Quais são os melhores locais para visitar no Norte de Portugal? Se há algo que nos sabe bem, é fazer uma pequena escapadinha, aos fins-de-semana ou quando existem feriados que nos permitem tirar uns dias extra de férias. E alguns dos melhores locais para escapadinhas estão no Norte de Portugal, onde a tradição se mantém viva e o passado teima em estar ainda presente, em locais ricos em história e calma.
E com a gastronomia como ponto forte da região, não é de admirar que mais e mais pessoas procurem o Norte de Portugal para umas miniférias. Locais como o Parque Nacional da Peneda Gerês, o Douro, o Minho ou Trás-os-Montes são regiões que sabem receber bem e que nunca desiludem quem os visita. A vontade de regressar é constante após cada viagem.
Por isso mesmo, faça já os seus planos para o próximo fim de semana e visite uma das regiões mais tradicionais e genuínas do país. Descubra alguns dos melhores locais para visitar no Norte de Portugal.
1. Porto
Não há quase nada que se pode dizer sobre o Porto que não seja já conhecido pela grande maioria das pessoas. A cidade invicta, berço de uma população cheia de garra e muito genuína, é um dos grandes destinos turísticos do Norte de Portugal e, nos últimos anos, afirmou-se como atração de nível europeu.
As ruas do seu centro histórico, íngremes e sinuosas, escondem pequenos pormenores que vale a pena serem descobertos. A Ribeira é um dos melhores locais para desfrutar da cidade e comer uma francesinha. Mas se quiser apreciar as melhores vistas do Porto, atravesse o rio Douro e vá até Gaia, de onde se contempla a cidade da melhor forma.
2. Guimarães
Guimarães encontra-se fortemente associada à formação e identidade de Portugal, especialmente o seu centro histórico, que ficava dentro das muralhas, e que hoje se encontra classificado como Património Mundial da Unesco, com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado.
Toda a cidade possui um conjunto patrimonial muito bem preservado, com destaque para as varandas de ferro, os alpendres e balcões em granito, as casas senhoriais, os arcos que ligam ruas estreitas, as torres e claustros.
3. Soajo
É uma das surpresas mais agradáveis do Gerês. Esta aldeia típica tem sido recuperada a um bom ritmo nos últimos anos. São cada vez mais as pessoas que recuperam as casas que possuem nesta aldeia e as transformam em segunda habitação ou turismo rural.
A aldeia do Soajo é conhecida também pelos seus espigueiros, tal como o Lindoso. Mas não se fique apenas por aí: aventure-se pelo seu interior e descubra uma aldeia de ruas e ruelas estreitas e sinuosas, ladeadas por casas antigas de granito. O passeio é sublime.
Destacam-se também a sua pequena praça central, o Largo do Eiró, com o seu peculiar pelourinho. E nas redondezas pode encontrar o quase secreto Poço Negro, local onde pode desfrutar de um banho refrescante nos dias quentes de Verão.
4. Ponte de Lima
Não faltam coisas para visitar em Ponte de Lima, começando pela visita à Igreja Matriz, de estilo gótico, e pela Ponte Medieval. A zona histórica, com vista para o rio, é também o local onde se encontra a Torre da Cadeia.
Não deixe de visitar igualmente o Parque do Arnado, o Museu dos Terceiros, e as Lagoas de Bertiandos, se estiver com tempo. E para reconfortar o estômago, escolha um dos restaurantes com vista para a zona ribeirinha, e aprecie o seu almoço e a paisagem envolvente.
5. Lindoso
É uma das mais famosas aldeias do Gerês. Lindoso é conhecida sobretudo pelo seu castelo e pelo conjunto impressionante de espigueiros (são mais de 60). Estes espigueiros, que servem para guardar o milho, são um testemunho vivo das tradições comunitárias desta terra.
Além do castelo e dos espigueiros, é possível observar uma pequena ponte medieval, várias calçadas medievais, o castro de Cidadelhe, os moinhos de água de Parada ou as eiras comunitárias, por exemplo.
Nas redondezas encontra ainda a deslumbrante paisagem da albufeira do Lindoso. Esta é também uma aldeia para servir de base quando visitar o Gerês, já que possui uma localização central no parque.
6. Braga
Apesar de ser uma das mais antigas cidades do país, Braga é uma localidade cheia de vida e de jovens que para aqui vêm estudar. Braga foi construída há mais de 2000 anos, tendo sido fundada por Augusto (daí o nome “Bracara Augusta”). Era uma das principais vias romanas da Península Ibérica, sendo sede administrativa do Império. Mas a sua importância histórica não se ficou pelos romanos.
