A população de Portugal concentra-se sobretudo na faixa litoral que vai desde a zona metropolitana do Porto até Setúbal. As razões para esta maior concentração de população nesta área devem-se sobretudo à maior oportunidade de emprego nestes locais que, com o tempo, levou também a uma maior concentração de escolas e hospitais e, consequentemente, de uma maior qualidade de vida.
O desenvolvimento de cidades de tamanho médio e a distribuição harmoniosa da população por todo o país é ainda uma miragem e urge criar medidas para apoiar a fixação de população no interior do país. O interior de Portugal possui boas condições para o desenvolvimento das suas cidades que ainda não são devidamente aproveitadas.
A demasiada concentração de pessoas no litoral conduzirá, a médio e a longo prazo, a consequências desastrosas, tanto para o litoral como para o interior. Reverter esta tendência é crucial para o futuro do país. Descubra as maiores cidades de Portugal.
15. Odivelas (144.549 habitantes)
Nestes terrenos férteis multiplicam-se as quintas, e os seus proprietários surgem, amiúdas vezes, ligados ao comércio e à cultura. É o caso do pintor Vieira Lusitano, que foi o centro de uma atribulada história de amor com uma das filhas dos donos da Quinta dos Falcões, na Pontinha.
Anos depois, um dos proprietários de uma das quintas de Póvoa de Santo Adrião será o pintor Pedro Alexandrino, que deixou obras na igreja local e em Lisboa, na Sé, no Palácio de Queluz e no Museu dos Coches. Odivelas sofreu alguns estragos com o terramoto de 1755, mas levou a que muitos lisboetas se fixassem na zona, à procura de ares mais saudáveis.
14. Guimarães (158.124 habitantes)
O seu centro histórico encontra-se ligada à formação e identidade de Portugal, e foi classificado Património Mundial da UNESCO com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado.
A cidade tem ainda hoje um conjunto patrimonial harmonioso e bem preservado, bem patente nas casas senhoriais, nos arcos que ligam as ruas estreitas, nas torres e claustros, nas varandas de ferro e nos alpendres de granito. Não podemos deixar de destacar a casa Mota Prego, o Palácio de Vila Flor e o Largo do Toural, autênticas joias da cidade que contribuem para a sua atmosfera única.
13. Seixal (158.269 habitantes)
Pouco se sabe da sua história remota, mas pensa-se que a sua origem terá sido um pequeno núcleo de pescadores. O seu nome poderá estar associado à grande quantidade de seixos existente nas praias ribeirinhas, que seriam usados como lastro nas embarcações. Foi aqui que os irmãos Vasco e Paulo da Gama construíram as embarcações que os levaram à Índia, até porque Estêvão da Gama, o pai dos navegadores, foi Comendador do Seixal.
Em inícios do século XVI, a população rondava as três dezenas de fogos. No dealbar do século XVIII, o número de habitantes era de cerca de 400 pessoas. Com o tempo, no entanto, a cidade foi crescendo cada vez mais.
12. Gondomar (168.027 habitantes)
Encontra-se em vales amenos e férteis e é famosa pelos trabalhos em ourivesaria, uma atividade com séculos de existência e que se pensa remontar ao tempo de visigodos e celtas. A origem da atividade encontra-se diretamente relacionada com as minas de ouro que existem na região, que se encontram encerradas há mais de 2 séculos.
Destacamos a filigrana em ouro e prata, cujo rendilhado complexo pensa dever-se a influência dos mouros da Península Ibérica, podendo-se encontrar trabalhos executados manualmente com grande riqueza e originalidade.
11. Oeiras (172.120 habitantes)
Encontra-se à beira mar e a cerca de 10 km de Lisboa, e foi ao longo dos séculos o local escolhido por muitas famílias nobres como residência de verão. Destacamos o Palácio do Marquês de Pombal, ministro que muito contribuiu para o desenvolvimento de Oeiras e para a sua elevação a vila.
No século XVII, edificaram-se uma série de fortificações que defendiam a barra do Tejo e a entrada de Lisboa, como o Forte das Maias e o bem conhecido Forte do Bugio. Não pode deixar de visitar, aos domingos, as feiras de velharias que animam os jardins da vila.
10. Almada (174.030 habitantes)
Encontra-se na margem sul do Tejo e é um dos melhores miradouros sobre a cidade de Lisboa, bem visível a partir de pontos de observação como o castelo, o elevador panorâmico da Boca do Vento e a estátua do Cristo-Rei, que foi erguida em 1959. Em tempos, foi um local de veraneio muito procurado pela corte, que aqui mandou erigir alguns edifícios e casas nobres.
Hoje, a cidade mantém o seu crescimento, que se acentuou após a inauguração da ponte sobre o Tejo em 1966. Ao contrário do que se possa pensar, Almada não vive apenas em função da capital, sendo uma cidade com vida própria e palco de eventos como o Festival de Teatro.
9. Amadora (175.136 habitantes)
Encontra-se nos arredores de Lisboa e desenvolveu-se de forma extraordinária no século XX, tendo sido escolhida como local de residência por milhares de pessoas, que trabalham na capital e que facilmente se deslocam através de comboio ou automóvel.
Em termos de animação cultural, destacamos as Festas da Cidade, que contam com uma vasta animação cultural e a Feira do Livro, o Festival Internacional de Banda Desenhada e a Corrida de São Silvestre, que acontece na noite do fim do ano e é uma das provas de atletismo mais disputadas a nível nacional.
