Não se pode negar que cada vez mais pessoas procuram fugir do stress intenso da cidade, até porque é em pequenas cidades e aldeias que encontramos muitas vezes maior qualidade de vida. E há quem, mesmo trabalhando na cidade, procure o sossego de uma aldeia para viver.
Se está a precisar de uma mudança na sua vida, damos-lhe algumas sugestões, selecionadas com base na qualidade da própria aldeia e da sua proximidade a cidades onde é possível ter bons empregos. E a tudo isto alia-se o pormenor de poder viver numa região em contacto com a natureza e onde predomina a paz e o sossego.
Assim, as nossas sugestões encontram-se perto dos centros urbanos de Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Guimarães e Braga, o que não invalida que haja pelo nosso país a fora outras aldeias perfeitas para si. Descubra aldeias portuguesas onde pode viver com qualidade de vida.
1. Penedo
Não tem origem bem definida, mas há quem aponte para referências a este local no séc. XIII. Aqui se conservam algumas casas de traça antiga, que lhe dão uma imagem de aldeia típica. Encontra-se no alto de uma encosta e as suas ruas e ruelas são íngremes e sinuosas.
Procure descobrir o fontanário e o cruzeiro, que se encontram no centro, e as seculares capelas. Penedo é um dos últimos locais do continente português onde se realizam as festas do Espírito Santo, que continuam a existir nos Açores. Estas festas remontam ao reinado de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel.
2. Estorãos
Esta pequena aldeia minhota encontra-se a seis quilómetros de Ponte de Lima, por onde corre a ribeira que lhe dá o nome. As águas, vindas do alto da serra de Arga, serpenteiam por entre pinheiros, vinhas e campos, criando aqui e ali pequenos lagos e represas ricos em truta e lampreia. Aqui, o azul da água contrasta com o verde dos campos, criando verdadeiros jardins naturais.
De cada lado da ribeira encontram-se casas em granito, alternadas com outras mais modernas, estando os dois lados da aldeia ligados por uma ponte. Do lado direito desta, encontra um moinho de pedra com a roda de madeira ainda intacta, verdadeiro símbolo da aldeia.
3. Azenhas do Mar
Esta autêntica obra-prima da arquitetura popular estende-se em socalcos pela arriba, com o cenário a enquadrar uma pequena baía, onde se construiu uma piscina oceânica. Foi local de férias do rei D. Carlos, de D. Amélia e de D. Maria Pia, mulher e mãe deste rei, respetivamente. A sua escola primária, construída em 1927, serviu de modelo aos edifícios das escolas do Estado Novo, destacando-se o painel de azulejos que ilustra episódios da nossa história nacional.
A aldeia faz parte da Região Demarcada de Colares, que se caracteriza pelas vinhas em chão de areia. O seu nome vem da grande quantidade de azenhas que por aqui existiam, e é hoje um dos mais célebres postais turísticos de Portugal.
4. Pias
Esta aldeia da freguesia e município de Cinfães encontra-se entre os 150 e os 200 metros de altitude, na margem esquerda do rio Bestança, considerado um dos rios mais limpos da Europa. A prosperidade da localidade deveu-se à proximidade ao rio e à construção de uma ponte na Idade Média, que permitiu desenvolver ainda mais a agricultura.
Esta é uma povoação atrativa para todas as classes sociais, com casas senhoriais a conviverem lado a lado com edifícios de arquitetura popular. A aldeia é rica em tradições, com destaque para o folclore e a gastronomia.
5. Santa Susana
Santa Susana tem arquitetura tipicamente alentejana e destaca-se pelas suas casas rés-do-chão caiadas de branco, com barra azul e grandes chaminés. Encontra-se entre duas ribeiras e está distanciada da sede do concelho por 15 km. Pode parecer uma antiga vila com arquitetura rural, mas as ruas geométricas e casas iguais não são fruto do acaso.
Foram construídas há mais de um século, tendo servido de alojamento temporário para trabalhadores agrícolas, que acabaram por aqui ficar. Não pode deixar de descobrir a gastronomia local e o artesanato em madeira de salgueiro e cortiça.
6. Curia
A aldeia encontra-se na freguesia de Tamengos, concelho de Anadia, e aqui encontra umas famosas termas com o mesmo nome. Foi um local muito procurado na primeira metade do século XX, tendo muito presente a arquitetura Belle Époque e Arte Nova.
Passou por um período de abandono, mas, após alguns programas de recuperação, tornou-se novamente num local procurado, tanto para tratamentos como apenas para lazer. Encontra-se a poucos quilómetros do centro de Coimbra e conta, assim, com uma das mais antigas estâncias termais do país.