As orquídeas são plantas da família Orchidaceae, que possui mais de 20 mil espécies e 200 mil híbridos. Elas adaptam-se a diversos climas e habitats, podendo ser encontradas em todos os continentes, exceto na Antártida. Destacam-se pela beleza e diversidade de suas flores, que podem ter cores, tamanhos, formas e aromas diferentes.
São muito apreciadas como plantas ornamentais, tanto em ambientes internos quanto externos. Podem ser cultivadas em vasos, cestos, troncos ou até mesmo em árvores. No entanto, para que cresçam saudáveis e floresçam regularmente, é preciso ter alguns cuidados especiais com elas.
Neste guia, vamos mostrar-lhe como plantar e cuidar de orquídeas de forma simples e prática. Vai aprender a escolher a espécie adequada para o seu ambiente, o tipo de substrato ideal, a frequência e a forma de rega, a forma correta de adubar e podar as suas orquídeas, entre outras dicas valiosas. Vamos começar?
Como escolher a espécie de orquídea
O primeiro passo para plantar e cuidar de orquídeas é escolher a espécie que mais se adapta ao seu ambiente e ao seu gosto. Existem milhares de opções de orquídeas, cada uma com suas características próprias. Algumas são mais fáceis de cultivar do que outras, algumas preferem mais luz do que outras, algumas florescem mais vezes do que outras, e assim por diante.
Para facilitar a sua escolha, vamos apresentar algumas das espécies mais populares e recomendadas para iniciantes:
- Phalaenopsis: também conhecida como orquídea borboleta, é uma das mais vendidas e cultivadas no mundo. Tem flores grandes e vistosas, que podem ser brancas, rosas, roxas ou amarelas. É uma orquídea de sombra, que gosta de ambientes húmidos e quentes. Pode florescer até três vezes por ano.
- Cattleya: também chamada de rainha das orquídeas, é uma das mais belas e perfumadas. Tem flores grandes e coloridas, que podem ser brancas, rosas, lilases ou amarelas. É uma orquídea de sol pleno ou meia sombra, que gosta de ambientes secos e frescos. Pode florescer até duas vezes por ano.
- Dendrobium: também conhecida como olho-de-boneca, é uma das mais versáteis e resistentes. Tem flores pequenas e delicadas, que podem ser brancas, rosas ou amarelas. É uma orquídea de meia sombra ou sombra parcial, que gosta de ambientes húmidos e quentes. Pode florescer até quatro vezes por ano.
- Oncidium: também chamada de chuva-de-ouro, é uma das mais exóticas e charmosas. Tem flores pequenas e numerosas, que podem ser amarelas, castanhas ou vermelhas. É uma orquídea de sol pleno ou meia sombra, que gosta de ambientes secos e frescos. Pode florescer até três vezes por ano.
Essas são apenas algumas das espécies de orquídeas que pode escolher para plantar e cuidar em casa. Existem muitas outras opções para explorar e considerar. O importante é conhecer as necessidades específicas de cada uma delas e proporcionar as condições adequadas para o seu desenvolvimento.
Como plantar orquídeas
Depois de escolher a espécie de orquídea que quer cultivar, é hora de plantá-la. Para isso, vai precisar de alguns materiais, como:
- Um vaso ou cesto com furos na parte inferior e nas laterais, para facilitar a drenagem e a aeração das raízes. O tamanho do vaso deve ser proporcional ao tamanho da planta, sem sobrar muito espaço vazio. O material do vaso pode ser plástico, cerâmica ou madeira, dependendo da espécie de orquídea e da sua preferência.
- Um substrato adequado para orquídeas, que pode ser uma mistura de cascas de pinheiro, carvão vegetal, fibra de coco, musgo sphagnum, perlita ou vermiculita. O substrato deve ser poroso e leve, para permitir a entrada de ar e água nas raízes. Evite usar terra comum ou substratos muito compactos, que podem sufocar as raízes e causar doenças.
- Uma tesoura ou faca afiada e esterilizada, para cortar as raízes mortas ou danificadas da orquídea. Pode esterilizar o instrumento com álcool ou fogo, para evitar a contaminação por fungos ou bactérias.
- Um arame ou barbante, para fixar a orquídea no vaso ou no cesto. Pode usar um tutor de bambu ou madeira para apoiar o caule da orquídea e evitar que ele se parta.
O passo a passo para plantar orquídeas é o seguinte:
- Retire a orquídea do vaso antigo com cuidado, segurando-a pela base do caule. Sacuda as raízes para remover o substrato antigo e lave-as em água corrente para eliminar os resíduos.
- Corte as raízes mortas ou danificadas com a tesoura ou faca esterilizada. As raízes saudáveis são firmes e verdes ou brancas, enquanto as raízes doentes são moles e castanhas ou pretas. Deixe apenas as raízes saudáveis e com pelo menos 10 cm de comprimento.
- Coloque uma camada de substrato no fundo do vaso ou cesto novo, formando uma base para a orquídea. Em seguida, posicione-a no centro do vaso ou cesto, com as raízes bem distribuídas. Complete o vaso ou cesto com o restante do substrato, cobrindo as raízes até a metade do caule. Aperte o substrato levemente para fixar a orquídea no vaso ou cesto.
