Podemos encontrar cada vez mais passadiços um pouco por todo o país, locais que são autênticas atrações e que são muito procurados ao longo de todo o ano, sendo a forma perfeita de conhecer as belezas naturais e o património histórico do nosso país. E há opções para todos os gostos. Por exemplo, se quer conhecer o monumental Douro e arte rupestre milenar, os Passadiços do Côa revelam-se uma experiência muito rica verdadeiramente imperdível.
Estes passadiços estendem-se ao longo de 930 metros e dão-nos a conhecer uma paisagem natural deslumbrante, representando, ao mesmo tempo, o melhor da história desta região.
O percurso tem 890 degraus para um desnível de 160 metros, de onde poderá contemplar as encostas agrestes e os socalcos do Douro, assim como as diversas espécies vegetais e animais, algumas das quais com o estatuto de protegidas.
Para além da sua beleza natural, não podemos deixar de destacar as pinturas rupestres, datadas de há milhares de anos. Os passadiços vão-lhe permitir conhecer o Museu do Côa, onde poderá aprender mais sobre esta maravilha arqueológica. Poderá também conhecer a estação ferroviária, que se encontra desativada (e que fazia parte da linha do Douro), assim como os tradicionais pombais.
No geral, poderá conhecer melhor o vale do Côa, local único no planeta, que contém diversas manifestações artísticas que remontam a diferentes períodos históricos, com vestígios da pré-história, proto-história e história.
O grande destaque vai para o conjunto de figurações paleolíticas ao ar livre, o mais importante do mundo até hoje conhecido. Por aqui, encontrará mais de mil rochas com manifestações rupestres, e mais de 80 sítios distintos devidamente identificados.
Passear pelos passadiços requer algum fôlego, especialmente quando é realizado em subida. Este trajeto de dificuldade alta demora cerca de 45 minutos a ser realizado, mas, ao longo do percurso, poderá encontrar diversos locais para descansar e contemplar a paisagem, enquanto conhece melhor duas atrações classificadas como Património Mundial da UNESCO: a paisagem do Alto Douro Vinhateiro e a Arte Pré-Histórica do Vale do Côa.
Os passadiços começam na zona do Museu do Côa, pelo que deverá deixar o seu carro no parque de estacionamento do museu (que se encontra no piso superior). O acesso aos passadiços faz-se pela parte inferior do edifício, na zona junto ao bar-restaurante. Poderá também descer a encosta que se encontrará à esquerda.
Não se esqueça de levar roupa e calçado confortável, assim como água e alguns snacks, de modo a que percorrer os passadiços seja mais confortável. O protetor solar e o chapéu também são muito importantes, especialmente no tempo quente.
Ao longo do percurso, não faça lixo e não fume, de modo a preservar ao máximo a natureza. Do mesmo modo, não poderá recolher plantas nem amostras de rochas.
Uma vez percorridos os passadiços, não deixe de visitar a região com tempo, até porque poderá encontrar por aqui diversas atrações que merecem a sua visita e que lhe ficarão na memória.
E, após um longo dia a caminhar, a gastronomia local irá deixá-lo completamente rendido e dar-lhe as forças necessárias para conhecer ainda mais da região, enquanto o seu estômago e paladar se reconfortam com os sabores da terra.
Se quiser aproveitar para conhecer os arredores, há muito para descobrir nesta região. Assim, se realizar o percurso dos Passadiços do Côa durante o final do mês de Fevereiro ou início do mês de Março, aproveite para dar uma volta de carro e apreciar a paisagem pintada de rosa e branco pelas amendoeiras em flor.
Em qualquer época do ano poderá deslumbrar-se com as imponentes Arribas do Douro, tanto na parte portuguesa na espanhola. Existem diversos miradouros a partir de onde poderá contemplar o rio, com destaque para o Penedo Durão e o Carrascalinho.
E, obviamente, não poderia faltar uma visita às famosas gravuras de Foz Côa e ao museu onde a sua história pode ser compreendida. Para uma experiência mais plena, complete o seu passeio com uma visita a algumas das aldeias mais típicas da região, como Castelo Melhor ou Almendra, por exemplo.