O que fazer em Lisboa num dia de Chuva? O que fazer em Lisboa grátis? Se acha que já conhece tudo sobre a capital de Portugal e os seus segredos, está enganado. Há muito mais para descobrir em Lisboa para além dos monumentos visitados em massa pelos turistas. É uma Lisboa secreta, à espera de ser descoberta e vivenciada.
Curiosamente, muitas destas atividades que lhe sugerimos são algumas das coisas para fazer em Lisboa que alguns turistas mais apreciam, especialmente aqueles que gostam de descobrir uma cidade nova através de experiências e não apenas de guias turísticos. É uma forma de descobrir uma Lisboa que, quase de certeza, não conhece.
Muitas destas atividades são completamente grátis ou garantem momentos de diversão sem gastar muito. Outras são perfeitas para descobrir a capital num dia de chuva. Estas são algumas das melhores coisas para fazer em Lisboa.
1. Descer ao Reservatório da Patriarcal
Pode nunca ter ouvido falar, mas de certeza que já pôs lá os pés mesmo sem o saber. Isto porque o Reservatório da Patriarcal fica por baixo do Jardim do Príncipe Real. Foi construído entre 1860 e 1864 para servir a rede de distribuição de água da cidade de Lisboa, e conta com um reservatório protegido por 31 pilares e um teto abobadado. Já não se encontra em atividade desde os anos 40, mas pode ser visitado através do Museu da Água ou durante um dos espetáculos que por lá decorre.
2. Visitar o Cemitério dos Prazeres
Não é propriamente uma atração turística para os locais, por motivos óbvios. Mas cada vez mais turistas procuram conhecer este espaço, uma vez que é aqui que se encontram alguns dos melhores exemplares de arte fúnebre e dos edifícios mais curiosos de Lisboa. Destacamos o mausoléu dos Duques de Palmela, uma pirâmide com inspiração maçónica, onde se encontram sepultadas mais de 200 pessoas.
Além disso, conta com uma vista privilegiada para o Tejo e tem uma das maiores concentrações de ciprestes da Europa. Se procura descodificar as centenas de histórias do cemitério, não deixe de realizar uma visita guiada.
3. Ver a cabeça de Diogo Alves
A imagem da cabeça preservada de Diogo Alves, que se encontra na Faculdade de Medicina, viralizou e foi partilhada um pouco por todo o mundo, o que deu ao famoso assassino do Aqueduto das Águas Livres algum reconhecimento internacional. Se quiser ver a cabeça decepada deste assassino, preservada em formol, terá de ir ao Teatro Anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
4. Tirar uma foto no melhor “jardim” de Lisboa
Este é um dos locais mais fotografados da cidade de Lisboa e um daqueles onde mais se ouvem risinhos nervosos, havendo quem se atreva a traduzir para inglês o significado da placa onde está o nome do jardim (que na verdade é um largo).
A história do nome é curiosa, já que foi um calceteiro, de nome Carlos Vinagre, que deu o nome ao jardim, uma vez que era o sítio onde os cidadãos seniores do bairro se sentavam a conviver. A placa foi colocada por brincadeira, mas o nome acabou por ficar, por vontade da população. Pode visitá-lo no cruzamento da rua de São Tomé com a rua do Salvador.
5. Subir ao Terraço da Basílica da Estrela
Apesar da vista incrível, o terraço da Basílica da Estrela não é muito frequentado. Isto pode dever-se a duas razões: seja o preço do bilhete, seja a subida de 112 degraus que é necessário realizar para conseguir uma vista desimpedida sobre o Jardim da Estrela, a Lapa e o Tejo. Mesmo assim, recomendamos a visita, que pode ser feita das 10h às 18h30, de terça a domingo.
6. Conhecer as Ruínas e o Museu Arqueológico do Carmo
A igreja foi derrubada pelo terramoto de 1755, mas restam ainda as suas ruínas, que hoje podem ser visitadas. No local encontra-se também o Museu Arqueológico do Carmo, com um acervo arqueológico bastante eclético. Este é um daqueles sítios que convém visitar com tempo, para absorver toda a informação e conseguir assim vislumbrar por entre as ruínas o nosso passado.
7. Ficar na Esplanada do Castelo de S. Jorge
É verdade que o castelo e áreas circundantes estão permanentemente ocupados por autocarros de turismo. Mas a esplanada do Castelo de São Jorge merece ser descoberta assim como um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. Se for lisboeta e levar comprovativo, a entrada é gratuita. A vista e o serviço vão fazê-lo apaixonar-se pelo local.
8. Ir à Casa dos Gessos
Aqui pode encontrar vários moldes em gesso a partir dos quais se fizeram diversas estátuas emblemáticas, como a estátua equestre de D. José I, mítica obra de Joaquim Machado de Castro. Pode também encontrar o molde da estátua de Sousa Martins (a do Campo Mártires da Pátria), e a de Afonso De Albuquerque (da Praça do Império), num total de 12 moldes. A casa apenas pode ser visitada à quarta de manhã, das 10 às 13h, e quinta-feira à tarde, das 14 às 17h, sendo a entrada gratuita.
9. Provar os acepipes da Manteigaria Silva
A Manteigaria Silva foi fundada em 1956, e é hoje uma das últimas mercearias finas da Baixa. Não faz parte do roteiro de compras habitual dos lisboetas, mas aqui pode encontrar tudo o que há de bom para beber e comer no nosso país. Aliás, é bastante comum ver um grupo de turistas especado em frente à montra, enquanto um guia explica o que são cada um dos produtos expostos.
