Uma das melhores formas de descobrir todo o esplendor da Serra da Estrela é, sem dúvida, através da realização de caminhadas. Existem diversos percursos pedestres bem sinalizados em toda a região do Parque Natural. São trilhos que foram desenhados de forma a passarem por vários locais de interesse, tanto em termos naturais como de monumentos e construções humanas.
Tenha sempre em conta que, sendo a Serra da Estrela uma montanha com altitude muito elevada, é necessário estar em boa forma física para realizar estes percursos pedestres, especialmente os de maior duração. Além disso, recomenda-se sempre a utilização de roupa e calçado adequados, assim como beber muita água e comer regularmente.
Por fim, e também muito importante, respeite sempre a sinalização dos trilhos. Lembre-se que, apesar de todos os prazeres associados a uma caminhada ao ar livre, todo o cuidado é pouco quando não conhecemos o percurso e quando os trilhos estão localizados em zonas potencialmente perigosas. Descubra 12 fantásticos trilhos e percursos pedestres para descobrir a Serra da Estrela.
1. Trilho do Javali
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Este trilho, com cerca de 11 km e com intensidade média, começa no bairro de Santo António, tendo vista para Manteigas, e leva-o à cascata do Poço do Inferno. A grande marca do caminho é a floresta densa, autêntico marco na paisagem cravada de castanheiros. Faça este percurso com calma e procure parar nas diversas quedas de água da ribeira de Leandres.
- Designação: Rota do Javali (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º32’14,02″W 40º23’42,85″N
- Altitude início: 722 m
- Altitude mínima: 720 m
- Altitude máxima: 1306 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 11km
- BTT: Não
- Início do percurso: junto ao bairro de Santo António, em Manteigas.
2. Trilho do Poço do Inferno
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É um trilho circular, com cerca de 2,5 km e de dificuldade média. O ponto de partida é o parque de estacionamento do Poço do Inferno, e o percurso segue por entre uma paisagem incrível para o Vale da Ribeira de Leandres e para o Vale do Rio Zêzere. No entanto, o ponto alto é a cascata do Poço do Inferno, uma queda de água com cerca de 10 metros.
- Designação: Rota do Poço do Inferno (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º31’03,88″W 40º22’24,81″N
- Altitude início: 1081 m
- Altitude mínima: 1081 m
- Altitude máxima: 1150 m
- Sentido aconselhado: Contrário ao dos ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 2,5 km
- BTT: Não
- Início do percurso: junto ao parque de estacionamento do Poço do Inferno.
3. Trilho do Carvão
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É um percurso que começa na vila de Manteigas e se desenrola numa subida em ziguezague até ao Observatório Meteorológico das Penhas Douradas. Pelo caminho, passará por locais como o Miradouro do Fragão do Corvo, pelo Seixo Branco, Vale das Éguas e pela Nave da Mestra, um dos locais mais emblemáticos da região.
- Designação: Rota do Carvão (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º32’28,35″W 40º24’2,22″N
- Altitude início: 767 m
- Altitude mínima: 767 m
- Altitude máxima: 1683 m
- Sentido aconselhado: Contrário ao dos ponteiros do relógio
- Dificuldade: Difícil
- Extensão: 20 km
- BTT: Não
- Início do percurso: junto ao Arquivo Municipal de Manteigas.
4. Trilho Glaciar
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Esta rota começa no ponto mais alto da Serra, a Torre, e desce lado a lado com o Zêzere, até chegar a Manteigas. Tem no total cerca de 17 km, e desce pelo vale glaciar do Zêzere, que foi finalista das 7 Maravilhas naturais de Portugal.
Ao longo do caminho, vai cruzar-se com verdejantes colinas, onde pode encontrar rebanhos de ovelhas serranas. O trilho passa por locais como o Covão do Boi ou o Covão d’Ametade, tendo um nível de exigência médio. Não perca também a imagem da Nossa Senhora da Boa Estrela, esculpida no granito.
