10 vilas e cidades pequenas em Portugal com elevada qualidade de vida

Muitos portugueses aderiram recentemente ao teletrabalho e, à medida que este regime laboral se torna mais consensual e bem visto pelos empregadores, muitas pessoas ponderam trocar uma cidade grande pela qualidade de vida de uma cidade ou vila mais calma, quer no interior quer no litoral de Portugal.

Para criar esta lista, utilizámos como base 2 rankings de 2019: o Rating Municipal Português, da Ordem dos Economistas, e o Portugal City Brand Ranking, da Bloom Consulting, que analisam diversas variáveis acerca da qualidade de vida nestes locais. 

Também excluímos municípios pertencentes às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e as 20 capitais de distrito portuguesas, uma vez que, pelas suas características, elas têm um elevado padrão de qualidade de vida. Assim, se deseja mudar a sua família para um estilo de vida mais calmo, não esquecendo a qualidade de vida, deixamos-lhe 10 municípios do interior a considerar.

1. Chaves

Situa-se em Trás-os-Montes e Alto Douro, a apenas 15 km de Espanha, tem uma população de 39 423 habitantes e está no top 50 dos municípios mais sustentáveis do país, destacando-se também a sua sustentabilidade financeira e a eficiência da Câmara Municipal.

A cidade tem um hospital público e 52 escolas, incluindo uma de ensino superior. O valor médio da avaliação bancária dos alojamentos situa-se nos 978€/m2, bem abaixo da média nacional de 1192 €/m2. A acessibilidade melhorou muito nos últimos anos, sendo que hoje a viagem de Chaves ao Porto demora pouco mais de 1h30.

2. Ponte de Lima

Está a 1 hora de distância do Porto e tem uma situação económica sólida, sendo o sétimo município português mais sustentável, e o que tem maior sustentabilidade financeira em Portugal, fruto de uma gestão rigorosa dos recursos nos últimos anos.

Ponte de Lima tem 41 315 habitantes, 49 estabelecimentos de ensino e uma atividade cultural elevada, tendo recebido 204 espetáculos ao vivo em 2018, de acordo com a Pordata. A vila tem ainda um hospital e 10 farmácias. O valor médio da avaliação bancária dos alojamentos é de 1031€/m2, valor inferior ao da média nacional.

3. Guimarães

Tem uma população de 152 309 pessoas e é um município com grande desenvolvimento económico e social. Em 2019, foi considerado o quinto melhor município do Norte para se viver. É um importante polo de cultura e de desporto na região.

O município tem um total de 199 estabelecimentos de ensino e um preço médio por habitação inferior ao do resto do país, rondando os 974€/m2. A cidade é servida por um hospital, tem 35 farmácias e espera receber na próxima década o projeto Capital Verde Europeia.

4. Figueira da Foz

É uma das cidades com melhor qualidade de vida na região centro, e destaca-se pelo desenvolvimento económico e social e pelo investimento na cultura. O custo da habitação ronda os 1034€/m2 e o salário médio de trabalhadores por conta de outrem é ligeiramente superior ao da média fora das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa. Destaque para as 112 sessões de espetáculos realizados em 2018 e para as 5 salas de cinema existentes no município.

5. Tomar

O município de Tomar tem uma boa sustentabilidade financeira e é também e 12ª melhor cidade para se viver na região centro. Encontra-se a hora e meia de Lisboa e a 50 minutos de Coimbra. A cidade tem 68 escolas, um hospital, integrado no Centro Hospitalar do Médio Tejo, e 14 farmácias, para servir uma população de 37 127 habitantes.

O valor médio por habitação é de 931€/m2. Destaca-se também a vertente cultural, com o Castelo e o Convento de Cristo a estarem classificados como Património Mundial da UNESCO.

6. Torres Vedras

Encontra-se a menos de 1 hora de Lisboa e tem uma extensa faixa de praias, sendo a quinta melhor cidade para se viver na região centro. Muitos dos seus moradores trabalham na área metropolitana da nossa capital, gozando ao mesmo tempo dos benefícios de viver num município com 78 369 habitantes. O preço médio da habitação é de 1079€/m2, tendo Torres Vedras dois hospitais, 25 farmácias e 125 escolas, incluindo as do ensino superior.

7. Pombal

Encontra-se entre Leiria e Coimbra, a meia hora das praias do Oeste, e é servida por excelentes acessibilidades. A cidade de Pombal é a sétima melhor para se viver na região centro, e ocupa o quarto lugar a nível nacional em termos de sustentabilidade financeira. Comprar casa aqui ronda os 931€/m2, sendo que o município é servido por 60 estabelecimentos de ensino, 14 farmácias e um hospital. O município investe também mais em desporto e cultura que a média nacional.

8. Portimão

É a segunda melhor município do Algarve para se viver, sendo uma cidade jovem (16,5% da população tem menos de 15 anos) e tendo conseguido um saldo natural positivo em 2018, algo raro nos nossos municípios.

Aqui, a habitação é mais elevada que no resto do país, graças ao turismo, mas a cidade beneficia por consequência de 4 hospitais, 12 farmácias, uma média de 130 espetáculos ao vivo por ano e 8 ecrãs de cinema. O município tem ainda 57 escolas, para uma população de 55 374 pessoas.

9. Sines

Tem 13 647 habitantes e é servido por 17 escolas e 3 farmácias. A cidade tem um dos mais altos ganhos médios de trabalhador por conta de outrem, mas a avaliação bancária das habitações é ligeiramente superior à média nacional.

A sua densidade populacional é mais baixa do que a média nacional, o que ajuda a que seja considerada a quarta melhor cidade alentejana para se viver. Para além do acesso a praias, o município tem museu, sala de cinema e 55 sessões de espetáculos por ano.

10. Loulé

É o mais extenso e populoso município do Algarve, sendo um dos municípios algarvios melhor posicionado em termos de sustentabilidade económica, tendo também sido considerado o quarto melhor para se viver. Tem um hospital, 15 farmácias e 86 escolas que servem uma população de 68 785 pessoas.

A taxa de desemprego é menor aqui que a média do país, e a autarquia gasta mais que a média nacional em desporto e cultura. Destaque para os dois museus municipais e para as 173 sessões de espetáculos ao vivo.