É considerada por muitos como o único exemplo de receita portuguesa de alta cozinha. Segundo Oliveira Bello – gastrónomo e fundador, em 1933, da Sociedade Portuguesa de Gastronomia – no seu livro “Culinária Portuguesa”, esta é a receita que Auguste Escoffier (1846-1935), grande chef francês, refere no seu “Guide de Culinaire”.
Consta que esta receita de perdiz terá sido encontrada pelos soldados de Junot, quando saquearam o convento de Alcântara em Lisboa. A duquesa de Abrantes (Senhora Junot), tendo tido conhecimento da receita, transcreveu-a nas suas memórias e Ecoffier descobriu-a e colocou-a no seu “Guide de Culinaire”. Aprenda a fazer perdiz à Convento de Alcântara.
Perdiz à Convento de Alcântara
Ingredientes
- 3 perdizes
- 250 gr foie gras
- 100 gr trufas
- 2 garrafas de vinho de Porto seco
- 60 gr manteiga
- 500 ml caldo de ave (caldo de perdiz de preferência)
- qb sal
- qb fatias de pão
Preparação
- Arranjam-se as perdizes e desossam-se com todo o cuidado, esfregam-se com sal.
- Recheiam-se com o fois gras e as trufas, partidas em pequenos pedaços, refazendo a forma original da perdiz.
- Atam-se as perdizes e colocam-se em infusão (devem ficar bem cobertas) de vinho do Porto, durante 48 horas.
- Colocam-se as aves num tacho e vão a cozer no vinho da infusão, em lume brando, até ficarem tenras e com o molho reduzido e espesso.
- Depois de cozidas, colocam-se as perdizes numa caçarola untada com manteiga, sobre uma camada de trufas e regam-se com caldo de ave.
- Tapa-se bem a caçarola e vai ao forno durante 45 minutos.
- Dispõem-se as perdizes sobre fatias de pão ligeiramente fritas em manteiga e regam-se com o molho.
- Servem-se quentes ou frias.