As roseiras são plantas que encantam pela beleza, pelo perfume e pela diversidade de cores e formas das suas flores. São consideradas a “rainha das flores” e simbolizam o amor, a paixão, a amizade, a pureza e a elegância.
Mas sabe como plantar e cuidar de roseiras? Neste artigo, vamos mostrar-lhe um guia completo para cultivar estas maravilhosas plantas no seu jardim ou em vasos. Vai aprender:
- Como escolher a melhor variedade de roseira para o seu clima e espaço
- Como preparar o solo e o vaso para receber a roseira
- Como plantar a roseira com ou sem torrão
- Como regar, adubar e podar a roseira
- Como prevenir e combater as principais pragas e doenças que afectam as roseiras
- Como multiplicar as roseiras por estacas, alporquia ou enxertia
Como escolher a melhor variedade de roseira
Existem milhares de variedades de roseiras, que se diferenciam pelo tamanho, pela forma, pela cor, pelo perfume, pela época de floração e pela resistência a pragas e doenças. Algumas das mais conhecidas são:
- Rosas antigas do jardim: são as variedades mais antigas, que existem há mais de 100 anos. São mais robustas, resistentes e perfumadas do que as modernas. Algumas florescem apenas uma vez por ano, outras são remontantes (florescem mais de uma vez). Exemplos: rosa damascena, rosa gallica, rosa alba, rosa centifolia.
- Rosas modernas: são as variedades mais recentes, que surgiram após o século XIX. São mais variadas em cores e formas, mas menos perfumadas e resistentes do que as antigas. Algumas são híbridas de chá (grandes e solitárias), outras são floribundas (pequenas e em cachos). Exemplos: rosa peace, rosa iceberg, rosa queen elizabeth, rosa blue moon.
- Rosas silvestres e híbridos: são as variedades que crescem espontaneamente na natureza ou que resultam do cruzamento entre espécies diferentes. São muito rústicas, vigorosas e adaptáveis a diversos climas e solos. Algumas são arbustivas (com ramos longos), outras são trepadeiras (com ramos flexíveis). Exemplos: rosa canina, rosa rugosa, rosa banksiae, rosa multiflora.
Na hora de escolher a melhor variedade de roseira para o seu jardim ou vaso, deve levar em conta alguns factores:
- O clima da sua região: as roseiras preferem climas temperados, com estações bem definidas. Não gostam de calor ou frio excessivos. Se mora numa região muito quente ou muito fria, opte por variedades mais resistentes às temperaturas extremas.
- O espaço disponível: as roseiras podem variar de 30 cm a 6 m de altura. Deve escolher uma variedade que se adapte ao espaço que tem. Se tem um jardim grande, pode optar por roseiras arbustivas ou trepadeiras. Se tem um espaço pequeno ou quer cultivar em vasos, prefira roseiras miniaturas ou anãs.
- O tipo de solo: as roseiras gostam de solos férteis, profundos, bem drenados e ligeiramente ácidos (pH entre 6 e 7). Deve escolher uma variedade que se adapte ao tipo de solo que tem ou prepará-lo adequadamente antes do plantio.
- A época de floração: as roseiras podem florescer apenas uma vez por ano (não remontantes) ou mais de uma vez por ano (remontantes). Deve escolher uma variedade que atenda à sua expectativa de floração. Se quer ter rosas o ano todo, opte por variedades remontantes. Se quer ter rosas numa época específica, escolha variedades não remontantes.
- A cor e o perfume: as roseiras podem ter cores e perfumes variados, desde o branco ao preto, passando pelo vermelho, rosa, amarelo, laranja, roxo e azul. Deve escolher uma variedade que combine com o seu gosto e com o seu ambiente. Se quer ter rosas perfumadas, opte por variedades antigas ou silvestres, que são mais aromáticas do que as modernas.
Como preparar o solo e o vaso para receber a roseira
Antes de plantar a roseira, deve preparar o solo ou o vaso onde vai ficar. O solo deve ser solto, arejado, rico em matéria orgânica e com boa drenagem. O vaso deve ter um tamanho adequado à variedade escolhida, um furo de drenagem e um prato para recolher o excesso de água.
Para preparar o solo, deve seguir os seguintes passos:
- Escolha um local que receba pelo menos 6 horas de sol directo por dia e que seja bem ventilado.
