O pássaro dodó, nativo da ilha Maurícia, no Oceano Índico, era uma grande ave não voadora, que contava com uma aparência única. Parente próximo do solitário-de-rodrigues, também extinto, o dodó não contava com predadores naturais até que os homens chegaram à ilha. Em menos de um século, o pássaro dodó extinguiu-se. Hoje, é conhecido como um dos exemplos mais citados de extinção induzida pelo homem.
Este animal tinha cerca de 1 metro de altura e pesava à volta de 15kg, contando com um bico largo e bulbosa, que tinha uma ponta ligeiramente curvada. Conhecemos a sua aparência devido a desenhos, pinturas e relatos escritos durante o século XVII, que evidenciavam a sua plumagem cinzento-acastanhada, os seus pés amarelos, o tufo de penas na cauda, a cabeça cinza e nua e o seu bico verde, preto e amarelo.
Apesar de existirem poucas descrições do seu habitat preferido, alguns relatórios e esboços apresentam a ideia de que este animal de encontrava em florestas, nas partes secas da costa da ilha. No entanto, foram encontrados vestígios destes animais em cavernas costeiras e terras altas, sugerindo que estas aves também viveram em regiões montanhosas.
E como se deu a sua extinção? O pássaro dodó foi descoberto por portugueses por volta de 1507. Este animal, como não tinha predadores, não tinha medo dos humanos, e os marinheiros rapidamente dizimaram as populações de dodós, porque estes eram uma fonte fácil de carne fresca para as viagens marítimas.
Afinal, a carne não abundava a bordo de naus e caravelas e, por isso, quando o navio parava para abastecer, os marinheiros caçavam a fauna local. Isto era especialmente frequente na ilha Maurícia, que estava numa localização privilegiada na rota que ligava Portugal à Índia.
O golpe final foi dado pela colonização humana desta ilha e pela introdução de animais como os porcos e macacos, que levaram a uma maior competição por comida e a uma perda do habitat dos dodós. Assim, o último dodó foi morto em 1681, e a espécie perdeu-se para sempre.
Com o tempo, tornou-se num símbolo do impacto que os humanos têm no mundo natural, com o seu legado a servir como uma lembrança da importância da conservação do ambiente e proteção das espécies animais ameaçadas de extinção.
Este papel do dodó como alerta para a intervenção humana nos ecossistemas é aprovado pelo governo da ilha Maurícia, que usa igualmente a imagem desta ave em moedas, selos e outros símbolos nacionais.
Ainda em relação ao dodó, já muito se falou sobre a sua desextinção, tema controverso que tem sido debatido por cientistas e conservacionistas. Uma startup de biotecnologia e engenharia genética, a Colossal Biosciences, chegou a arrecadar 150 milhões de dólares em fundos para o seu projeto de “desextinção” do pássaro dodó.
Esta empresa pretende usar avanços na sequenciação do ADN antigo, assim como tecnologias de edição genética e biologia sintética para trazer o dodó de volta para a ilha Maurícia.
No entanto, muitos entendidos argumentam que a desextinção pode não ser uma opção viável, servindo, ao mesmo tempo, para distrair a humanidade da ameaça constante que muitas espécies animais ainda sofrem nos nossos dias.
Assim, talvez no futuro seja possível apreciar o pássaro dodó, de volta no seu habitat original. No entanto, convém não esquecer que muitos animais hoje em dia enfrentam graves ameaças e que a sua proteção é fundamental, para evitar que existam mais casos como o deste pássaro mítico.
Os portugueses descobriram esta ilha mas nao a quiseram. Os holandeses depois è que a colonizaram e intruduziram fauna e animais o que levou à extinçao ois dodòs.