Visitar o Montijo é mergulhar na sua história, património, identidade e tradições. Este concelho, que evoluiu de Aldeia Galega do Ribatejo para Vila do Montijo e agora comemora 33 anos de cidade, é um local repleto de memórias e raízes profundas.
Chegar ao Montijo pela Ponte Vasco da Gama é descobrir uma terra moderna e dinâmica, com uma localização privilegiada. Aqui estão alguns dos melhores locais para visitar no Montijo.
1. Moinho de Maré do Montijo
Este moinho histórico data de 1646, com uma cruz da Ordem de Santiago a atestar uma existência ainda mais antiga. Até ao final do século XIX, esteve na posse da mesma família e passou por vários proprietários no século XX.
Em 1995, tornou-se propriedade municipal e é um testemunho da relação secular entre a atividade agrícola e o rio Tejo. O moinho utiliza a força das marés para moer cereais, embora tenha sido abandonado no início dos anos 80 devido ao avanço das tecnologias.
2. Museu Municipal do Montijo
Construído no século XIX, esta residência particular de grandes proprietários rurais do concelho tornou-se sede do Museu Municipal em 1993. A casa, conhecida como Casa Mora, destaca-se pela sua arquitetura eclética e pelo interior decorado com estuques, frescos e escaiolas. Aqui, os visitantes podem explorar a história e cultura locais.
3. Igreja Matriz do Montijo
Esta igreja do início do século XV, com várias reconstruções ao longo dos anos, apresenta uma arquitetura impressionante com uma abóbada manuelina na capela-mor e azulejos do tipo tapete. A fachada principal tem duas torres sineiras e um portal decorado com colunas coríntias.
4. Museu Agrícola da Atalaia
Desde 1997, a Quinta Nova da Atalaia é um importante núcleo museológico dedicado à temática agrícola. O museu preserva a história agrícola do concelho, com foco na produção de azeite e vinho. A propriedade remonta ao século XVIII e inclui várias estruturas agrícolas e um pomar.
5. Museu do Pescador
Este museu acolhe o espólio da Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense (SCUPA) e está dividido em quatro núcleos dedicados à história da SCUPA, à faina, às atividades complementares e aos pescadores. É um símbolo da identidade e cultura da comunidade piscatória do Montijo.
6. Ermida de São Sebastião
Construída no século XIV, esta ermida passou por várias remodelações ao longo dos séculos. A sua estrutura sóbria e despojada caracteriza a arquitetura maneirista chã. A fachada tem um portal de moldura recta e pequenas janelas gradeadas.
7. Galeria Municipal
A Galeria Municipal promove o desenvolvimento sociocultural através das artes plásticas, como pintura, fotografia, escultura e outras formas de expressão artística. É um espaço de referência para a população local e artistas, promovendo exposições e eventos culturais.
8. Igreja da Misericórdia
Esta igreja do século XVI, com estrutura simples e modesta, apresenta uma fachada com um portal maneirista e um painel de azulejos polícromos representando uma cena religiosa. No interior, destaca-se a imagem de Cristo crucificado, que foi alvo de grande devoção após o terramoto de 1755.
9. Quinta do Saldanha
Instituída no século XVI, esta propriedade agrícola foi reconstruída após o terramoto de 1755. A ermida de nave única possui um medalhão representando o Salvador Crucificado. A quinta é conhecida como Quinta do Saldanha devido à família Saldanha da Gama, que a possuiu.
10. Moinho de vento do Esteval
Construído em 1826, este moinho de vento foi restaurado pela autarquia em 2000. Tem três pisos, com o térreo para armazenar cereal, o intermédio para o engenho e habitação do moleiro, e o último com as mós. Um pequeno registo de azulejos dedica-se a Nossa Senhora de Atalaia.
11. Igreja de Nossa Senhora da Atalaia
Esta igreja do século XIV é conhecida pelas suas festas em honra da Padroeira, realizadas no último domingo de agosto. A fachada sóbria tem um janelão do coro e uma galilé de três arcos. No interior, destaca-se um retábulo joanino em madeira exótica.
12. Ermida de Santo António
Construída no século XVI, esta ermida foi remodelada várias vezes ao longo dos séculos. O interior está revestido com azulejos rococó, e a fachada apresenta um vitral dedicado a Santo António. A casa principal foi reconstruída no estilo da casa portuguesa pelo arquiteto Pardal Monteiro.