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Varge: uma das mais típicas e genuínas aldeias de Trás-os-Montes

A pequena e pitoresca aldeia de Varge, em Trás-os-Montes, conserva ainda tradições seculares que encantam quem por aqui passa. Conheça-a melhor.

VxMag by VxMag
Jan 24, 2023
in Viagens
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Varge trás-os-montes

Varge

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Situa-se no concelho de Bragança, no coração do Parque Natural de Montesinho, e é uma das mais típicas e genuínas aldeias transmontanas. Varge é muito conhecida pelos seus caretos mas, ao contrário do que acontece em Podence, aqui os caretos andam pelas ruas durante o Natal, e não no Carnaval. É chamada de “Festa dos Rapazes” e acontece todos os anos por alturas do solstício de inverno.

Entre os dias 24 e 26 de dezembro, os jovens da aldeia (mesmo aqueles que já ali não vivem) reúnem-se para dar vida a uma das mais emblemáticas tradições populares do nosso país.

É um misto de dedicação, honra e respeito pelas origens que os motiva a que esta tradição secular se mantenha viva. É uma forma de mostrar o seu orgulho pela sua terra, cultura e tradições.

Varge trás-os-montes
Varge

A “Festa dos Rapazes” esteve quase a cair no esquecimento, assim como outras festas de caretos transmontanas, mas sobreviveu e hoje está mais forte que nunca. Portanto, não pode perder a oportunidade de conhecer de perto esta tradição!

Tudo começa no dia 24 de dezembro, quando os rapazes solteiros da aldeia se reúnem e preparam em segredo o que irá acontecer. No dia 25 de dezembro, a população reúne-se na igreja para a missa de Natal e, após a missa, surgem os caretos, que espalham o caos e desordem pelas ruas, e que saltam, gritam e riem ao som dos seus chocalhos.

Atiram feno ao povo, chocalham as raparigas mais novas (e algumas mais velhas também), provocam os animais e espalham água das fontes, sempre acompanhados por um gaiteiro e por um bombo.

A dada altura, chega um dos pontos altos desta festa, o “cantar das loias”, onde se critica e ridiculariza acontecimentos e condutas dos habitantes da aldeia durante o ano que termina.

Varge
Varge

Por vezes, são acompanhadas de representações teatrais. As loias podem tecer duras críticas ou serem apenas uma simples brincadeira, mas o certo é que ninguém pode levar a mal o comportamento dos caretos, porque estas loias representam o encerramento do ano velho e a promessa de abundância e fertilidade para o novo ano.

A festa continua depois durante a hora de almoço, com os caretos a andarem de casa em casa e a ameaçar fazer alguma travessura se não receberem uma oferenda, que costumam ser bolos, enchidos ou vinho do Porto. É também neste dia que se escolhem os mordomos que vão presidir às celebrações no ano seguinte.

Esta festa tem origens pagãs, apesar de se encontrarem misturadas com outros rituais romanos. Embora se celebre no Natal e até inclua missas, a sua origem não tem nada de cristão, sendo que o objetivo era celebrar a fartura das colheitas e esperar que o próximo ano também fosse bom. A festa era também um ritual de passagem para a idade adulta para os caretos.

Hoje, a “Festa dos Rapazes” é sobretudo um ícone da cultura transmontana, uma lembrança do isolamento a que as povoações estavam sujeitas, que criou condições para que as tradições se mantivessem durante tanto tempo. É também um vestígio da vida comunitária, antigamente tão comum na região, mas que hoje já quase não existe.

Aquando da sua visita a Varge, aproveite e conheça outras típicas aldeias transmontanas que se encontram bem perto, como Rio de Onor, Montesinho ou Gimonde, onde encontrará casas de pedra, boa comida e gente que sabe receber quem os visita.

Aproveite e passeie também pelo Parque Natural de Montesinho, um dos maiores do nosso país, e, depois, parta à descoberta de Bragança e Vinhais. Pode também dar um salto até Espanha e visitar a aldeia medieval de Puebla de Sanabria.

Como pode ver, Varge e a sua região envolvente tem muito para descobrir, e esta será certamente uma visita que ficará por muito tempo na sua memória. Quando for embora, não deixe de comprar uma pequena lembrança ou produto regional, de modo a apoiar a economia local e contribuir para que os habitantes aqui possam continuar a viver e a recebê-lo de braços abertos.

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