- Amarre a orquídea no tutor com o arame ou barbante, se necessário. O tutor deve ficar na parte de trás da orquídea, sem atrapalhar o crescimento das folhas e das flores. O arame ou barbante deve ficar firme, mas não apertado demais, para não danificar a orquídea.
- Regue-a logo após o plantio, molhando bem o substrato e as raízes. Deixe o excesso de água escorrer pelos furos do vaso ou cesto. Coloque a orquídea no local adequado para a sua espécie, conforme as orientações sobre luz, temperatura e humidade.
Pronto! Agora já sabe como plantar orquídeas de forma simples e correta. Lembre-se de que o replantio das orquídeas deve ser feito apenas quando necessário, geralmente a cada dois anos ou quando as raízes começarem a sair pelo vaso.
Como cuidar de orquídeas
Plantar orquídeas é apenas o primeiro passo para ter estas flores maravilhosas em casa. Para que elas se desenvolvam bem e floresçam regularmente, é preciso ter alguns cuidados básicos com elas. Veja quais são:
Rega
A rega é um dos cuidados mais importantes com as orquídeas, pois elas precisam de água para sobreviver e se nutrir. No entanto, a quantidade e a frequência da rega dependem da espécie de orquídea e do ambiente onde elas estão. De modo geral, as orquídeas gostam de humidade, mas não de encharcamento. Por isso, é preciso regá-las com moderação.
Uma forma simples de saber quando regar as orquídeas é verificar o substrato e as raízes. Se o substrato estiver seco e as raízes estiverem esbranquiçadas, é hora de regar. Se o substrato estiver húmido e as raízes estiverem verdes, é melhor esperar mais um pouco.
A forma correta de regá-las é molhar bem o substrato e as raízes, sem deixar água acumulada no vaso ou no cesto. Pode usar um regador, uma mangueira ou uma torneira, desde que a água esteja à temperatura ambiente e não tenha cloro. Evite molhar as folhas e as flores, pois isso pode causar manchas ou fungos.
A frequência da rega depende do clima e da estação do ano. Em geral, as orquídeas precisam de ser regadas uma ou duas vezes por semana no verão e a cada 15 dias no inverno. No entanto, isso pode variar de acordo com a espécie de orquídea e o tipo de substrato. Por isso, é importante observar as suas orquídeas e adaptar a rega às suas necessidades.
Adubação
A adubação é outro cuidado essencial com as orquídeas, pois elas precisam de nutrientes para crescer e florescer. A adubação deve ser feita com produtos específicos para orquídeas, que podem ser encontrados em lojas especializadas ou na internet. Existem dois tipos principais de adubos para orquídeas: os orgânicos e os químicos.
Os adubos orgânicos são feitos à base de materiais naturais, como esterco, farinha de osso, torta de mamona ou casca de ovo. Eles são ricos em azoto, fósforo e potássio, os principais elementos que as orquídeas precisam. Também ajudam a melhorar a estrutura e a aeração do substrato. No entanto, podem ter um cheiro forte e atrair pragas.
Os adubos químicos são feitos à base de substâncias sintéticas, como ureia, superfosfato ou cloreto de potássio. São mais concentrados e solúveis em água, o que facilita a absorção pelas raízes. Também têm uma composição balanceada e específica para cada fase da orquídea. No entanto, podem ser tóxicos se usados em excesso ou incorretamente.
A forma correta de adubar as orquídeas é seguir as instruções do fabricante do produto escolhido, respeitando a dose, a frequência e o modo de aplicação. Em geral, os adubos orgânicos devem ser colocados sobre o substrato a cada dois meses, enquanto os adubos químicos devem ser diluídos em água e aplicados nas raízes a cada 15 dias.
A frequência da adubação depende do ciclo da orquídea e da época do ano. Em geral, as orquídeas precisam de ser adubadas mais vezes na primavera e no verão, quando estão em fase de crescimento e floração, e menos vezes no outono e no inverno, quando estão em fase de repouso e dormência.
Poda
A poda é outro cuidado importante com as orquídeas, pois ajuda a manter a forma e a saúde das plantas. A poda deve ser feita com uma tesoura ou faca afiada e esterilizada, para evitar a contaminação por fungos ou bactérias. Existem dois tipos principais de poda para orquídeas: a poda de limpeza e a poda de estimulação.
A poda de limpeza consiste em retirar as partes mortas ou doentes da orquídea, como folhas secas, raízes podres ou flores murchas. Deve ser feita sempre que necessário, para evitar que essas partes prejudiquem o desenvolvimento da planta ou atraiam pragas.
A poda de estimulação consiste em cortar as hastes florais da orquídea após a floração, para incentivar a emissão de novas brotações e flores. Deve ser feita de acordo com a espécie de orquídea, pois algumas delas podem rebrotar na mesma haste, enquanto outras precisam de uma haste nova. Em geral, a poda de estimulação deve ser feita logo após a queda das últimas flores, cortando a haste cerca de 2 cm acima do nó mais próximo.
A poda é um cuidado simples, mas que pode fazer toda a diferença para a beleza e a saúde das suas orquídeas. Lembre-se de que as orquídeas são plantas sensíveis, que não gostam de podas excessivas ou desnecessárias. Por isso, faça apenas as podas que forem realmente necessárias e benéficas para as suas plantas.