- Cave um buraco de 40 cm de profundidade e 40 cm de largura.
- Misture a terra retirada com composto orgânico ou estrume bem curtido na proporção de 1:1.
- Adicione um pouco de areia ou cascalho para melhorar a drenagem.
- Adicione um pouco de calcário ou cinzas para corrigir a acidez do solo (se necessário).
- Coloque uma camada de pedras ou cacos de cerâmica no fundo do buraco para facilitar a drenagem.
- Preencha o buraco com a mistura de terra e composto até metade.
Para preparar o vaso, deve seguir os seguintes passos:
- Escolha um vaso que tenha pelo menos 20 cm de diâmetro e 30 cm de altura para roseiras miniaturas ou anãs. Para roseiras maiores, escolha um vaso proporcional ao tamanho da planta.
- Escolha um vaso que tenha um furo de drenagem na parte inferior e um prato para recolher o excesso de água.
- Coloque uma camada de argila expandida ou pedrinhas no fundo do vaso para facilitar a drenagem.
- Coloque uma camada de manta geotêxtil ou tecido sobre a argila expandida para evitar que a terra saia pelo furo.
- Preencha o vaso com substrato específico para roseiras ou com uma mistura de terra, composto e areia na proporção de 2:1:1.
Como plantar a roseira com ou sem torrão
Depois de preparar o solo ou o vaso, pode plantar a roseira com ou sem torrão. O torrão é a parte da raiz que vem envolvida num tecido ou num plástico quando compra a planta. Ele ajuda a proteger as raízes e facilita o transporte e o plantio.
Para plantar a roseira com torrão, deve seguir os seguintes passos:
- Retire o plástico que envolve o torrão, se houver. Não retire o tecido, pois é biodegradável e vai-se decompor no solo.
- Coloque o torrão no centro do buraco ou do vaso, alinhando-o com a superfície do solo.
- Preencha os espaços à volta do torrão com a mistura de terra e composto, apertando levemente para fixar a planta.
- Regue bem para assentar a terra e eliminar as bolhas de ar.
Para plantar a roseira sem torrão, deve seguir os seguintes passos:
- Retire as folhas secas e os ramos danificados da planta.
- Corte as pontas das raízes com uma tesoura limpa e afiada para estimular o enraizamento.
- Mergulhe as raízes numa solução de água com hormônio enraizador por alguns minutos para acelerar o processo.
- Coloque a planta no centro do buraco ou do vaso, alinhando o colo (a parte entre a raiz e o caule) com a superfície do solo.
- Preencha os espaços à volta da planta com a mistura de terra e composto, apertando levemente para fixar a planta.
- Regue bem para assentar a terra e eliminar as bolhas de ar.
Como regar, adubar e podar a roseira
Após o plantio, deve cuidar da roseira com regas, adubações e podas regulares. Estes cuidados são essenciais para manter a planta saudável, bonita e produtiva.
Rega
As roseiras gostam de humidade, mas não de encharcamento. Deve regar a planta sempre que o solo estiver seco na superfície, mas não deixar que ele fique encharcado.
A frequência da rega vai depender do clima, do tipo de solo e do tamanho do vaso. Em geral, deve regar a roseira uma ou duas vezes por semana no verão e uma vez por semana ou a cada 15 dias no inverno.
Na hora de regar, deve seguir as seguintes dicas:
- Regue de manhã ou no final da tarde, evitando o sol forte.
- Regue diretamente no solo, evitando molhar as folhas e as flores, pois isso pode favorecer o aparecimento de fungos.
- Regue com abundância, mas sem encharcar o solo ou o vaso.
- Use água limpa e sem cloro, preferencialmente da chuva ou de um poço.
Adubação
As roseiras são plantas que exigem bastante nutrientes para crescerem e florescerem bem. Deve adubar a planta periodicamente com fertilizantes orgânicos ou químicos, seguindo as instruções do fabricante.
Em geral, deve adubar a roseira uma vez por mês na primavera e no verão e uma vez a cada dois meses no outono e no inverno.
Na hora de adubar, deve seguir as seguintes dicas:
- Escolha um fertilizante que seja rico em azoto (N), fósforo (P) e potássio (K), os principais nutrientes para as plantas. A proporção ideal é de 10:10:10 ou 15:15:15.
