Portugal é um país rico em património histórico e cultural, que reflete a sua longa e diversa trajetória ao longo dos séculos. Um dos exemplos mais notáveis desse património é o Castelo de Arnoia, uma fortaleza românica que se situa no concelho de Celorico de Basto, no Norte de Portugal. Este castelo é um testemunho vivo da história e da identidade desta região, que foi palco de importantes acontecimentos e transformações ao longo do tempo.
O Castelo de Arnoia foi construído no século X, no contexto da Reconquista cristã, como uma das defesas da Terra de Basto, uma região estratégica na fronteira entre os reinos cristãos e muçulmanos.
O castelo foi reforçado e ampliado nos séculos seguintes, acompanhando as mudanças políticas e sociais que afetaram o território. Foi também um símbolo do poder senhorial e da organização administrativa da Terra de Basto, que tinha como sede a vila de Basto, situada junto ao castelo.
No entanto, com o advento da paz e da estabilidade política, o castelo perdeu a sua função militar e foi progressivamente abandonado. Em 1717, as elites locais mudaram a sede do concelho para a freguesia de Britelo, onde hoje se localiza Celorico de Basto, deixando o castelo ao abandono.
O castelo foi classificado como Monumento Nacional em 1946 e desde então tem sido alvo de várias intervenções de conservação e restauro, visando preservar e valorizar este património único.
Origens e evolução do castelo
As origens do Castelo de Arnoia remontam ao século X, quando foi construído como uma das defesas da Terra de Basto, uma região que foi palco de frequentes conflitos entre cristãos e muçulmanos durante a Reconquista. O castelo foi reforçado nos séculos XI e XII, no âmbito do movimento de encastelamento que marcou o território europeu nessa época.
O castelo tem uma planta irregular, adaptada ao terreno, e é composto por quatro elementos principais: a torre de menagem, o torreão quadrangular, a porta única e a cisterna. A torre de menagem é o elemento mais alto e imponente, com cerca de 17 metros de altura. Foi reconstruída no século XX, recuperando o último piso e as ameias que tinham desaparecido.
O torreão quadrangular é uma estrutura maciça que servia para reforçar a muralha. A porta única é o único acesso ao interior do castelo, situada na face sul. A cisterna é um reservatório subterrâneo que garantia o abastecimento de água em caso de cerco.
O Castelo de Arnoia foi habitado entre os séculos XIV e XVI, como atestam os vestígios arqueológicos encontrados no seu interior. Nessa época, o castelo era um símbolo do poder senhorial e da organização administrativa da Terra de Basto, que tinha como sede a vila de Basto, situada junto ao castelo.
No entanto, com o advento da paz e da estabilidade política, o castelo perdeu a sua função militar e foi progressivamente abandonado. Em 1717, as elites locais mudaram a sede do concelho para a freguesia de Britelo, onde hoje se localiza Celorico de Basto, deixando o castelo ao abandono.
Património e turismo
O Castelo de Arnoia foi classificado como Monumento Nacional em 1946, reconhecendo o seu valor histórico e arquitetónico. Desde então, tem sido alvo de várias intervenções de conservação e restauro, visando preservar e valorizar este património único. O castelo está aberto à visitação gratuita e oferece uma vista panorâmica sobre a paisagem envolvente.
É também um dos pontos de interesse da Rota do Românico, um projeto que promove o conhecimento e a fruição do património românico da região. Além do castelo, há outros monumentos românicos em Celorico de Basto que merecem uma visita, como o Mosteiro de São Bento de Arnoia, a Igreja do Salvador de Fervença, a Igreja do Salvador de Ribas e a Igreja de Santa Maria de Veade.
O concelho de Celorico de Basto tem ainda outros atrativos turísticos, como a gastronomia típica (destacando-se o pão-de-ló e as cavacas), o vinho verde (de qualidade demarcada), as festas e romarias (como a Festa Internacional das Camélias), os parques naturais (como o Parque do Freixieiro) e as quintas históricas (como a Quinta do Prado).
Trabalhei um ano em Celorico de Basto. Adorei aquelas pessoas!