Coração da nação, o Centro de Portugal é rico em jardins históricos e aldeias de xisto de encantar. Estes dois pormenores fazem com que sejam abundantes os locais românticos nesta região. São sítios onde é possível fazer uma escapadinha a dois com a sua cara metade numa aldeia tradicional ou numa habitação de turismo rural feita em pedra e com lareira.
Dependendo dos seus gostos pessoais, é sempre possível encontrar uma opção para uns dias românticos no Centro de Portugal. As aldeias históricas, as aldeias de xisto, os canais da ria de Aveiro ou os jardins de Coimbra criam o ambiente perfeito para uns dias de romantismo que serão, de certeza, inesquecíveis.
Por isso mesmo, se está à procura de ideias onde passar o próximo fim de semana num ambiente romântico e descontraído mas com muita oferta histórica e cultural, então esta lista é para si. Descubra alguns dos locais mais românticos do Centro de Portugal.
1. Quinta das Lágrimas
Os jardins da Quinta das Lágrimas são um autêntico museu vegetal, acolhendo espécies de todo o mundo, até porque o seu criador, Miguel Osório Cabral, beneficiou de ser amigo do diretor do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, conseguindo assim enriquecer o espaço exterior da Quinta.
Os jardins são constituídos por uma zona de mata, que foi usada em tempos para as caçadas da família Real, e por uma zona ajardinada junto ao palácio, que conta com sequoias, olaias, palmeiras-da-china, cedros-do-buçaco, cedros-do-himalaia, uma figueira-da-austrália e até com um majestoso podocarpo, originário do Sul de África, e do qual existe apenas mais um exemplar no nosso país.
2. Óbidos
A sua muralha é um cartão-postal desta belíssima vila, dispensando apresentações. Até 1834, era conhecida como “presente das rainhas”, já que fez parte do dote de muitas delas. É considerada uma vila literária, com a UNESCO a conceder-lhe inclusivamente essa distinção em 2015, já que muitos espaços degradados foram reabilitados e transformados em livrarias.
3. Mata Nacional do Buçaco
No extremo da Serra do Buçaco, a 547 metros de altitude, encontramos a Mata do Buçaco, contida por um muro alto com onze portas de entrada. Use uma delas como ponto de partida para o seu passeio pela natureza quase mágica da região. Apesar de ficar aquém das grandes florestas europeias, em termos de extensão, a variedade de vegetação ultrapassa-as em grande medida.
Dentro destes muros existem cerca de 400 espécies nativas da faixa atlântica portuguesa e 300 vindas de outros climas. Um dos elementos mais representativos desta simbiose é o cedro do Buçaco, cipreste originário do México e primeira espécie exótica aqui plantada, em 1656. O Cedro de São José, plantado há 350 anos pelos monges, junto à porta com o mesmo nome, é o símbolo local desta espécie de árvores.
4. Cascata da Fraga da Pena
Na área Protegida da Serra do Açor, em plena Mata da Margaraça, pode encontrar esta cascata idílica, onde a água abre espaço entre a rocha e a vegetação, para se despenhar de uma altura de mais de 20 metros. https://95e8478617348cc516bca7cead41f3f4.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O local permanece intocado, pelo que é um bom sítio para se maravilhar com a flora e fauna locais. Destaque para alguns antigos exemplares, nas margens, de carvalho-alvarinho, de castanheiro, de medronheiro e de trovisco.
5. Candal
Aquela que é uma das aldeias de serra mais visitadas está situada numa colina virada a sul da serra da Lousã, na estrada nacional que liga Lousã a Castanheira de Pera. As ruas de Candal são íngremes e conduzem a um belíssimo miradouro, com magnífica vista sobre o vale. Pode encontrar várias atividades a fazer na aldeia ou na região envolvente. Não deixe de visitar a Loja das Aldeias do Xisto.
6. Tomar
É a chamada “cidade dos Templários”, estando a sua história ligada à desta Ordem no nosso país. Aqui se encontram monumentos únicos como o Castelo dos Templários, um edifício militar do século XII que é Património Mundial da Unesco. Não pode deixar de conhecer o Convento de Cristo, verdadeira amálgama de diversos estilos arquitetónicos, com destaque para o renascentista, gótico e românico.
7. Cascata da Cabreia
Considerada a mais fotogénica cascata do Centro de Portugal, encontra-se inserida num parque de lazer onde as águas límpidas do rio Mau caem de uma altura de 25 metros, em Sever do Vouga. Está rodeada de vegetação luxuriante e tem locais onde pode tomar um banho refrescante.
Pode também encontrar várias mesas para fazer um piquenique, existindo a possibilidade de fazer percursos pedestres até às Minas do Braçal. Ao lado da cascata, encontra também um parque de merendas com diversas estruturas de apoio, num espaço que, na maioria das vezes, não tem visitantes.
8. Jardim do Paço Episcopal
Este é um dos mais originais exemplares do barroco em Portugal, com 5 418 m2. Foi encomendado pelo Bispo da Guarda, D. João de Mendonça. O formoso jardim tem forma retangular e é dominado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Tem cinco lagos, de bordos trabalhados, onde estão montados jogos de água.
O jardim divide-se em 4 sítios diferentes, ligados entre si: a entrada, o patamar do buxo, o Jardim Alagado e o Plano Superior. A entrada faz-se, desde 1936, a partir da Rua Bartolomeu da Costa. O patamar do buxo tem planta retangular e divide-se em 24 talhões, limitados por sebes de buxo.
9. Linhares da Beira
A aldeia medieval de Linhares da Beira, fundada no século XII, apresenta ainda hoje um património arquitetónico muito rico, com destaque para o castelo, com vista para o Mondego. Nesta aldeia, as tradições ainda se mantêm vivas e fazem parte da vida dos habitantes, com os poucos estabelecimentos comerciais a serem passados de pais para filhos e com as senhoras e levarem a roupa suja até às margens do rio.
10. Talasnal
Talasnal é uma aldeia que oferece muitas atividades aos seus visitantes, entre o lazer e os desportos ativos. Aqui reina a natureza selvagem, podendo-se encontrar javalis, corços, veados, e muitas mais espécies. A aldeia tem uma ruela principal, que segue o declive da encosta, e divide-se depois em becos e quelhas, que convidam à exploração.