- Designação: Rota do Glaciar (folheto do percurso)
- Tipo: Linear
- Coordenadas início W: Na Vila: 7º32’22,79″W / 40º24’00,70″N
- Na Torre: 7º36’44.99″W / 40º19’20.04″N
- Altitude início: Na Vila: 755 m Na Torre: 1986 m
- Altitude mínima: 755 m
- Altitude máxima: 1989 m
- Sentido aconselhado: N/D
- Dificuldade: Média
- Extensão: 17,2 km
- BTT: Sim (com limitações)
- Início do percurso: junto à Igreja de São Pedro, na Vila de Manteigas, ou na Torre.
5. Trilho dos Poios Brancos
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Este trilho deve o seu nome ao facto de atravessar, no seu ponto mais elevado, os famosos Poios Brancos, um conjunto de granitos de grandes dimensões que são dos primeiros locais a receber neve sempre que chega o frio do Inverno à Serra da Estrela.
Estende-se ao longo que quase 8 quilómetros que podem chegar aos 25 se fizer desvios no percurso. Ao longo da caminhada irá passar por locais emblemáticos da Serra da Estrela, como os já referidos Poios Brancos, a Nave de Santo António e o Covão da Ametade, por exemplo.
- Designação: Rota dos Poios Brancos (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º34’14.01″W 40º19’36.26″N
- Altitude início: 1520 m
- Altitude mínima: 1440 m
- Altitude máxima: 1680 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 7,9 km | 25,4 km (com derivações)
- BTT: Sim
- Início do percurso: entre o Covão d´Ametade e a Nave de Santo António, no cruzamento para a Serra de Baixo.
6. Trilho do Vale de Amoreira
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Este é um pequeno trilho, de dificuldade média, onde é possível contemplar a harmonia entre a presença humana e toda a beleza da Serra da Estrela. Ao longo da rota do Vale da Amoreira é possível observar lameiros, pequenos bosques, ribeiros de de águas cristalinas e casas de xisto.
A flora e a fauna típicas do parque também marcam presença, provando que a convivência entre pessoas e animais é possível.
- Designação: Rota de Vale de Amoreira (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º26’33.36″W 40º24’56.78″N
- Altitude início: 575 m
- Altitude mínima: 550 m
- Altitude máxima: 726 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 5 km | 6,4 km (com derivações)
- BTT: Sim
- Início do percurso: junto à capela de Nossa Senhora da Anunciação, em Vale de Amoreira.
7. Trilho da Azinha
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É uma rota circular e tem uma dificuldade média com uma extensão de 18,4 km. Esta rota inicia-se no Skiparque, junto à ponte de madeira. Ao longo do percurso, são existentes marcas paisagísticas feitas pelo Homem como é o caso dos campos agrícolas.
Toda esta rota, para além de incluir o deslumbramento de toda a paisagem que serve de habitat a diversas espécies, inclui também uma visita a uma antiga casa do guarda florestal.
- Designação: Rota da Azinha (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º28’04.13″W 40º24’41.70″N
- Altitude início: 574 m
- Altitude mínima: 574 m
- Altitude máxima: 1243 m
- Sentido aconselhado: Contrário ao dos ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 18,4 km | 20 km (com derivações)
- BTT: Sim
- Início do percurso: junto à ponte de madeira, no Skiparque.
8. Trilho do Maciço Central
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É uma rota circular difícil que conta com extensões derivadas que vão entre 10 km e 19,6 km. Inicia-se junto ao cruzamento da estrada nacional para a Torre. Aqueles que seguem esta rota são constantemente surpreendidos por todas as maravilhas e pontos emblemáticos que encontram a meio do caminho, como os Cântaros, a Ribeira, as Salgadeiras, entre outros.
- Designação: Rota do Maciço Central (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º36’23,61″W 40º19’41,06″N
- Altitude início: 1931 m
- Altitude mínima: 1423 m
- Altitude máxima: 1931m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Difícil
- Extensão: 10 km | 19,6 km (com derivações)
- BTT: Não
- Início do percurso: junto ao cruzamento da estrada nacional para a Torre. (Recomenda-se iniciar esta rota no Covão d´Ametade).