A diocese de Braga é a mais antiga de Portugal, e chegou a rivalizar com Santiago de Compostela em poder e importância. Por aqui passava um dos Caminhos de Santiago na altura em que este culto começou a ter maior expressão, com a reconquista cristã e a fundação de Portugal.
A sua Sé Catedral é também das mais antigas do país, tendo sido mandada construir no séc. XII por D. Henrique e D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques, que ali estão sepultados. Ainda hoje Braga é dos mais importantes centros religiosos do país.
7. Lamego
A Igreja Católica Romana teve durante muitos séculos uma vasta influência no nosso país, até a extinção das Ordens Religiosas (em 1834) a ter vindo restringir. Muitos locais são um reflexo vivo dessa influência, e é isso que acontece em Lamego.
Os seus numerosos templos, com construção entre os séculos XVI e XVII, que contam as histórias dessa influência nos azulejos que revestem as paredes, nas pinturas, e na decoração em talha dourada, acrescentadas na época barroca. Não deixe de visitar a Igreja do Convento de Santa Cruz e o monumental Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, a 600 metros de altura.
8. Pinhão
Esta vila da margem direita do Rio Douro é o centro da região demarcada do Vinho do Porto e um local onde estão localizadas várias quintas produtoras de vinho. A paisagem do Pinhão está classificada pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade. A estação de caminhos de ferro é conhecida pelos seus 24 painéis de azulejos, que retratam as paisagens do Douro e aspetos das vindimas.
Estes azulejos em tons de azul são da autoria de J. Oliveira e foram encomendados em 1937 à fábrica Aleluia, situada em Aveiro. Procure visitar também as diferentes quintas de Vinho do Porto, para aprender mais sobre o processo de criação deste produto único, aproveitando para fazer uma degustação do vinho e gastronomia da região.
9. Gimonde
A pequena e pitoresca aldeia de Gimonde faz parte do concelho de Bragança e está integrada no Parque Natural de Montesinho. A sua paisagem é dominada pela sua famosa ponte medieval que confere um encanto especial a toda a aldeia. Mas há mais para ver aqui. Perca-se pelas suas ruas e aprecie os pequenos detalhes desta típica aldeia transmontana.
Gimonde é também famosa pela sua gastronomia. Na aldeia existem diversos restaurantes onde é possível apreciar os pratos típicos da região. Aprecie ainda as iguarias típicas da localidade, como o seu famoso fumeiro e as deliciosas compotas.
10. Rio de Onor
Metade portuguesa, metade espanhola. Terra de ninguém e terra de todos. Assim é a mítica aldeia de Rio de Onor, em pleno Parque Natural de Montesinho, no concelho de Bragança. É uma das poucas aldeias portuguesas onde ainda hoje se praticam hábitos comunitários, outrora frequentes em muitas povoações do norte de Portugal.
A população explora as terras em conjunto, os rebanhos são cuidados por todos e as decisões que afetam a vida da comunidade são tomadas por acordo de todos os habitantes. Rio de Onor é uma lição de história. Os habitantes possuem até um dialeto próprio, fruto do seu isolamento e do contacto próximo com os vizinhos espanhóis.
11. Chaves
Esta cidade do distrito de Vila Real, em Trás-os-Montes, conta com cerca de 18 500 habitantes no seu perímetro urbano, sendo por isso considerada a segunda maior cidade deste distrito. Chaves encontra-se num vale fértil junto ao Rio Tâmega, bem próximo da fronteira com Espanha. A cidade foi lar por variados povos, sendo que a presença humana na região remonta ao Paleolítico.
No património, destacamos a Ponte de Trajano, o castelo, o Forte de São Neutel, e as diversas estações arqueológicas que pode encontrar ao redor da cidade. Como a cidade é conhecida também pelas suas termas, procure fazer-lhes uma visita e provar estas águas de aroma e sabor únicos.
12. Viana do Castelo
É conhecida como “Princesa do Minho”, e foi eternizada por Amália Rodrigues no fado “Havemos de ir a Viana”, com autoria de Pedro Homem de Mello. Falar de Viana do Castelo é falar de rio, de mar e de montanha, tudo numa só cidade, com esse cenário a conjugar-se na perfeição no cimo do Monte de Santa Luzia, em frente à Basílica.
No centro histórico, encontra também diversos pontos de interesse, e, por isso, sugerimos que comece o percurso nos Paços Municipais e termine na zona ribeirinha, na Marina.
