Se gosta de história e de natureza, não pode perder a oportunidade de conhecer o castro de Curalha, um dos mais importantes sítios arqueológicos da região de Trás-os-Montes. Este castro remonta à época celta e foi habitado até ao período romano. Hoje em dia, pode admirar as suas muralhas, as ruínas das suas casas e o seu pinheiro manso centenário, que domina a paisagem.
O castro de Curalha fica na aldeia de Curalha, a cerca de 6 km de Chaves, na margem direita do rio Tâmega. É um lugar ideal para fazer uma escapadinha rural e desfrutar da tranquilidade e da beleza desta zona do norte de Portugal.
Neste artigo, vamos contar-lhe tudo o que precisa de saber sobre o castro de Curalha: a sua história, as suas características, como chegar lá e o que fazer na aldeia. Vamos também responder a algumas perguntas frequentes e dar-lhe algumas dicas para aproveitar ao máximo a sua visita. Vamos começar?
A história do castro de Curalha
O castro de Curalha é um dos muitos castros que existem em Portugal e que são testemunhos da cultura celta. Os castros eram povoações fortificadas que se situavam em locais estratégicos, como colinas ou montes, para se protegerem dos inimigos. Os celtas eram um povo guerreiro que se espalhou pela Europa entre os séculos VIII e I a.C.
Terá sido construído entre os séculos VIII e VII a.C. e ocupado até aos séculos II ou III d.C., quando os romanos conquistaram a Península Ibérica. Durante esse tempo, o castro foi sofrendo algumas alterações e adaptações às novas circunstâncias históricas e culturais.
O castro tinha três linhas de muralhas concêntricas em forma de pirâmide, com três portas e rampas de acesso. Dentro das muralhas, havia várias casas circulares ou ovais, feitas de pedra e com telhados de colmo. As casas estavam alinhadas ao longo das muralhas e tinham um pátio interior.
Tinha também uma cisterna para armazenar água e um forno para cozer pão. No centro do castro, havia um espaço aberto que servia como praça ou mercado. O castro estava ligado à antiga estrada romana que ligava Chaves a Braga (hoje N131) e que era uma via importante para o comércio e a comunicação.
Foi abandonado no final do período romano, provavelmente por causa das invasões bárbaras ou da decadência do Império Romano. Durante séculos, o castro ficou esquecido e coberto pela vegetação. Foi redescoberto no século XIX por alguns estudiosos locais e escavado no século XX por arqueólogos.
Hoje em dia, o castro é um monumento nacional e um dos mais bem conservados do concelho de Chaves. É também um dos mais visitados pelos turistas que querem conhecer um pouco mais da história e da cultura desta região.
Como visitar o castro de Curalha
Quando chegar ao castro de Curalha, vai poder ver as ruínas das muralhas, das casas e de outros elementos que compunham esta antiga povoação. Vai poder também apreciar a vista panorâmica sobre o rio Tâmega, a aldeia de Curalha e os campos agrícolas que a rodeiam.
Um dos elementos mais emblemáticos do castro é o pinheiro manso que se ergue no centro do monte. Este pinheiro tem mais de 100 anos e é considerado um símbolo da aldeia e do castro. Diz-se que foi plantado por um padre que queria marcar o lugar onde se celebrava a missa aos domingos.
Outro elemento interessante é a cisterna, que era usada para guardar água da chuva. A cisterna tem uma forma circular e está coberta por uma abóbada de pedra. Tem cerca de 3 metros de diâmetro e 2 metros de profundidade.
No castro, pode também ver alguns vestígios de cerâmica, moedas, objetos de bronze e outros artefatos que foram encontrados nas escavações arqueológicas. Estes objetos mostram um pouco da vida quotidiana dos habitantes do castro e das suas relações com outros povos.