- Aplique o fertilizante na forma líquida ou granulada, espalhando-o sobre o solo ou o vaso, sem encostar na planta.
- Regue bem após a aplicação do fertilizante para dissolvê-lo e levá-lo até as raízes.
- Não adube a planta logo após o plantio ou a poda, pois isso pode causar queimaduras ou estresse.
Poda
As roseiras são plantas que precisam ser podadas regularmente para estimular o crescimento, a floração e a renovação dos ramos. Deve podar a planta pelo menos uma vez por ano, no final do inverno ou no início da primavera, antes dos novos rebentos aparecerem. Também pode podar a planta ao longo do ano para remover os ramos secos, doentes ou danificados.
Na hora de podar, deve seguir as seguintes dicas:
- Use uma tesoura de poda limpa e afiada para fazer cortes limpos e precisos.
- Corte os ramos na diagonal, cerca de 1 cm acima de um botão (uma saliência na casca onde sai um novo ramo) voltado para fora da planta. Isto irá estimular o crescimento lateral e evitar que os ramos se cruzem.
- Corte os ramos mais velhos, mais grossos e mais escuros na base da planta, deixando apenas os mais novos, mais finos e mais claros. Assim irá renovar a planta e dar espaço para os novos ramos crescerem.
- Corte as flores murchas ou secas na base do pedúnculo (o caule que sustenta a flor). Assim irá evitar que a planta gaste energia produzindo sementes e vai estimular novas florações.
- Corte os ramos que estejam doentes ou infestados por pragas na base da planta e descarte-os num saco plástico fechado. Assim evitará que a doença ou a praga se espalhe para as outras partes da planta ou para outras plantas.
Como prevenir e combater as principais pragas e doenças que afectam as roseiras
As roseiras são plantas que podem ser atacadas por diversas pragas e doenças, que prejudicam a sua saúde, a sua beleza e a sua produção. Deve prevenir e combater estes problemas com medidas preventivas e curativas, usando produtos naturais ou químicos, conforme a necessidade.
Pragas
As principais pragas que afectam as roseiras são:
- Pulgões: são insetos sugadores que se alimentam da seiva das folhas e dos botões, causando deformações, amarelecimento e queda. Também transmitem vírus e fungos para a planta. Podem ser de várias cores, como verde, preto, amarelo ou rosa.
- Cochonilhas: são insectos sugadores que se alimentam da seiva dos ramos e das folhas, causando manchas amareladas, secas e pegajosas. Também excretam uma substância açucarada chamada melada, que atrai formigas e favorece o aparecimento de fungos. Podem ser de várias formas, como escamas, carapaças ou algodão.
- Ácaros: são aracnídeos microscópicos que se alimentam da seiva das folhas, causando manchas amareladas, prateadas ou avermelhadas. Também tecem teias finas entre as folhas e os ramos. Podem ser de várias cores, como vermelho, amarelo ou verde.
- Lagartas: são larvas de borboletas ou mariposas que se alimentam das folhas e dos botões, causando rasgos, furos ou roeduras. Podem ser de várias cores, formas e tamanhos.
- Besouros: são insectos mastigadores que se alimentam das folhas, dos botões e das flores, causando rasgos, furos ou roeduras. Podem ser de várias cores, formas e tamanhos.
Para prevenir e combater estas pragas, deve seguir as seguintes dicas:
- Inspecione regularmente a planta em busca de sinais de pragas, como insectos vivos ou mortos, ovos, teias, melada ou danos nas folhas e nas flores.
- Remova manualmente as pragas que encontrar com uma pinça ou um pano húmido.
- Aplique um insecticida natural ou químico sobre a planta, seguindo as instruções do fabricante. Pode usar produtos à base de óleo de neem, sabão de potássio, piretro ou nicotina para combater os insectos sugadores. Pode usar produtos à base de bacillus thuringiensis ou spinosad para combater as lagartas. Pode usar produtos à base de rotenona ou piretro para combater os besouros.
- Repita a aplicação do insecticida a cada 7 ou 15 dias até eliminar a praga.
- Evite o excesso de adubação azotada, pois isso pode atrair mais pragas.
- Mantenha a planta bem podada e arejada, pois isso dificulta o abrigo das pragas.
