A capital portuguesa está repleta de encantos e de surpresas, contando com muitos jardins, monumentos e museus convidativos. No entanto, existe um local pouco conhecido pela maioria dos lisboetas e dos turistas que por aqui passam que merece uma visita atenta: o Palácio dos Condes de Óbidos. Trata-se de um dos mais secretos e desconhecidos palácios de Lisboa
Este é um edifício do século XVII que combina elementos medievais, renascentistas e barrocos, guardando no seu interior diversas obras de arte e um rico património, como azulejos e mobiliário antigo, testemunho da nossa história e cultura.
Mas, muito mais do que um museu, este palácio é a sede da Cruz Vermelha Portuguesa, associação humanitária fundada em 1919 que, desde então, tem desenvolvido um importante trabalho social e solidário. O espaço é também usado para eventos sociais, culturais e empresariais, oferecendo um serviço personalizado aos seus clientes.
O local, também conhecido como Palácio da Rocha, por estar em cima de um enorme penedo que se via do Tejo, foi mandado construir por D. Vasco de Mascarenhas, sobrinho do primeiro Conde de Óbidos, no século XVII. O local sofreu diversos danos com o terramoto de 1755, e acabou por ser reconstruído em finais do século XVIII.
A família dos Condes de Óbidos teve origem em D. António de Mascarenhas, militar e diplomata que serviu os reis D. Filipe II e D. Filipe III, tendo recebido o seu título em 1636. O seu sobrinho, construtor deste palácio, foi o segundo Conde de Óbidos e um destacado governador da Índia e do Brasil.
Os seus descendentes usaram este título ao longo dos séculos, desempenhando altos cargos na política. O último Conde de Óbidos foi D. José Luís de Melo de Vasconcelos e Sousa, que faleceu em 2011.
Em 1919, a Cruz Vermelha Portuguesa comprou o palácio e transformou-o na sua sede nacional e, desde então, este tem sido palco de diversas iniciativas humanas e culturais. Por exemplo, ao longo da Segunda Guerra Mundial, foi enfermaria para prisioneiros das potências em guerra.
O local serviu também de residência ao artista Jorge Colaço, autor de um belíssimo painel de azulejos alusivo à descoberta do Brasil. Hoje, este palácio encontra-se aberto ao público mediante marcação prévia, podendo contactar a Cruz Vermelha para agendar uma visita ou obter mais informações.
Durante a sua visita, são vários os pontos de interesse que vai conhecer, começando logo pela fachada do edifício, de onde se destaca o brasão de armas dos Condes de Óbidos.
No átrio principal, verá os bustos do rei D. Luís I e de D. Maria Pia, protetores da Cruz Vermelha no nosso país; seguindo para a biblioteca renascentista, poderá apreciar um grande lustre de cristal da Marinha Grande e uma pintura que representa a Paz de Alvalade; irá percorrer os seis salões nobres deste palácio, cada um com o seu tema e decorado com azulejos, pinturas e mobiliário antigo; terá a oportunidade de descobrir a pequena capela do palácio, dedicada a Nossa Senhora da Conceição; e, cereja no topo do bolo, desfrutará de uma deslumbrante vista sobre o Tejo a partir do terraço do edifício, de onde pode apreciar as docas da Rocha e de Alcântara, a Ponte 25 de Abril, o Cristo-Rei e Almada.
Se o que pretende é realizar um evento especial neste espaço histórico e exclusivo, deverá contactar a Casa do Marquês, empresa responsável pela exploração e rentabilização deste palácio.
A empresa oferece-lhe um serviço completo na área de eventos, para que possa ter tudo à sua medida. O palácio tem capacidade para receber até 500 pessoas nos mais diversos formatos, entre batizados, cocktails, jantares de gala, lançamentos de produtos, concertos e seminários.
Como pode ver, uma visita ao Palácio dos Condes de Óbidos recomenda-se e muito, até porque poderá apreciar diversos objetos históricos e artísticos de grande valor, que nos fazem viajar no tempo.