8. Matosinhos (175.478 habitantes)
Está situada na foz do rio Leça e tem uma posição privilegiada junto do mar. As primeiras referências a Matosinhos remontam ao século XI, altura em que se chamava Matesinus. Recebeu foral de D. Manuel I, em 1514, mas só foi reconhecida como vila no século XIX. Em 1909, foi elevada a sede de concelho e tornou-se cidade em 1984. Originalmente, era uma tradicional localidade piscatória, onde se produzia sal.
Hoje, é o principal porto de pesca do país e beneficia de uma indústria muito desenvolvida (conservas, metalomecânica e transformação de madeira). Podemos destacar os três principais fatores para o desenvolvimento económico da região: o Porto comercial de Leixões, a refinaria da Petrogal e a Exponor, palco de grandes eventos internacionais.
7. Braga (181.494 habitantes)
A Sé de Braga é a mais antiga do nosso país e foi a maior referência religiosa de Portugal ao longo dos séculos. A cidade sempre foi muito marcada pela ação eclesiástica, o que se refletiu no seu enriquecimento, especialmente nos séculos XVI e XVIII.
O desenvolvimento atual da cidade deve-se em muito à industrialização e à fixação da Universidade. Não pode perder um passeio pelo Centro Histórico ou por um dos vários santuários que se localizam na região, assim como as Solenidades da Semana Santa e a Festa de São João Batista.
6. Loures (205.094 habitantes)
Situa-se nos arredores de Lisboa e é conhecida como a zona saloia, por ser aqui que se situavam as hortas que antigamente abasteciam a capital. Foi também zona de lazer de nobres, como atestam o Palácio e Quinta do Correio-Mor, do séc. XVIII, e a Quinta do Conventinho, onde se situa hoje o Museu Municipal.
Nos arredores, podemos destacar a Igreja Matriz de Odivelas, do século XIII (e reedificada no séc. XVII), e o Palácio dos Arcebispos, em Santo Antão do Tojal, do séc. XVIII, e que é palco da animada feira setecentista, que se realiza todos os anos.
5. Cascais (206.479 habitantes)
Era uma vila piscatória que se desenvolveu muito no século XIV, já que era um porto de escala de grande movimento. Mas foi a partir da segunda metade do séc. XIX, quando os banhos de mar passaram a ser mais apreciados, que Cascais se transformou numa estância de veraneio da moda, graças ao impulso de D. Luís I, que converteu, em 1870, a fortaleza da cidadela numa residência de verão da monarquia.
A nobreza rapidamente seguiu o seu exemplo, o que transformou completamente a vila de pescadores. Hoje, Cascais é um local muito animado e cosmopolita, que conserva o seu ar aristocrático.
4. Porto (237.591 habitantes)
É a capital do Norte e uma cidade antiga que deu nome ao nosso país e a um vinho reconhecido em todo o mundo. Encontra-se junto da foz do Douro e tem um conjunto patrimonial excecional, sendo o seu centro histórico Património Mundial da UNESCO desde 1996. A sua população é empreendedora e tem uma forte vocação mercantil.
Para melhor conhecer esta belíssima cidade, recomendamos que a percorra devagar, absorvendo as suas ruas e edifícios históricos, e procurando uma perspectiva diferente num dos diversos passeios pelo rio que pode realizar.
3. Vila Nova de Gaia (302.295 habitantes)
Esta localidade junto ao rio Douro foi povoada desde tempos remotos, mas foi no século XVIII que conheceu um grande desenvolvimento, já que aqui foram instalados os armazéns do vinho do Porto, que aqui chegava nos barcos rabelos para envelhecer nas caves.
Como é óbvio, sugerimos que visite uma das muitas Caves históricas que por aqui se mantêm. Destacamos também o Mosteiro da Serra do Pilar, cuja localização privilegiada fez com que fosse usado como fortaleza, e de onde terá uma vista única sobre o Porto.
2. Sintra (377.835 habitantes)
Esta lindíssima vila, no sopé da serra de Sintra, conta com caraterísticas únicas, o que levou a que a UNESCO a classificasse como Património Mundial, numa categoria específica para o efeito: a de Paisagem Cultural. Sintra foi muito apreciada por reis e nobres, e exaltada por escritores e poetas, como Lord Byron, que lhe chamou “Éden glorioso”.
Hoje, podemos aqui encontrar um rico acervo de chalets e quintas, muitos dos quais transformados em Turismo Rural ou de Habitação, e envolvidos pelo rico património e pela paisagem verdejante do Parque Natural Sintra-Cascais.
1. Lisboa (547.733 habitantes)
Na margem direita do estuário do Tejo, a nossa capital assenta em encantadoras colinas e tem uma posição geográfica única. Encanta artistas há séculos, com o seu casario claro a trepar sobre as colinas, sobressaindo o ocre dos telhados na paisagem, bem como os azulejos nas fachadas e as ruelas tortuosas dos bairros antigos. Foi um local de eleição para trocas comerciais, começando a sua história na Alis-Ubbo fenícia.
Transformou-se, no século II, na romana Felicita Julia Olisipo, e depois na Aschbouna árabe. Em 1147, foi conquistada por D. Afonso Henriques, e, em 1255, converteu-se na capital de Portugal.
A população é dos concelho não é das cidades. Sintra e Cascais são vilas (não querem ser cidades), é mais chique.
É a população dos concelhos não é a população das cidades. Só em Lisboa e no Porto as duas cidades correspondem aos limites dos concelho.
A população é dos municípios/concelhos não é a população das cidades. É diferente a população da àrea urbana da cidade e a população do município. Sintra é uma vila, nem é cidade, pequena mas tem um concelho/município com muita população.