13. Vilarinho de Negrões
Localizada numa pequena península formada pela subida das águas da barragem do Alto Rabagão, Vilarinho de Negrões, em Montalegre, é uma das mais bonitas e surpreendentes aldeias de Portugal.
É uma típica aldeia transmontana mas rodeada por água, o que lhe confere uma aura difícil de explicar. As suas gentes dedicam-se à agricultura e ao pastoreio, um pouco como era há algumas décadas.
O passeio por Vilarinho de Negrões faz-se rápido: aprecie as construções em granito, o tanque comunitário e os hábitos típicos das suas gentes. Não deixe de observar as águas da barragem e, se tiver oportunidade, dê um salto até Montalegre ou até outras das aldeias mais típicas do concelho, como Pitões das Júnias ou Fafião.
14. Montalegre
A vila de Montalegre encontra-se em pleno Parque Nacional Peneda-Gerês, num local de grande beleza natural. Montalegre é dominada pelo seu castelo, construído no séc. XIII sobre os restos de uma fortificação mais antiga, o que mostra a importância estratégica do território.
Nas redondezas, encontra o pequeno Mosteiro de Santa Maria das Júnias, que pertenceu à Ordem de Cister (sécs. XIII-XIV) e que hoje está em ruínas. Montalegre é também famosa pela sua gastronomia, especialmente pelos seus enchidos e presunto, sendo a Feira do Fumeiro, realizada todos os janeiros, uma ótima altura para adquirir estes produtos.
15. Bragança
O centro histórico de Bragança encontra-se num local compacto, que facilmente se percorre a pé. As pedras gastas são testemunhas de uma história atribulada, que remonta à Idade do Bronze, numa povoação que passou pelas mãos de romanos, suevos e visigodos, com combates que ajudaram a estabelecer as linhas de fronteira e a importância estratégica da região.
A torre de Menagem quatrocentista é o grande destaque de um dos mais harmoniosos e bem preservados castelos de Trás-os-Montes, num conjunto monumental digno de nota pela sua originalidade. Procure visitar também a enigmática Domus Municipalis, um edifício que se acredita ter acumulado as funções de cisterna e do local de reunião dos “homens bons” do concelho.
16. Estorãos
Localizada em Ponte de Lima, a pequena aldeia minhota de Estorãos é um segredo que merece ser descoberto. Por aqui passa uma ribeira com o mesmo nome, vinda do alto da serra de Arga. As suas águas límpidas e cristalinas serpenteiam por florestas e terrenos agrícolas até chegarem aqui.
É nesta ribeira que fica uma das paisagens mais icónicas desta aldeia: uma pequena ponte de pedra, românica, mesmo ao lado de um velho moinho com uma roda de madeira ainda intacta. Também neste local pode desfrutar de um banho nos dias mais quentes do Verão.
Mas Estorãos tem mais para oferecer: caminhe pelas ruas e ruelas da aldeia e aprecie cada pormenor. Prove a gastronomia local e converse com os habitantes locais. E depois, se quiser conhecer um pouco mais da região, dê um salto até às Lagoas de Bertiandos, mesmo ali ao lado.
17. Ponte da Barca
Visite com tempo a vila de Ponte da Barca, e atravesse a Ponte Medieval para se passear também nas margens do Rio Lima. Depois, sugerimos que parta à descoberta de Lindoso, uma vez que as estradas são boas, e o caminho o leva através de paisagens incríveis. Quase a chegar a Lindoso, perto do lugar de Parada, faça uma paragem e faça o pequeno percurso pedestre dos Moinhos de Parada, até ao Poço da Gola.
Depois, já em Lindoso, visite o Castelo e os diversos espigueiros que por lá encontra. Se é um apreciador de aldeias de montanha, não pode também perder a aldeia de Ermida e de Germil, em pontos diferentes da Serra Amarela.
18. Vidago
Em pleno nordeste transmontano, a pouco mais de 1 hora de viagem do Porto e a 16 km de Chaves, encontra-se Vidago, numa enorme depressão de terreno descrita pelas Serras do Alvão e da Padrela. Aqui confluem o Rio Avelames e a Ribeira de Oura, e a Norte encontra o Pico de Santa Bárbara, um local com um grande passado nacionalista.
Foi destino de eleição da aristocracia portuguesa e europeia, que buscavam as propriedades terapêuticas das famosas águas termais. Aqui pode encontrar o famoso Vidago Palace, que ainda hoje é uma referência na hotelaria em Portugal.
