Os Passadiços do Paiva são uma das atrações mais incríveis e imperdíveis de Portugal. Localizados na margem esquerda do rio Paiva, em Arouca, no distrito de Aveiro, eles oferecem um passeio de cerca de 8,7 quilómetros por uma paisagem natural deslumbrante e diversificada. Neste artigo, vamos dar-lhe algumas dicas para aproveitar ao máximo esta experiência única e inesquecível.
Os Passadiços do Paiva fazem parte do Arouca Geopark, um território reconhecido pela UNESCO como Património Geológico da Humanidade. Ao longo do percurso, é possível admirar vários geossítios de interesse científico e pedagógico, como a Garganta do Paiva, a Falha de Espiunca, a Cascata das Aguieiras e o Prado dos Carvalhais.
Também se pode observar a fauna e a flora locais, que incluem espécies raras e em extinção na Europa, como o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi), o feto-real (Osmunda regalis) e o loureiro (Laurus nobilis).
Mas não pense que os Passadiços do Paiva são apenas para contemplar. Eles também são um desafio para os amantes da aventura e da adrenalina. O percurso tem vários desníveis e escadas que exigem alguma preparação física e resistência.
Além disso, há a oportunidade de atravessar a ponte suspensa 516 Arouca, que é a maior ponte pedonal suspensa do mundo e tem uma vista impressionante sobre o vale. Se preferir algo mais radical, pode-se ainda experimentar o rafting ou o canyoning nas águas bravas do rio Paiva.
Para visitar os Passadiços do Paiva, é preciso comprar os bilhetes com antecedência no site oficial. O preço é de 2 euros por pessoa (1 euro para residentes em Arouca) e inclui o acesso à ponte suspensa 516 Arouca. Pode-se escolher entre dois pontos de partida: Areinho ou Espiunca. O percurso é linear e não circular, por isso é preciso planear o transporte de regresso.
Pode-se optar por deixar o carro num dos parques gratuitos disponíveis nos dois extremos dos passadiços ou usar o serviço de shuttle bus que funciona entre as 9h00 e as 18h00 (custo adicional).
O percurso dos passadiços do Paiva tem uma extensão de 8 km e um grau de dificuldade alto. A duração média do percurso num sentido é de 2h30, mas depende do ritmo e das paragens que fizer. Pode fazer o percurso em ambos os sentidos ou apenas num, mas terá de arranjar transporte para regressar ao ponto de partida.
O ponto de partida mais fácil para os passadiços do Paiva é o Areinho, pois o sentido Areinho-Espiunca é menos exigente do que o contrário. Ambos os pontos de partida têm estacionamento e infraestruturas de apoio.
Existem três praias fluviais ao longo dos passadiços do Paiva: a praia fluvial do Areinho, a praia fluvial do Vau e a praia fluvial de Espiunca. A praia fluvial do Areinho é o ponto de partida de um dos trilhos dos passadiços e tem uma grande área de areal e relvado. A praia fluvial do Vau fica no interior do percurso e tem águas tranquilas e cristalinas. A praia fluvial de Espiunca é o ponto final de outro trilho dos passadiços e tem um pequeno areal e uma zona de lazer.
A melhor época para visitar os Passadiços do Paiva é na primavera ou no outono, quando as temperaturas são mais amenas e as cores da natureza mais vibrantes. No verão, pode fazer muito calor e há mais risco de incêndios florestais. No inverno, pode chover bastante e tornar o percurso mais escorregadio.
Em qualquer caso, deve-se levar sempre água suficiente para se hidratar durante o passeio (não há fontes ao longo dos passadiços), protetor solar, chapéu ou boné, calçado confortável e adequado ao terreno irregular (de preferência botas ou ténis), roupa leve mas quente (pode fazer frio nas zonas sombrias) e uma mochila com alguns snacks energéticos (não há cafés ou restaurantes nos passadiços).
Os Passadiços do Paiva são uma oportunidade única para conhecer um dos tesouros naturais de Portugal. Prepare-se para uma caminhada memorável por um cenário de cortar a respiração onde cada passo é uma surpresa. Não se esqueça da máquina fotográfica para registar os momentos mágicos que vai viver nesta aventura.