Muitos portugueses ficaram ligados a acontecimentos históricos relevantes, apesar de os seus feitos não serem tão conhecidos do público em geral nos nossos dias. Um desses casos é o de Pedro Teixeira, o explorador que conquistou a Amazónia, mas de quem muito pouca gente ouviu falar. Não se sabe muito sobre a sua família ou sobre os seus primeiros anos de vida, mas sabe-se que nasceu em Cantanhede, em 1585.
Desde cedo que ele se revelou muito forte, levando a que, em adulto, apresentasse uma composição invejável, robustez que o tornou particularmente talhado para uma vida mais agreste.
Assim, tinha apenas 22 anos quando partiu para o Brasil, em 1607. Pedro Teixeira acabou por se distinguir nesta terra, quando participou na campanha para expulsar os franceses de São Luís do Maranhão, no litoral nordeste do Brasil.
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Acabou também por participar na expedição comandada por Francisco Caldeira Castelo Branco, que ancorou na baía de Guajará, que terá fundado o núcleo da atual cidade de Belém do Pará. Pedro Teixeira mostrou também o seu valor no comando dos portugueses contra as tentativas de ocupação holandesa e inglesa, em batalhas ocorridas ao longo da margem esquerda do rio Amazonas.
Este homem revelou-se decisivo na definição do território do Brasil, subindo o rio Amazonas até Quito, no Equador, e contribuindo para a definição do maior país da América Latina.
Aliás, ele foi responsável por incorporar no território brasileiro cerca de cinco milhões de quilómetros quadrados! Tudo começou quando o governo português determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com o objetivo de consolidar a sua posse sobre a região.
Pedro Teixeira era um subalterno numa das três companhias da força expedicionária portuguesa. A tropa entrou na baía de Guajará a 12 de janeiro de 1616 e, após desembarcarem, foram iniciadas as obras de instalação e de defesa. No local, ergueu-se um forte, que tomou o nome de Presépio e que é a origem da atual cidade de Belém do Pará.

Já em 1637, Pedro Teixeira chefiou uma expedição, que partiu do Maranhão com 70 soldados, 45 canoas, 1200 “flecheiros” e remadores indígenas, num percurso que subiu o rio Amazonas até Quito.
Tratou-se de uma tentativa de confirmar a ligação do Peru com o Oceano Pacífico, algo que o espanhol Francisco Orellana tinha feito quase 100 anos anos mas em sentido inverso: partiu de Quito e seguiu pela rota mais favorável (a favor da corrente do rio Amazonas) até chegar ao Oceano Atlântico.
De modo a delimitar as terras de Portugal e Espanha, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, acabou por fundar o povoado de Franciscana, na confluência do rio Napo com o Aguarico. Assim, entre 1687 e 1689, Pedro Teixeira acabou por realizar uma expedição pelos rios Amazonas e Negro, que lhe permitiu incorporar diversas terras no território português.
Numa época em que o território brasileiro deveria, supostamente, ficar limitado ao que fora estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas, as expedições de Pedro Teixeira acabariam por ser cruciais para os interesses portugueses, levando a que o Brasil aumentasse consideravelmente de tamanho.
As terras exploradas e adicionadas ao império ficavam muito fora dos limites do tradado entre Portugal e Espanha. Mas a incapacidade ou falta de vontade espanhola em explorar a Amazónia permitiu a Portugal apoderar-se do território sem grandes problemas para as relações entre as duas potências rivais.
Graças ao seu trabalho, foi agraciado pelos 25 anos de profícuo serviço ao Rei de Portugal, tendo-lhe sido atribuído o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará, local onde veio a falecer, em 1641. Pedro Teixeira ainda chegou a ver a sua viagem ser registada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña, momento que foi colocado numa obra, editada em 1641.
Pedro Teixeira é, assim, um bom exemplo de um português que teve a coragem de ir mais longe e de desbravar novos caminhos e, apesar de não ser uma personagem muito conhecida, a sua história não deixa de ser cativante, seja em que época for.
Á epoca foi andando e registando , descobrindo sem destino nem oposição ! … Obrigando-se com objectivo de reconhecimento por aquilo que fosse agregando ! … Fora do ambito ambiguo de Tordesilhas ! … Acabou aumentando em área , reinvindicando o caminho ! … ( Sem desmerecido ) ! …
Espírito de missão ! …