António Marrare, cidadão napolitano, fixou-se em Lisboa no final do século XVIII, onde foi dono de vários cafés. O primeiro situava-se junto ao Teatro de S. Carlos, os outros abriram no Cais do Sodré, no Chiado e na Rua dos Sapateiros, todos foram pontos de reunião da melhor sociedade lisboeta. Foi no Café da Rua dos Sapateiros, também chamado “Marrare das Sete Portas”, fundado em 1804, que nasceu o célebre bife.
Uma variação do Bife à Marrare é o Bife à Café, em que o molho é feito não com natas mas com leite, e leva um pouco de mostarda e limão. Esta receita não leva café, a sua designação deve-se ao local onde era tradicionalmente servido.
Bife à Marrare
Ingredientes
- 1 bife do pojadouro (150/200 gr)
- 2 colheres sopa de manteiga
- qb sal grosso
- qb pimenta preta em grão
- 2 colheres sopa de natas
Preparação
- Derreta a manteiga numa frigideira de ferro, e coloque o bife a alourar dos dois lados. Esta operação deverá ser bastante rápida para que os sucos da carne não saiam.
- Tempere com sal grosso e pimenta moída.
- Escorra a gordura em que o bife fritou, conservando o bife na frigideira, e junte a restante manteiga.
- Reduza o lume e adicione as natas até engrossar o molho, agitando sempre a frigideira.
- Sirva acompanhado com batatas fritas em palitos
Dicas
- Este bife é muito apreciado por ter um molho muito saboroso e sobretudo se a carne for tenra.
- Um dos truques para que a carne seja mais tenra é deixa-la alguns dias no frigorífico. O número de dias depende da qualidade da carne e pode variar entre 2 e 5 dias.
- Se a carne tiver pouco sangue pode juntar-se uma colher pequena de farinha de trigo crua ou levemente torrada no forno quando se deita a manteiga.
- Na receita original, o Bife à Marrare não leva café no seu molho. Se preferir a versão com café, deve misturá-lo junto com as natas e acrescentar um pouco de conhaque (ou outra bebida alcoólica sem sabor forte).