Apesar de ter tido uma vida relativamente curta, falecendo com apenas 36 anos. D. Pedro IV foi Rei de Portugal, Imperador do Brasil (conhecido neste país como D. Pedro I), e teve, segundo reza a história (e as fontes oficiais) mais de 34 filhos. Filho de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, D. Pedro IV nasceu a 12 de outubro de 1798 em Queluz, e faleceu a 24 de setembro de 1834 em Lisboa. Foi casado com D. Maria Leopoldina de Habsburgo e, posteriormente, casou em segundas núpcias com D. Amélia de Beauharnais.
Das suas duas esposas, D. Pedro teve dez filhos, sendo que nove eram de D. Leopoldina e apenas um da sua segunda esposa. Desta prole, nem todos sobreviveram à infância, e nem todos lhe concederam netos. Destes dez filhos, apenas quatro deram netos a D. Pedro IV.
D. Pedro era também conhecido pelas suas inúmeras amantes, tanto em Portugal como no Brasil, onde a Corte se tinha instalado no contexto das Invasões Francesas. A Marquesa de Santos é a sua amante mais conhecida, da qual teve cinco filhos (sendo que dois deles alcançaram a velhice). Da irmã da marquesa, a Baronesa de Sorocaba, teve igualmente um filho.
Estes três filhos foram citados pelo Imperador no seu testamento, mas não tiveram direitos sucessórios à Coroa. D. pedro IV teve ainda outros filhos, que chegou a conhecer, e outros que apenas ficaram para a história como seus descendentes, não se sabendo se o rei alguma vez os conheceu a todos.
Deixamos-lhe aqui alguns deles: Augusto Steinhaussen (da relação com Anna Steinhaussen); Pedro (da relação com Noémi Thierry); Theotônio Meirelles da Silva (filho do rei e de Gertrudes Meirelles de Vasconcellos); Luíz Pablo Roquellas (da realção com Letícia Lacy); José de Bragança (filho de Joana Mosqueira); Pedro de Alcântara (filho de Clémence Saisset); outro Pedro (de Ana Augusta Peregrino Faleeiro); outro Pedro de Alcântara (de Maria Libânia Lobo); e uma menina de nome desconhecido (filha de Andreza dos Santos).
Há ainda outros filhos, cuja paternidade é duvidosa, não se sabendo até que pknto o Rei era realmente pai destas crianças. Nesta categoria, inclui-se um filho de Adozinda Carneiro Leão, uma filha de Luizinha de Menezes, uma filha de Maria del Carmen García, e outra menina de Umbelina Rodrigues Horta.
Por último, existem ainda casos de crianças que se sugeriu serem de D. pedro IV, mas que provavelmente não o são, como Umbelino Alberto de Campo Lindo, Guilherme Scüch. o Barão de Capanema (fruto da possível relação com Josefina Roth), uma Urbana, Isabel de Bourbon e Bragança (do Brasil) e Isabel de Bourbon e Bragança (da França).
O que é certo é que o rei levou uma vida amorosa bastante agitada, para desgosto da sua primeira esposa, colecionando diversas amantes por onde passava. A tal ponto que se conta que era comum que o seu sucessor, D. Pedro II, encontrasse várias destas amantes e conhecesse diversos dos seus meios-irmãos, fossem eles de classe nobre ou de classes mais baixas, durante as suas viagens pelo Brasil.
A título de curiosidade, D. Pedro IV foi um rei único na forma como se relacionou com os habitantes do Porto, cidade tradicionalmente avessa a reis e a nobres. A relação estabelecida com os portuenses nasceu do apoio que eles deram ao rei na sua luta a favor do liberalismo e foi tão forte que, poucas antes de morrer, D. Pedro IV decidiu doar o seu próprio coração à cidade do Porto. Está guardado na Igreja da Lapa desde 1837.
Durante a guerra civil o seu contra o seu irmão Miguel, D. Pedro IV montou canhões, cavou trincheiras, cuidou de feridos, comeu com os soldados mais simples e lutou sob fogo pesado enquanto homens ao seu lado eram alvejados. Um exemplo para as gerações vindouras daquilo que deve ser um governante.