A presença dos romanos na Península Ibérica teve um impacto significativo na região. Durante quase 700 anos, os romanos permaneceram na Península Ibérica e durante este tempo os costumes das pessoas alteraram-se e foram construídos edifícios e estruturas que influenciaram bastante o modo de vida da população. A todas as alterações provocadas pela presença dos romanos na Península Ibérica chama-se romanização.
Algumas das principais cidades romanas na Península Ibérica incluem Bracara Augusta (atual Braga), Pax Julia (atual Beja), Olisipo Felicitas Julia (atual Lisboa), Ebora Liberalitas Julia (atual Évora), Ossónoba (atual Faro) e Aquae Flaviae (atual Chaves). Essas cidades foram construídas pelos romanos durante a sua presença na Península Ibérica.
A civilização romana teve uma grande influência no mundo ocidental e a sua história continua a ter um impacto significativo até os dias de hoje. Os romanos assimilaram muitos aspectos da cultura dos povos vencidos, principalmente dos gregos.
A arquitetura romana foi uma importante manifestação artística dos romanos na antiguidade. Eles alcançaram grande eficiência na construção de aquedutos, banhos públicos, pontes e mercados. A arquitetura romana também foi expressiva na construção de templos, palácios, pórticos, tribunais, mosteiros e igrejas.
Os romanos introduziram na arquitetura novos materiais, como o uso do cimento, e também novas técnicas. O arco, desconhecido dos gregos, foi uma inovação dos romanos. Além disso, a influência grega é notória uma vez que os romanos também construíram templos, palácios e pórticos.
A economia romana baseava-se na agricultura. Os romanos utilizavam o arado com auxílio de gado para semear a terra e também provinham de instrumentos maiores para a realização da colheita.
No âmbito económico, houve trocas comerciais entre os estrangeiros e os romanos. Nas relações culturais, a arte e a língua foram influenciadas, por exemplo, surgiram variações do latim em contato com o idioma dos diferentes povos.
Os romanos deixaram em Portugal inúmeros vestígios da sua passagem pelo nosso país, desde ruínas de vilas, cidades, estradas e locais de culto ou até mesmo industriais, podendo ser apreciadas pontes, teatros, barragens e aquedutos um pouco por todo o território.
Alguns destes monumentos romanos ainda continuam de pé e são testemunhas imponentes das avançadas técnicas de construção deste povo, com muitos destes monumentos a serem usados até há relativamente pouco tempo.
A Ponte Romana de Trajano em Chaves, por exemplo, foi usada para tráfego automóvel até há 20 anos atrás, apesar de já contar com uns respeitáveis 2000 anos de idade.
A arquitetura romana deixou sua marca nas cidades ibéricas com a construção de edifícios e estruturas impressionantes que resistem até aos dias de hoje, como pontes ou aquedutos.
A presença dos romanos na Península Ibérica teve um impacto profundo em vários aspectos da sociedade ibérica. A romanização trouxe mudanças nas relações económicas, culturais e religiosas da região. Confira o nome de algumas aldeias, vilas e cidades portuguesas no tempo dos romanos:
- Aeminium (Coimbra)
- Ammaia (São Salvador da Aramenha)
- Acoutínio (Alcoutim)
- Aquae Flaviae (Chaves)
- Arábriga (Alenquer)
- Aranis, talvez Arandis (Santa Bárbara de Padrões, Castro Verde)
- Arécio (Alvega)
- Aruci ou Civitas Arucitana Nova (Moura)
- Alavário (Aveiro)
- Avêntela (Arrentela, freguesia da cidade do Seixal)
- Bésuris; Esuri (Castro Marim)
- Balatucelo (Bobadela, Oliveira do Hospital)
- Balsa (Perto de Luz de Tavira)
- Balto (Albufeira)
- Bevipo (Alcácer do Sal)
- Bracara Augusta (Braga)
- Cale (Vila Nova de Gaia)
- Cetóbriga (Setúbal)
- Calípolis (Vila Viçosa)
- Castra Leuca (Castelo Branco)
- Cilpes (Rocha Branca, Silves)
- Cinético Jugo (Cabo de Sines)
- Civitas Aravoro (Marialva)
- Civitas Igeditanoro (Idanha-a-Velha)
- Centum Cellae; Centum Celas (Colmeal da Torre, Belmonte)
- Colipo (Leiria)
- Conímbriga (Condeixa-a-Velha, Sul de Coimbra)
- Conistorgis (localização desconhecida no Algarve ou Baixo-Alentejo)
- Dúmio (Dume)
- Ebora, Ebora Cerealis, Liberalitas Júlia (Évora)
- Eburobrício (Óbidos)
- Egitânia (Idanha-a-Velha)
- Aquabona (Coina, Barreiro)
- Ipses (Alvor)
- Lacóbriga (provavelmente na zona de Lagos)
- Lancóbriga (Fiães, Santa Maria da Feira)
- Lameco (Lamego)
- Lorica (Loriga, Seia)
- Longóbriga (Longroiva, Mêda)
- Malateca (Marateca, Palmela)
- Métalo Vispascense (Mina de Aljustrel)
- Miróbriga Celticoro, ou Miróbriga (próximo de Santiago do Cacém)
- Mondóbriga (Alter do Chão)
- Moron (próximo de Santarém. Também apontado como Chões de Alpompé)
- Mírtilis (Mértola)
- Olisipo Felicidade Julia, Olisipo, Ulissípolis, Felicidade Júlia Olisipo, Ulisseia (Lisboa)
- Opidana ou Lância Opidana (Guarda)
- Ossónoba (Faro)
- Pax Júlia, Pax Augusta, Colónia Pacense (Beja)
- Porto Alacer (Portalegre)
- Portus Cale (Porto)
- Portus Hannibalis ou Porto de Aníbal (Portimão. Nome associado ao general Aníbal Barca.)
- Salácia (Alcácer do Sal)
- Sáurio (Soure)
- Escálabis (Santarém)
- Segóbriga (Segóvia, Campo Maior)
- Sélio (Tomar)
- Sirpe (Serpa)
- Talabara (Alpedrinha, Fundão)
- Talábriga (Marnel, Águeda)
- Tongóbriga (Marco de Canaveses)
- Trício (Covilhã)