19. Pitões das Júnias
Localizada no extremo Norte de Portugal, o seu clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que esta aldeia conservasse a sua população pequena e um característico aspeto medieval. Estas construções em pedra e a beleza natural do lugar deram início ao turismo ecológico na região, durante os anos 90.
A população de Pitões das Júnias, tal como acontece noutros recantos de Trás-os-Montes, aumenta durante os meses de Verão, com a chegada dos seus descendentes, vindos principalmente de França e do Brasil. As principais atividades da população são a agricultura e a pastorícia.
20. Montesinho
Esta típica aldeia transmontana está situada nos contrafortes da Serra de Montesinho, a cerca de 1000 metros de altitude, em pleno Parque Natural de Montesinho. A serenidade da aldeia torna-se sedutora e convida-nos a passar os dias instalados numa das casas adaptadas para turismo, construídas em granito, com telhados de lousa e varandas em madeira totalmente abertas para a serra.
Pode passear pelas ruas da aldeia, que estão calcetadas e bem cuidadas, e descobrir a Igreja de Montesinho, o Núcleo Interpretativo de Montesinho, e o Museu, que está instalado numa casa típica transmontana, e onde pode conhecer a caracterização geológica de Montesinho e os modos de vida tradicionais desta aldeia e de Trás-os-Montes.
21. Aveiro
É junto à Ria, onde as águas do Vouga se misturam com as do mar, que se encontra a cidade de Aveiro, recortada por ruas aquáticas por onde deslizam os barcos moliceiros. A Barra Nova foi construída no século XIX, e a sua abertura para o oceano, em 1808, levou à formação de um canal com cerca de 264 metros de largura e entre 4 e 6 m de profundidade, o que abriu a Ria para o mar e reconstitui a fonte de sobrevivência da região.
Assim, não pode deixar de conhecer a Ria de Aveiro, passando pelo labirinto de canais, pelas dunas brancas junto ao mar, e pelas extensões imensas de marinhas, com as suas pirâmides de sal. Bem perto de Aveiro, encontra as Dunas de São Jacinto, proposta perfeita para os amantes da natureza.
22. Quintandona
Uma aldeia típica preservada, com casas de lousa e de xisto, bem próxima do Porto? Sim, é possível! Falamos de Quintandona, em Penafiel. Pequena mas de uma beleza singela e singular, esta é uma aldeia que tem sido recuperada nos últimos anos e que atrai cada vez mais habitantes.
A melhor forma de a descobrir é caminhando pelas suas ruas. Aprecie cada pormenor, cada detalhe e converse com os habitantes locais. O dia-a-dia da população ainda é marcada pelas rotinas ligadas à agricultura, mesmo estando próxima de grandes centros urbanos.
23. Provesende
Em plena região demarcada do Douro, Provesende é uma aldeia vinhateira do concelho de Sabrosa. Com vistas para o rio Pinhão, são as vinhas que dominam a paisagem. Toda a vida da aldeia gira em torno da nobre arte de produzir um dos melhores vinhos do mundo, o vinho do Porto.
Para além de um passeio pelos vinhedos da região, em Provesende pode descobrir diversas casas senhoriais e brasonadas, o antigo pelourinho, uma fonte do século XVIII e uma igreja barroca. A melhor forma de descobrir a aldeia é mesmo caminhando pelas suas ruas e apreciando cada pequeno detalhe.
24. Valença
A história de Valença esteve sempre associada à defesa do território português. Apesar de ter origens romanas, foi durante a época da formação do reino português que Valença ganhou notoriedade, transformando-se num dos principais bastiões portugueses na defesa da fronteira. Prova disso são os seus mais de 5 quilómetros de muralhas.
O seu centro histórico está bem cuidado e convida a um agradável passeio. A arquitetura militar está presente em todo o lado, mas há muito mais para destacar, como a sua famosa gastronomia: o bacalhau é o rei mas não deixe de provar os vinhos e a doçaria.
25. Amarante
Amarante é a “princesa do Tâmega”, o rio que a atravessa. É famosa pela sua ponte, pela Igreja de São Gonçalo e pela sua doçaria tradicional. Mas há muitos outros motivos para visitar esta que é uma das cidades mais bonitas do Norte de Portugal.
Vale a pena caminhar pelas ruas do seu centro histórico e apreciar as casas antigas e bem cuidadas. É também uma cidade virada para a cultura e para as artes, tal como está bem patente num dos seus mais famosos museus: o museu de Amadeo de Souza Cardoso.