10. Visitar uma das livrarias mais pequenas do mundo
Situada nas escadinhas de São Cristóvão, a minúscula Livraria do Simão tem apenas 3,80 metros quadrados, estando cada centímetro ocupado por livros. Apesar de só caber lá dentro uma pessoa de cada vez, vale bem a pena pesquisar esta belíssima coleção, com livros raros de autores portugueses e estrangeiros. Abriu em 2008 no lugar de uma tabacaria e é hoje uma das atrações mais insólitas da capital.
11. Provar o pastel de nata do Martinho da Arcada
O Martinho da Arcada vive principalmente da clientela estrangeira e da mitologia pessoana que lhe está associada (aliás, ainda hoje encontra por lá a mesa do poeta). Mas o seu pastel de nata rivaliza com os melhores de Lisboa e vale a pena ser provado, sendo servido no pequeno café ao lado do restaurante.
12. Entrar na Igreja de São Roque
Esta belíssima igreja é uma das mais bonitas de Lisboa e está no top de atrações de vários guias turísticos e é um ponto de paragem obrigatório para crentes e não crentes. Afinal, este é um dos templos mais ricamente decorados da cidade, contando também com uma bela coleção de relicários de santos. O museu é visita obrigatória para quem aprecia arte sacra.
13. Fazer compras no Depósito da Marinha Grande
Quantos de nós não passamos já pela montra do número 418, na rua de São Bento, sem nos determos? No entanto, a loja do Depósito da Marinha Grande tem de mais icónicas criações da fábrica centenária, entre copos, frascos, garrafas, objetos de decoração, candeeiros e até
14. Beber um copo no Solar do Vinho do Porto
Está situado no muito bem preservado interior do antigo Palácio Ludovice, edifício do século XVIII, desenhado pelo mesmo autor do Convento de Mafra. Aqui pode descobrir uma enorme seleção de vinhos do Porto, naquela que é uma espécie de embaixada da segunda maior cidade portuguesa na capital.
15. Fazer a coisa menos sexy do mundo no WC mais sexy do mundo
Pode parecer estranho, mas os leitores do jornal britânico The Guardian elegeram esta casa de banho no Terreiro do Paço (Praça do Comércio, 84, Ala Nascente) como um dos sítios a não perder em Lisboa. Tem de pagar 50 cêntimos para a usar e pode escolher a cor do rolo de papel higiénico. Há quem classifique o espaço como sendo uma espécie de instalação de arte. Nada como visitar e ver por si mesmo se concorda com esta avaliação.
16. Ir às compras na Livraria Ferin
Foi fundada em 1840, e é a segunda livraria mais antiga do nosso país. Até há pouco tempo, era especializada em livros de artes, história, política, genealogia, heráldica e literatura francesa. Entretanto, foi comprada por outra pessoa e renovou a seleção de livros, acrescentando-se mais autores portugueses, livros infantis e livros de autores nacionais traduzidos de modo a apelar à clientela estrangeira.
Na cave, existe uma programação dinâmica com lançamentos de livros, concertos e outros eventos. Se tem saudades do extinto restaurante Palmeira, encontra aqui um bar onde pode matar saudades, uma vez que as cadeiras e mesas foram recuperadas desse espaço. Pode visitar a livraria na Rua Nova do Almada, número 72.
17. Conhecer por dentro o Palácio Foz
Se quer conhecer o interior deste palácio nos Restauradores, saiba que existem visitas guiadas para quem está interessado. Mas tenha em atenção que há realmente muita gente interessada e, por isso, as visitas esgotam rapidamente a cada anúncio de uma nova data. Por isso, não se esqueça de marcar com antecedência a visita a este belíssimo palácio.
18. Escapar do The Escape Hunt Experience
Os escape games não são novidade no nosso país, mas este foi dos primeiros e permanece muito bem cotado, sendo parte de uma cadeia internacional de escape games. Aqui encontra excelentes desafios e uma decoração rica em pormenores, que salienta muitas vezes a história do nosso país e as particularidades da capital e suas personagens famosas. Como é uma atração tão conhecida, convém reservar com alguma antecedência. Está localizada na Rua dos Douradores, número 13.
19. Ver o pôr-do-sol no The Keep
Este hostel fica no local onde antes existia uma pensão chamada Ninho das Águias, num edifício verde junto ao castelo. Basta subir as escadas em caracol para chegar a um dos terraços com melhor vista para Lisboa. O espaço encontra-se renovado e é poiso frequente de turistas, empoleirados nas varandas e nos patamares. Pode também reservar um jantar romântico. Tudo isto no número 74 da Costa do Castelo.
20. Visitar o Panteão Nacional
Este é o terceiro monumento mais procurado em Lisboa, devido às personagens históricas que alberga e homenageia. O edifício da Igreja de Santa Engrácia encontra-se mesmo no centro da cidade, e é a última morada de uma série de portugueses célebres, entre os quais se contam a fadista Amália Rodrigues, o futebolista Eusébio, o escritor Almeida Garrett, o general Humberto Delgado, e alguns anteriores Presidentes da República, como Teófilo Braga. Não deixe de subir ao topo do edifício para apreciar a vista envolvente.