Trás-os-Montes sempre despertou o fascínio e a curiosidade de quem a visita, sendo berço de culturas milenares e de idiomas que não são falados em mais lado nenhum. Habituados a estarem longe dos roteiros turísticos, os transmontanos souberam preservar o seu património, monumentos, cultura e tradições como ninguém.
Só recentemente é que esta região se abriu para o mundo e começou a ser descoberta, graças à construção de autoestradas. No entanto, existe ainda muito para conhecer, por entre pequenas aldeias, parques naturais ou montanhas cheias de encantos. E existem também muitos trilhos e percursos pedestres devidamente sinalizados para que possa descobrir todos estes locais de forma segura e em contacto com a natureza envolvente.
Para que comece a planear a sua visita, deixamos-lhe alguns pontos que não pode perder em Trás-os-Montes. Escolha os seus preferidos e para à descoberta que tem muito mais para descobrir do que aquilo que possa imaginar.
1. Rio Poio
As águas deste rio foram usadas durante muitos anos para o funcionamento de moinhos e azenhas, sendo as suas ruínas ainda visíveis em locais menos acessíveis deste magnífico percurso.
É também no rio Poio que se situa a cascata Cai d’Alto, na freguesia de Cerva, em Ribeira de Pena. Esta cascata tem cerca de 60 metros de altura, e o seu curso de água conflui numa lagoa, local muito usado para a prática de desportos como a canoagem e canyoning.
2. Vilarinho de Negrões
As casas desta aldeia encontram-se praticamente rodeadas por água, o que lhe dá um aspeto único no nosso país. Nesta localidade encontrará sossego e tranquilidade, assim como um património natural e arquitetónico de relevo.
Não pode deixar também de se deliciar com as iguarias regionais. Vilarinho de Negrões merece uma visita mais demorada, para que possa descobrir todos os segredos desta aldeia e da região envolvente.
3. Parque Natural de Montesinho
É um dos maiores parques naturais de Portugal, contando com paisagens belíssimas aldeias tradicionais e encantadoras, como Rio de Onor, Montesinho e Gimonde.
Seja no pico do calor ou no extremo do frio, clima típico da região, não pode perder a paisagem do alto da Serra. Caso queira conhecer espécies autóctones da região, como o burro Mirandês e o porco bísaro, não pode deixar de visitar o Parque Biológico de Vinhais.
4. Rio de Onor
Esta aldeia é conhecida por estar dividida entre uma parte espanhola e outra portuguesa. É também uma das últimas aldeias comunitárias do nosso país, o que significa que os seus habitantes partilham algumas coisas e se entreajudam.
Assim, ainda poderá ver o forno comunitário, que é partilhado por todos, tal como os terrenos agrícolas e o rebanho que pasta nesses terrenos. Infelizmente, o estilo de vida comunitário já não é tão praticado, devido à avançada idade dos habitantes.
5. Lagos do Sabor
Ao longo de uma extensão de 70 km, por entre os concelhos de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Torre de Moncorvo, podemos encontrar uma série de lagos, que estão ligadas entre si por gargantas e penhascos.
Estes lagos nasceram com a construção da barragem do Baixo Sabor, levando a uma mudança de cenário. Aqui encontrará paisagens de cortar a respiração e um autêntico santuário de vida selvagem.
6. Mosteiro de Pitões das Júnias
Este é um local totalmente isolado do mundo exterior, onde os monges viviam em recolhimento e dependentes apenas de si próprios e do que a terra lhes dava.
Sabe-se que este mosteiro é mais antigo do que a fundação de Portugal, acreditando-se que os primeiros eremitas aqui se estabeleceram ainda no século IX. Mas a única certeza que temos em relação a este mosteiro, obtida através de documentos oficiais, é que já existia em 1247.