Quando queremos agradecer a alguém por algo que nos fez ou nos deu, usamos a palavra “obrigado”. Mas já alguma vez pensaste de onde vem essa palavra e como ela se tornou uma forma de agradecimento? Neste artigo, vamos explorar a origem e a evolução da palavra “obrigado” na língua portuguesa, desde o latim até aos nossos dias. Vamos também comparar com outras línguas e ver como se diz “obrigado” em diferentes contextos e situações.
A palavra “obrigado” tem uma origem muito antiga e curiosa. Ela vem do particípio passado do verbo latino “obligo”, que significa ligar ou vincular. Esse verbo também deu origem ao verbo português “ligar” e ao adjetivo espanhol “obligado”.
No latim, o particípio passado de “obligo” era “obligatus”, que podia significar tanto ligado como obrigado. Por exemplo, uma frase como “Obligatus sum tibi” podia ser traduzida como “Estou ligado a ti” ou “Estou obrigado a ti”.
A origem latina da palavra “obrigado”
A palavra “obrigado” vem do particípio passado do verbo latino “obligo”, que significa ligar ou vincular. Esse verbo também deu origem ao verbo português “ligar” e ao adjetivo espanhol “obligado”. No latim, o particípio passado de “obligo” era “obligatus”, que podia significar tanto ligado como obrigado. Por exemplo, uma frase como “Obligatus sum tibi” podia ser traduzida como “Estou ligado a ti” ou “Estou obrigado a ti”.
A evolução da palavra “obrigado” na língua portuguesa
Com o tempo, o latim foi-se transformando nas línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês, o italiano, etc. Nesse processo, a palavra “obligatus” foi sofrendo algumas alterações fonéticas e semânticas. Por exemplo, em português, o “g” passou a ser pronunciado como “gu” antes de “a” e “o”, e o “u” final caiu. Assim, “obligatus” tornou-se “obrigado”.
Mas “obrigado” não era apenas uma forma verbal ou um adjetivo. Também se tornou uma forma de agradecimento. Como é que isso aconteceu? Bem, parece que a origem dessa mudança está nas expressões mais complexas que se usavam nas cartas antigas, como por exemplo: “Muito Venerador e Obrigado a Vossa Mercê”.
Nessa expressão, o “obrigado” tinha o sentido de estar em dívida ou em obrigação com alguém por um favor recebido. Com o tempo, essa expressão foi-se simplificando e o “obrigado” perdeu o sentido original de obrigação e passou a ser usado como uma interjeição fixa para agradecer.
A comparação com outras línguas
Se olharmos para outras línguas, vamos ver que existem diferentes formas de agradecer. Por exemplo:
- Em inglês, diz-se “thank you” ou “thanks”, que vem da expressão “thanks to you”, ou seja, “graças a ti”.
- Em francês, diz-se “merci”, que vem da expressão “merci à votre grâce”, ou seja, “graças à vossa graça”.
- Em espanhol, diz-se “gracias”, que vem da palavra latina “gratia”, que significa graça ou favor.
- Em alemão, diz-se “danke”, que vem da palavra germânica “þankōn”, que significa pensar ou agradecer.
- Em japonês, diz-se “arigatō”, que vem da palavra japonesa antiga “arigatai”, que significa difícil de obter ou raro.
Como podemos ver, cada língua tem a sua própria forma de expressar gratidão, baseada na sua história e cultura. O português é uma das poucas línguas que usa uma palavra derivada do verbo “obrigar” para agradecer.
Como se diz “obrigado” em diferentes contextos e situações
A palavra “obrigado” pode ser usada em diferentes contextos e situações, dependendo do grau de formalidade, do género e do número do falante e do interlocutor. Por exemplo:
- Se quisermos ser mais formais ou respeitosos, podemos usar a expressão “muito obrigado” ou “muito agradecido”.
- Se quisermos ser mais informais ou simpáticos, podemos usar a expressão “obrigadinho” ou “obrigadão”.
- Se quisermos ser mais enfáticos ou exagerados, podemos usar a expressão “obrigadíssimo” ou “super obrigado”.
- Se quisermos concordar com o género e o número do falante, podemos usar as formas “obrigado” (masculino singular), “obrigada” (feminino singular), “obrigados” (masculino plural) ou “obrigadas” (feminino plural).
- Se quisermos responder a um agradecimento, podemos usar a expressão “de nada” ou “não há de quê”.