Os coretos são espaços públicos que muitas vezes ignoramos. Passamos por eles como se fossem cartazes de publicidade. Embora não lhes prestemos muita atenção, eles acabam por ficar na nossa memória, porque os vemos em muitos lugares: desde pequenas aldeias até jardins das grandes cidades.
Se não soubéssemos o nome deles, provavelmente não perceberíamos a razão da sua existência, mas entenderíamos que devem ter sido importantes no passado. Ainda assim, eles continuam por aí, e alguns ainda têm o mesmo propósito de antigamente.
Os coretos não são apenas para as bandas tocarem música para a comunidade – são também parte da identidade local e motivo de orgulho para muitas freguesias. A presença dos coretos está ligada ao surgimento dos jardins públicos, que começaram a aparecer no século XVIII e XIX. A ideia era criar espaços verdes para todos, inspirados no romantismo.
França foi um dos primeiros países a criar esses espaços comunitários, depois da Revolução Francesa, e Inglaterra seguiu o exemplo. Em pouco tempo, os coretos tornaram-se comuns na Europa e um símbolo das localidades onde estavam.
O coreto, como espaço para música, começou a aparecer mais frequentemente a partir do século XVIII. Normalmente, eram colocados no centro dos jardins, quase como se o jardim fosse construído à volta deles. Assim, podemos dizer que os coretos foram os primeiros “rádios” do mundo, muito antes de esse aparelho ser inventado.