9. Trilho do Sol
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A rota do sol é um dos trilhos mais fáceis de fazer na Serra da Estrela e também um dos mais bonitos. De dificuldade fácil, desenvolve-se ao longo de 4 quilómetros de forma circular, embora seja possível ultrapassar os 8 quilómetros se fizer alguns desvios.
É marcado pela presença de vinhas, socalcos, lameiros e levadas e sempre pontilhado com construções em xisto ou em granito, como casas e muros que dividem os terrenos. No ponto de maior altitude pode contemplar-se o Vale Glaciar do Zêzere em todo o seu esplendor.
- Designação: Rota do Sol (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º32’12.43″W 40º24’10.37″N
- Altitude início: 756 m
- Altitude mínima: 684 m
- Altitude máxima: 779 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Fácil
- Extensão: 4 km | 8,5 km (com derivações)
- BTT: Sim
- Início do percurso: junto ao Posto de Turismo de Manteigas.
10. Trilho do Sameiro
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História e tradição são as melhores palavras para definir este pequeno trilho na Serra da Estrela. É um dos mais pequenos e mais fáceis e ao longo do seu percurso é possível contemplar pequenas igrejas e capelas que, embora modestas, são de grande beleza.
A presença de várias espécies de árvores diferentes conferem-lhe uma palete de cores deslumbrante. Destaque para os freixos, os amieiros, as azinheiras e os pinheiros. Ouriços, coelhos e diversas espécies de aves compõem a fauna da região.
- Designação: Rota de Sameiro (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º29’20.92″W 40º24’29.52″N
- Altitude início: 622 m
- Altitude mínima: 616 m
- Altitude máxima: 633 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Fácil
- Extensão: 1,3 km | 5,9 km (com derivações)
- BTT: Sim
- Início do percurso: junto ao campo multiusos, na estrada nacional 232.
11. Trilho das Faias
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Este trilho segue ao longo de uma densa floresta de faias, plantadas em inícios do século XX. Tem início na Cruz das Jugadas, a 7 km de Manteigas. O percurso tem dificuldade média, já que é em terra batida e tem algumas subidas puxadas. No entanto, poderá ver o Vale Glaciar do Zêzere, a Torre, os Cântaros Magro e Gordo e as Penhas Douradas.
- Designação: Rota das Faias (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início W: 7º30’58.95″W 40º25’24.79″N
- Altitude início: 1090 m
- Altitude mínima: 880 m
- Altitude máxima: 1174 m
- Sentido aconselhado: Ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 5,4 km | 6,5 km (com derivações)
- BTT: Sim (com limitações)
- Início do percurso: junto à Cruz das Jugadas – saindo de Manteigas, seguir em direcção às Penhas Douradas, pela EN 232; sair no cruzamento para o Covão da Ponte e seguir até encontrar a placa “PR13 – Rota das Faias”.
12. Trilho do Corredor de Mouros
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É considerado um dos mais belos trilhos da Serra da Estrela, e combina na perfeição a paisagem natural com as marcas da presença humana, sejam elas searas de centeio, terrenos de pastoreio ou casas espalhadas aqui e ali. Este trilho tem uma extensão de cerca de 15 km e começa no Covão da Ponte, seguindo depois pelo coração da floresta.
- Designação: Rota do Corredor de Mouros (folheto do percurso)
- Tipo: Circular
- Coordenadas início: W7º30’54.83″W 40º26’31.60″N
- Altitude início: 975 m
- Altitude mínima: 925 m
- Altitude máxima: 1298 m
- Sentido aconselhado: Contrário ao dos ponteiros do relógio
- Dificuldade: Média
- Extensão: 15,5 km
- BTT: Sim
- Início do percurso: junto ao Covão da Ponte – saindo de Manteigas, seguir em direcção às Penhas Douradas pela EN 232, sair no cruzamento para o Covão da Ponte.