- Introduza predadores naturais das pragas no seu jardim, como joaninhas, crisopídeos ou vespas parasitoides.
Doenças
As principais doenças que afectam as roseiras são:
- Oídio: é uma doença fúngica que provoca o aparecimento de um pó branco sobre as folhas, os ramos e os botões. Reduz a fotossíntese da planta e prejudica o seu desenvolvimento e a sua floração. É favorecido por temperaturas amenas e humidade elevada.
- Ferrugem: é uma doença fúngica que provoca o aparecimento de manchas alaranjadas ou avermelhadas sobre as folhas e os ramos. Enfraquece a planta e provoca a queda das folhas. É favorecida por temperaturas altas e humidade elevada.
- Mancha negra: é uma doença fúngica que provoca o aparecimento de manchas circulares pretas sobre as folhas. Reduz a fotossíntese da planta e provoca a queda das folhas. É favorecida por temperaturas altas e humidade elevada.
- Míldio: é uma doença fúngica que provoca o aparecimento de manchas amareladas ou esbranquiçadas sobre as folhas e os botões. Também pode causar o murchamento e a queda das flores. É favorecido por temperaturas baixas e humidade elevada.
- Botrytis: é uma doença fúngica que provoca o apodrecimento das flores, dos botões e dos ramos. Também pode causar manchas cinzentas ou castanhas sobre as partes afectadas. É favorecido por temperaturas amenas e humidade elevada.
Para prevenir e combater estas doenças, deve seguir as seguintes dicas:
- Inspecione regularmente a planta em busca de sinais de doenças, como manchas, pó, podridão ou danos nas folhas e nas flores.
- Remova as partes afetadas da planta com uma tesoura limpa e afiada e descarte-as num saco plástico fechado. Isso vai evitar que a doença se espalhe para as outras partes da planta ou para outras plantas.
- Aplique um fungicida natural ou químico sobre a planta, seguindo as instruções do fabricante. Pode usar produtos à base de enxofre, cobre, bicarbonato de sódio ou alho para combater os fungos.
- Repita a aplicação do fungicida a cada 7 ou 15 dias até eliminar a doença.
- Evite molhar as folhas e as flores na hora da rega, pois isso pode favorecer o aparecimento de fungos.
- Mantenha a planta bem podada e arejada, pois isso dificulta o desenvolvimento dos fungos.
- Evite o excesso de adubação azotada, pois isso pode enfraquecer a planta e torná-la mais susceptível às doenças.
Como multiplicar as roseiras por estacas, alporquia ou enxertia
As roseiras são plantas que podem ser multiplicadas por vários métodos, como estacas, alporquia ou enxertia. Estes métodos permitem obter novas plantas idênticas à planta mãe, preservando as suas características genéticas.
Estacas
A multiplicação por estacas consiste em cortar um ramo da planta mãe e colocá-lo para enraizar num substrato húmido. Este método é simples, rápido e barato, mas nem todas as variedades de roseiras se adaptam bem a ele.
Para multiplicar as roseiras por estacas, deve seguir os seguintes passos:
- Escolha um ramo saudável, vigoroso e sem flores da planta mãe. O ideal é que tenha cerca de 20 cm de comprimento e pelo menos 4 gemas (os pontos onde saem os novos ramos).
- Corte o ramo na diagonal com uma tesoura limpa e afiada, logo abaixo de uma gema na parte inferior e logo acima de uma gema na parte superior.
- Retire as folhas inferiores do ramo, deixando apenas as superiores.
- Mergulhe a parte inferior do ramo numa solução de água com hormônio enraizador por alguns minutos para acelerar o processo.
- Prepare um vaso com substrato húmido e faça um furo com um lápis ou uma caneta.
- Coloque o ramo no furo, enterrando cerca de metade do seu comprimento. Aperte o substrato à volta do ramo para fixá-lo bem.
- Regue bem o vaso e cubra-o com um saco plástico transparente para criar um ambiente húmido e protegido.
- Coloque o vaso num local sombreado e arejado, longe do sol directo.
- Regue o vaso sempre que o substrato estiver seco na superfície, mas sem encharcar.
- Verifique periodicamente se o ramo está a emitir raízes. Pode fazer isso puxando levemente o ramo. Se oferecer resistência, significa que está enraizado. Isso pode levar de 4 a 8 semanas, dependendo da variedade.
