Muito se tem escrito sobre os Pastéis de Belém, iguaria nacional que conquista portugueses e estrangeiros, e cuja fama ultrapassou já as fronteiras de Portugal, podendo agora ser encontrados um pouco por todo o mundo – ou pelo menos a sua imitação, o pastel de nata. Isto porque, na verdade, a receita secreta apenas é conhecida pelos membros da família que os confecciona e 2 ou 3 pasteleiros de sua confiança.
Aquilo que começou por ser apenas um doce típico lisboeta acabou por se espalhar pelo mundo nos últimos anos e transformou-se num dos mais reconhecidos produtos portugueses. De Riga a Moscovo, de Pequim a Macau, de Nova Iorque a Dublin… hoje em dia é possível encontrar pastéis de Belém à venda um pouco por todo o lado.
A história desta iguaria esteve sempre envolta em algum mistério e algumas lendas. É que, mais do que um simples doce, estamos a falar de um autêntico símbolo nacional. Conheça 5 fantásticas curiosidades sobre os deliciosos Pastéis de Belém.
1. O seu fabrico iniciou-se em 1837 e a receita manteve-se igual até aos nossos dias
Em inícios do século XIX, havia junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, uma refinação de cana de açúcar, associada a uma pequena loja. A Revolução Liberal de 1820 acabou por, anos mais tarde, levar ao encerramento de conventos e mosteiros no nosso país, e os trabalhadores e clero foram expulsos desses locais.
Como forma de sobrevivência, um elemento do Mosteiro dos Jerónimos colocou à venda, nesse local de comércio, uns pastéis doces, que rapidamente ganharam o nome de Pastéis de Belém, com a receita original a ser preservada até aos nossos dias.
2. Estes pastéis são fabricados na “Oficina do Segredo”
A sala onde se fabricam os Pastéis de Belém tem este nome por uma razão óbvia: a receita não é partilhada com ninguém, encontra-se patenteada e mesmo os mestres pasteleiros assinam um contrato de confidencialidade, comprometendo-se a não divulgar o modo de fabrico desta iguaria.
3. Pastéis de Nata e Pastéis de Belém não são a mesma coisa
Os Pastéis de Nata existem um pouco por todo o país, mas os Pastéis de Belém apenas existem em Belém e, como vimos, a sua receita é confidencial. Muitos confundem os dois pastéis, mas a verdade é que, apesar de semelhantes, não são de todo a mesma coisa, notando-se diferenças acentuadas em termos do sabor.
4. Todos os dias se fabricam e vendem 20 mil pastéis
Todos sabemos que estes pastéis são muito conhecidos, mas é quando vemos os números que percebemos a sua dimensão e fama. Por entre residentes e turistas, estima-se que todos os dias se vendam cerca de 20 mil pastéis, e, em alguns fins-de-semana, este número duplica. Afinal, é impossível resistir a esta iguaria…
5. “Noiva que come pastel, não tira mais o anel”
É graças a este provérbio que é comum vermos recém-casados, vestidos com os trajes de cerimónia, nesta pastelaria. Afinal, somos um país de tradições, e isso inclui o casamento. Assim, a seguir à boda, os noivos passam pelos Pastéis de Belém e deliciam-se com um doce.