Foi durante séculos a residência de verão predileta de reis e rainhas de Portugal. É uma referência no que respeita ao mundo dos azulejos e da cerâmica. Fique a conhecer um pouco melhor da fascinante história de um dos palácios mais visitados de Portugal e também um dos mais bonitos, o Palácio Nacional de Sintra.
Sintra está classificada como Património Mundial da UNESCO e entre muitas atrações podem contar-se cinco palácios e um castelo. A realeza sempre preferiu ficar em Sintra durante o verão, pois o clima é vários graus mais frio e húmido nesta zona do que em Lisboa.
No século X, os mouros construíram aqui um palácio residencial. No entanto, em 1147 durante a reconquista cristã, Dom Afonso Henriques capturou Sintra aos mouros e ocupou o palácio.
Do que atualmente se observa muito ainda resulta da intervenção de 1385, quando o rei João I ordenou a reconstrução completa do palácio. No início do século XVI, o rei D. Manuel I iniciou uma renovação completa com os fundos adquiridos pela riqueza alcançada através dos descobrimentos.
Daí a identificação da expansão do palácio ao estilo manuelino. Como se referiu é de facto um local que tem relação com a família real até 1880, tendo apenas em 1910, com a proclamação da república, transitado para monumento nacional.
Surpreendentemente, a parte mais atraente do Palácio Nacional em Sintra são as chaminés colossais, construídas no século XIV para manter as cozinhas inócuas e sem a incómoda presença de fumo. As chaminés podem ser vistas a quilómetros de distância e pela sua dimensão pode imaginar-se o tipo de banquetes que seriam servido no Palácio Nacional de Sintra.
Igualmente interessantes são os magníficos azulejos – azulejos de cerâmica – que decoram as muitas salas do palácio real. Existem azulejos dos séculos XIV ao XVIII, incluindo alguns autênticos Mudéjar – azulejos com motivos geométricos mouros.
As divisões mais antigas do palácio cercam o pátio central. Estes incluem a Sala dos Árabes – decorada com motivos intrincados e azulejos; a Sala dos Cisnes – com um magnífico teto decorado com cisnes – e a Sala das Pegas. Segundo uma história, a Sala da Pegas estava decorada com pegas por força do rei pensar que as mulheres na corte conversavam como pegas.
Outra história afirma que o rei abordou para uma das damas de companhia, dando-lhe uma rosa nas costas de sua esposa. Existe ainda outra corrente que afirma que o Rei foi flagrantemente “apanhado” a beijar uma dama de companhia.
Outro destaque do palácio é a Sala dos Brasões, luxuosamente decorada. A sala, que ocupa a Torre da Meca, possui um teto hexagonal decorado com pinturas de veados e brasões de armas de setenta e duas famílias nobres. As paredes da sala do século XVI são decoradas com azulejos azuis e brancos que foram acrescentados no século XVIII.
Também digna de nota é a pequena capela gótica com teto em estilo mourisco. Concluímos voltando a fazer referência à enormes chaminés, que podem ser observadas através da visita à enorme cozinha existente no Palácio.