 1957, altura em que uma explosão dispersou entre 50 a 100 toneladas de resíduos altamente radioativos.O regime soviético manteve este acidente em segredo por aproximadamente 30 anos.
Além disso, a falta de responsabilidade ambiental do passado levou à contaminação adicional do lago Karachai. Algumas regiões no seu entorno permanecem restritas devido à radiação e, nos últimos 45 anos, aproximadamente 400,000 pessoas foram contaminadas, em consequência dos incidentes.
6. Sellafield, Reino Unido
Anteriormente conhecida como Windscale, é uma usina de reprocessamento de material nuclear, e anteriormente também de geração elétrica. Encontra-se próxima à costa do mar da Irlanda, em Cumbria, na Inglaterra, junto à população e estação ferroviária de Seascale.
Este foi o primeiro reator nuclear do mundo a fornecer energia ao grande público, mas, em 1957, um incêndio provocou um acidente nuclear de nível 5, numa escala internacional com 7 níveis. Este foi o pior desastre nuclear da história do Reino Unido.
5. Siberian Chemical Combine, Rússia
A Sibéria é o lar de uma infame instalação química, local onde foram armazenados os resíduos radioativos durante mais de quatro décadas. Estes resíduos líquidos são armazenados em piscinas que se encontram totalmente descobertas, assim como em recipientes que estão mal conservados e não são seguros.
Por consequência, o vento e a chuva acabam por espalhar a contaminação radioativa para a vida selvagem e para a área circundante, com consequências desastrosas a todos os níveis.
4. O Polígono, Cazaquistão
Durante a época soviética, a cidade de Semipalatinsk foi um centro para testes nucleares do Exército Vermelho. Estas experiências foram realizadas a 150 km a oeste da cidade, no que hoje é chamado de polígono nuclear. Entre 1949 e 1989, ocorreram 468 explosões nucleares na área de ensaio, 125 delas ao ar livre.
Portanto, a cidade e os seus arredores têm níveis de radiação extremamente alarmantes, e o número de cancros, leucemias em crianças e malformações à nascença é extremamente assustador.
3. Mailuu-Suu, Quirguistão
Enterrada no rio que percorre a cidade de Mailuu-Suu, com cerca de 20 mil habitantes, encontramos 2 milhões de metros cúbicos de resíduos radioativos, misturados ao sistema de abastecimento de água da cidade.
Com o colapso da União Soviética em 1991, a supervisão dos 23 depósitos radioativos da cidade passou a ser muito esporádica, e estes locais acabaram por se tornar pasto de animais. Por consequência, os laticínios e a carne vendidas no mercado local não têm uma procedência segura, e das torneiras sai uma água misturada com metais pesados.
2. Chernobyl, Ucrânia
Este local ainda guarda as marcas da explosão do reator 4, que espalhou a radiação pelo país e pelos territórios vizinhos, a 26 de abril de 1980. O governo soviético admitiu 15 mil mortos, mas as organizações não-governamentais estimam que foram 80 mil.
Segundo números oficiais, mesmo nos nossos dias, 2,4 milhões de ucranianos sofrem de problemas de saúde relacionados com o acidente. Atualmente, 6% do PIB ucraniano é destinada aos efeitos da tragédia, para coisas como o pagamento de indemnizações às vítimas.
1. Fukushima, Japão
A 11 de março de 2011, um terremoto de 9 graus na escala de Richter atingiu o leito oceânico, perto da costa leste do Japão. O tsunami que se seguiu deixou mais de 20 mil mortos. A usina de Fukushima Daiichi, que estava preparada para lidar com uma onda de até 6 metros de altura, foi atingida por uma parede de água com 14 metros de altura.
Foram usadas cerca de 320 mil toneladas de água para resfriar os reatores, líquido que se tornou radioativo e foi despejado no Oceano Pacífico, provocando radioatividade em milhões de quilómetros quadrados.