O jardim é um espaço de beleza, lazer e relaxamento, mas também requer cuidados e atenção. Um dos principais desafios para quem tem um jardim é protegê-lo das intempéries, como o vento e a chuva, que podem prejudicar o desenvolvimento e a saúde das plantas.
O vento pode causar a queda de folhas, ramos e frutos, torcer e virar as plantas, aumentar a perda de água e favorecer a erosão do solo. A chuva pode provocar o encharcamento do solo, o apodrecimento das raízes, o surgimento de fungos e doenças, além de danificar as flores e os frutos.
Por isso, é importante tomar algumas medidas para proteger o seu jardim do vento e da chuva, garantindo que as suas plantas possam crescer saudáveis e bonitas. Neste artigo, vamos dar algumas dicas úteis e simples de como fazer isso, usando estruturas, materiais e práticas adequadas.
Estruturas para proteger o jardim do vento e da chuva
Existem diversas estruturas que podem ser usadas para proteger o jardim do vento e da chuva, dependendo do tamanho, do tipo e da localização das plantas. Algumas das mais comuns são:
Túneis
São arcos de arame cobertos por uma manta de plástico, que criam um ambiente fechado para as plantas. Os túneis transmitem a luz, retêm o calor e protegem as plantas do vento, da chuva e do granizo. São indicados para culturas de baixa altura, como morangos, alfaces, cenouras, entre outras. Os túneis podem ser deslocados conforme a necessidade e devem ter as extremidades abertas para permitir a ventilação.
Estufins
São caixas ou recipientes de plástico ou vidro, que cobrem as plantas individualmente ou em grupos pequenos. Os estufins aumentam a temperatura do solo e do ar à volta das plantas, além de protegê-las do vento e da chuva. São ideais para sementeiras ou plântulas que ainda não estão bem estabelecidas. Os estufins devem ter orifícios no topo para facilitar a troca de ar.
Telas corta-vento
São tecidos ou redes que são fixados em postes à volta do jardim ou de partes dele. As telas corta-vento reduzem a velocidade e a intensidade do vento, evitando que cause danos às plantas.
Também podem diminuir a evaporação da água do solo e das folhas. As telas corta-vento devem ter uma altura adequada ao tamanho das plantas e devem permitir a passagem de luz.
Quebra-ventos
São barreiras naturais formadas por árvores ou arbustos, que são plantados ao longo dos limites do jardim ou em pontos estratégicos. Os quebra-ventos têm a função de desviar ou amortecer o vento, criando um microclima mais favorável para as plantas.
Também podem servir como abrigo para pássaros e insetos benéficos. Os quebra-ventos devem ser escolhidos de acordo com o clima, o solo e a paisagem da região.
Redes anti-granizo
São malhas finas que são colocadas sobre as plantas ou sobre estruturas como túneis ou estufins. As redes anti-granizo têm a finalidade de evitar que o granizo atinja as plantas diretamente, causando ferimentos ou deformações nas folhas, nos caules ou nos frutos.
São recomendadas para culturas sensíveis ao granizo, como frutíferas, hortícolas ou flores.
Materiais para proteger o jardim do vento e da chuva
Além das estruturas mencionadas, existem alguns materiais que podem ser usados para proteger o jardim do vento e da chuva, de forma simples e económica. Alguns exemplos são:
Cobertura morta
É uma camada de material orgânico, como folhas secas, palha, serradura ou casca de pinus, que é espalhada sobre o solo à volta das plantas. A cobertura morta ajuda a conservar a humidade do solo, evitando o encharcamento ou a seca.
Também protege o solo da erosão causada pelo vento ou pela chuva. Além disso, a cobertura morta contribui para a fertilidade do solo, pois se decompõe lentamente e liberta nutrientes.
Garrafas pet
São recipientes plásticos que podem ser cortados e usados como mini-estufins para as plantas. As garrafas pet podem ser encaixadas sobre as plantas, deixando a tampa aberta ou fechada, conforme a necessidade de ventilação.
Protegem as plantas do frio, do vento e da chuva, além de reciclar um material que seria descartado.
Jornais ou plásticos
São materiais que podem ser usados para envolver as plantas ou partes delas, como as flores ou os frutos, em dias de chuva forte ou granizo. Os jornais ou plásticos formam uma barreira física que impede que a água ou o gelo danifiquem as plantas.
Devem ser retirados assim que a chuva parar, para evitar a acumulação de humidade ou o sobreaquecimento.
Práticas para proteger o jardim do vento e da chuva
Além de usar estruturas e materiais para proteger o jardim do vento e da chuva, existem algumas práticas culturais que podem ajudar a prevenir ou minimizar os problemas causados por esses fenómenos climáticos. Algumas delas são:
Escolher as plantas adequadas
É importante escolher as plantas que se adaptam melhor ao clima e ao solo da região onde o jardim está localizado. Algumas plantas são mais resistentes ao vento e à chuva do que outras, e podem suportar melhor as variações climáticas.
Por exemplo, as plantas com folhas pequenas, duras ou peludas tendem a perder menos água e sofrer menos danos com o vento. As plantas com flores simples, sem muitas pétalas, tendem a resistir melhor à chuva do que as flores dobradas ou cheias.
Fazer uma boa drenagem
É essencial garantir que o solo do jardim tenha uma boa drenagem, ou seja, que não acumule água em excesso. Um solo encharcado pode causar o apodrecimento das raízes, a proliferação de fungos e bactérias e a diminuição da oxigenação das plantas.
Para melhorar a drenagem do solo, pode-se misturar areia ou pedriscos à terra, fazer sulcos ou valas para escoar a água ou usar vasos furados ou com camadas de pedras no fundo.
Fazer podas regulares
É importante podar as plantas periodicamente, removendo ramos secos, doentes ou danificados pelo vento ou pela chuva. A poda ajuda a arejar as plantas, evitando o acúmulo de humidade e o surgimento de doenças.
A poda também estimula o crescimento e a floração das plantas, deixando-as mais bonitas e saudáveis.
Fazer adubações equilibradas
É fundamental fornecer às plantas os nutrientes necessários para que possam se desenvolver bem e resistir aos estresses climáticos. A adubação deve ser feita de acordo com as necessidades de cada planta e com a época do ano.
Uma adubação excessiva pode causar um crescimento exagerado das plantas, tornando-as mais frágeis e suscetíveis ao vento e à chuva. Uma adubação insuficiente pode causar uma deficiência nutricional nas plantas, afetando a sua resistência e beleza.