- Retire o saco plástico e coloque o vaso num local mais iluminado, mas ainda sem sol directo.
- Transplante o ramo para um vaso maior ou para o solo quando estiver bem desenvolvido, com folhas e rebentos novos.
Alporquia
A multiplicação por alporquia consiste em induzir o enraizamento de um ramo da planta mãe sem cortá-lo. Este método é mais demorado e trabalhoso do que o de estacas, mas tem a vantagem de manter o ramo nutrido pela planta mãe até que esteja pronto para ser separado.
Para multiplicar as roseiras por alporquia, deve seguir os seguintes passos:
- Escolha um ramo saudável, vigoroso e sem flores da planta mãe. O ideal é que tenha cerca de 30 cm de comprimento e pelo menos 6 gemas.
- Faça dois cortes circulares na casca do ramo, com uma distância de 5 cm entre eles, usando uma faca limpa e afiada. Retire a casca entre os cortes, deixando a parte interna do ramo exposta. Isso vai interromper a circulação da seiva e estimular o enraizamento.
- Aplique um pouco de hormônio enraizador sobre a parte exposta do ramo para acelerar o processo.
- Envolva a parte exposta do ramo com um pedaço de esfagno húmido ou com uma mistura de terra e composto húmida. Prenda bem com um cordel ou um arame.
- Cubra a parte envolvida do ramo com um saco plástico transparente e amarre as pontas para criar um ambiente húmido e protegido.
- Deixe o ramo na planta mãe por alguns meses, até que emita raízes. Pode verificar isso abrindo cuidadosamente o saco plástico e observando se há raízes a sair do esfagno ou da terra.
- Corte o ramo abaixo da parte enraizada com uma tesoura limpa e afiada. Remova o saco plástico, o cordel ou o arame e o esfagno ou a terra com cuidado, sem danificar as raízes.
- Transplante o ramo para um vaso com substrato húmido ou para o solo. Regue bem e coloque-o num local sombreado e arejado, longe do sol directo.
Enxertia
A multiplicação por enxertia consiste em unir um ramo da planta mãe (chamado de cavaleiro) com outro ramo de uma planta diferente (chamado de porta-enxerto). Este método é mais complexo e delicado do que os anteriores, mas tem a vantagem de combinar as características das duas plantas, como a resistência do porta-enxerto e a beleza do cavaleiro.
Para multiplicar as roseiras por enxertia, deve seguir os seguintes passos:
- Escolha um ramo saudável, vigoroso e sem flores da planta mãe. O ideal é que tenha cerca de 10 cm de comprimento e pelo menos 2 gemas. Este será o cavaleiro.
- Escolha outro ramo saudável, vigoroso e sem flores de uma planta diferente. O ideal é que tenha cerca de 20 cm de comprimento e pelo menos 4 gemas. Este será o porta-enxerto. Deve ser da mesma espécie ou do mesmo género que a planta mãe, para que haja compatibilidade entre eles.
- Corte o cavaleiro na diagonal com uma faca limpa e afiada, logo abaixo de uma gema na parte inferior e logo acima de uma gema na parte superior. Retire as folhas do cavaleiro.
- Corte o porta-enxerto na diagonal com uma faca limpa e afiada, logo acima de uma gema na parte superior. Retire as folhas do porta-enxerto.
- Una os dois ramos pela parte cortada, fazendo coincidir as partes internas dos dois ramos. Pressione bem para que haja contacto entre os tecidos dos dois ramos.
- Envolva a parte unida dos ramos com uma fita adesiva ou um plástico transparente, prendendo bem para evitar a entrada de ar ou água. Isto vai favorecer a cicatrização e a união dos dois ramos.
- Coloque o ramo enxertado num vaso com substrato húmido ou num saco plástico com um pouco de terra. Regue bem e coloque-o num local sombreado e arejado, longe do sol directo.
- Espere alguns meses até que o ramo enxertado esteja bem desenvolvido, com folhas e rebentos novos. Pode verificar isso observando se há rebentos a sair da parte superior do cavaleiro.
- Retire a fita adesiva ou o plástico transparente e transplante o ramo enxertado para um vaso maior ou para o solo. Regue bem e coloque-o num local mais iluminado, mas ainda sem sol directo.